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transtorno de aprendizagem - Pos.ajes.edu.br - AJES

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Instituto Superior <strong>de</strong> Educaçaçãodo Vale do Juruena<<strong>br</strong> />

Associação Juinense <strong>de</strong> Ensino Superior do Vale do Juruena<<strong>br</strong> />

DISCIPLINA: TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA<<strong>br</strong> />

Prof. MS. ALBERICO CONY CAVALCANTI<<strong>br</strong> />

A linguagem, faculda<strong>de</strong> humana universal, é um fenômeno complexo que tem<<strong>br</strong> />

sua especificida<strong>de</strong> num modo <strong>de</strong> funcionamento que se dimensiona no tempo e no<<strong>br</strong> />

espaço das práticas dos homens (Orlandi, 1988:102). Aquele que fala faz renascer do<<strong>br</strong> />

discurso o acontecimento e a sua experiência do acontecimento. Aquele que ouve<<strong>br</strong> />

apreen<strong>de</strong> o primeiro discurso e, através <strong>de</strong>sse discurso, o acontecimento produzido.<<strong>br</strong> />

Assim, a situação inerente ao exercício da linguagem que é a <strong>de</strong> troca e <strong>de</strong> diálogo<<strong>br</strong> />

confere ao ato do discurso dupla função: para o locutor, representa a realida<strong>de</strong>, para o<<strong>br</strong> />

ouvinte recria a realida<strong>de</strong>. Isto faz da linguagem o próprio instrumento da comunicação<<strong>br</strong> />

intersubjetiva (Bakhtin, 1986).<<strong>br</strong> />

A linguagem interpreta o mundo, mas submetendo-o a sua própria<<strong>br</strong> />

organização, ela não é simplesmente uma cópia do real, é sim, a representação que o<<strong>br</strong> />

homem faz <strong>de</strong>sse real. Essa representação se opera mediante a capacida<strong>de</strong> que o<<strong>br</strong> />

homem possui <strong>de</strong> representar o real por signo e <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r esse signo como<<strong>br</strong> />

representante do real.<<strong>br</strong> />

Essa capacida<strong>de</strong> que o homem tem <strong>de</strong> estabelecer uma relação entre algo e<<strong>br</strong> />

outro algo diferente é o que o faz um ser racional. Como o símbolo não tem relação direta<<strong>br</strong> />

com aquilo que simboliza, o homem precisa apren<strong>de</strong>r o sentido do símbolo para<<strong>br</strong> />

interpretá-lo na sua função significativa.<<strong>br</strong> />

Uma das diferenças entre o homem e o animal está justamente, nessa<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> representação simbólica, fonte comum do pensamento e da linguagem.<<strong>br</strong> />

Isso pinça-o à categoria <strong>de</strong> “Homo Sapiens.”<<strong>br</strong> />

Todavia, não basta colocar frente a frente dois "Homo Sapiens" quaisquer para<<strong>br</strong> />

que os signos se constituam. É preciso que esses indivíduos estejam socialmente<<strong>br</strong> />

organizados, que formem uma unida<strong>de</strong> social para que o sistema <strong>de</strong> signos possa se<<strong>br</strong> />

constituir, E indispensável que o locutor e o ouvinte pertençam à mesma comunida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

lingüística. E mais, faz-se necessário, ainda, que esses dois indivíduos estejam<<strong>br</strong> />

integrados na unicida<strong>de</strong> da situação social imediata; quer dizer, que tenham uma relação<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> pessoa para pessoa so<strong>br</strong>e terreno bem <strong>de</strong>finido. (Bakhtin, 1986)<<strong>br</strong> />

Estudar a teoria dos signos torna-se, portanto, imprescindível para a<<strong>br</strong> />

compreensão da linguagem.<<strong>br</strong> />

Os signos não existem somente como parte <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong>, eles po<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

também refletir e refratar uma outra realida<strong>de</strong>, eles po<strong>de</strong>m distorcer essa realida<strong>de</strong>, ser<<strong>br</strong> />

fiel ou apreendê-la <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> vista específico, etc. Todo signo está sujeito aos<<strong>br</strong> />

critérios <strong>de</strong> avaliação i<strong>de</strong>ológica. O domínio do i<strong>de</strong>ológico coinci<strong>de</strong> com o domínio dos<<strong>br</strong> />

signos: são mutuamente correspon<strong>de</strong>ntes. (Bakhtin, 1986)<<strong>br</strong> />

Por isso estudar o signo implica compreendê-lo como signo i<strong>de</strong>ológico. Pensálo<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e outro viés é tirar sua característica fundamental.<<strong>br</strong> />

Se eu lhe pediu para chupara uma manga exatamente neste momento o<<strong>br</strong> />

que você fará, o que você me respon<strong>de</strong>rá?<<strong>br</strong> />

Vamos realizar mais um exercício?<<strong>br</strong> />

Olhe bem para a figura e <strong>de</strong>screva, por<<strong>br</strong> />

escrito o que vê.<<strong>br</strong> />

Av. Ga<strong>br</strong>iel Muller, 1065– Modulo 01 – Juina – MT – CEP 78320-000<<strong>br</strong> />

www.<strong>ajes</strong>.<strong>edu</strong>.<strong>br</strong> – <strong>ajes</strong>@<strong>ajes</strong>.<strong>edu</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Todos os direitos reservados aos autores dos artigos contidos neste material didático.<<strong>br</strong> />

De acordo com a Lei dos Direitos Autorais 9610/98.<<strong>br</strong> />

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