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Relatório Azul 1995 - Marcos Rolim

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<strong>Relatório</strong> <strong>Azul</strong> <strong>1995</strong> Página 22<br />

“As crianças e adolescentes assassinados no Rio de Janeiro têm um perfil bem definido.<br />

São pobres, do sexo masculino, moradores de bairros populares ou favelas e, em sua maioria,<br />

negros ou mulatos. (...) Pesquisa demonstrou que a maioria dos inquéritos abertos nas<br />

delegacias foram mal instruídos, sem informações suficientes para conduzir à punição dos<br />

responsáveis”. (Zero Hora, 27/02/95, p.41).<br />

“A maioria das crianças e adolescentes assassinadas na cidade de São Paulo era do sexo<br />

masculino, de cor branca, não cometeu qualquer tipo de delito, estudava, trabalhava e vivia com<br />

a família. (...) Esse perfil quebra o estereótipo de que as vítimas são marginais, crianças de rua,<br />

vadios, abandonados ou infratores. (...) A maioria das vítimas de homicídio a tiros é atingida em<br />

regiões que demonstram profissionalismo nas execuções (...) para cada assassinato envolvendo<br />

menor como autor, existem outros 17 casos, no mesmo período, em que o menor é a vítima”.<br />

(Jornal do Brasil, 23/03/95).<br />

“Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) informa que dois<br />

milhões de crianças e adolescentes morreram em guerras nos últimos dez anos, que mais de<br />

cinco milhões ficaram inválidos e que, pelo menos 12 milhões, ficaram desabrigados em todos<br />

os tipos de conflito, desde a ex-Iuguslávia até as esquecidas guerras tribais dos confins da<br />

África”. (Zero Hora, 15/09/95, p. 41).<br />

“O assassinato de crianças e adolescentes no Estado ( o Rio de Janeiro) cresceu 18% nos<br />

últimos sete meses em comparação com o mesmo período no ano passado”. (Jornal do Brasil,<br />

25/10/95, p. 13).<br />

“A Polícia Civil de Santa Rosa (RS) investiga a morte do garoto A.F. 13 anos, ocorrida na<br />

tarde de quinta-feira, depois de ter sido agredido pelo menor M.A.C., 17 anos. O adolescente<br />

alegou que A.F. estava riscando com uma pedra de brita os carros estacionados no pátio da loja<br />

de veículos usados na Recovel (...)”. (Zero Hora, 17/07/95, p. 47).<br />

“Um desentendimento na compra de bebida alcoólica está sendo apontado como a causa<br />

da morte do industriário C.D., 16 anos, ocorrida no final da noite de sexta feira na rua Bom<br />

Jesus, no bairro Kaiser, em Caxias do Sul (RS). Ele levou um tiro na testa, desferido pelo<br />

comerciante D.D. A vítima foi socorrida por um popular e levada ao Pronto Socorro do Hospital<br />

Pompéia, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo instantes depois. As versões surgidas para<br />

o crime são contraditórias e o autor permanece desaparecido”. (Zero Hora, 31/07/95, p.58).<br />

“Um menino de aproximadamente 13 anos foi encontrado morto com 19 facadas espalhadas<br />

pelo corpo franzino. O cadáver estava boiando às margens do rio Gravataí (RS), sob a ponte da<br />

BR 290 e foi percebido por populares que pescavam próximo ao local, na manhã da ontem”.<br />

(Zero Hora, 02/08/95, p.66).<br />

“O estudante V.T.S., de 14 anos, foi assassinado com dois tiros à queima-roupa sábado à<br />

tarde. O crime ocorreu próximo ao bar Xingu, na estrada do Nazário, em Canoas (RS). O autor<br />

dos disparos, um homem que se dizia policial militar e que foi identificado apenas como A.R.,<br />

está foragido”. (Correio do Povo, 14/08/95, p.17).<br />

A morte dentro de casa<br />

“A dona de casa E.F.S., 18 anos, admitiu ontem que pode ter matado a filha C. de dois<br />

meses, no último domingo à noite. No depoimento ela assegurou que não costumava maltratar o<br />

bebê e que a morte foi involuntária. Alegou que a criança não parava de chorar e que, por isso,<br />

“a enrolou num cobertor e apertou um pouco sua cabecinha”. (Zero Hora, 19/01/95, p.73).<br />

“O delegado de São Francisco de Paula, Adílson Mazim, entregou à justiça o inquérito sobre<br />

a morte do menino M.N.N., de três anos. De acordo com o delegado, o menino foi espancado e<br />

torturado pela madrasta M. A. R., de 23 anos”. (Zero Hora, 22/01/95, p.49).<br />

“Um jovem de 15 anos e sua prima em primeiro grau, de 12, jogaram a filha deles, recémnascida,<br />

dentro de um buraco, embaixo do barraco onde moram, no bairro Rio Branco em<br />

Caxias do Sul (RS). O corpo da criança foi encontrado por vizinhos na manhã de ontem. A

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