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educação popular em saúde no recife - Centro de Pesquisas Aggeu ...

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haveria alu<strong>no</strong>s silenciados, n<strong>em</strong> haveria gestos sufocados, n<strong>em</strong> haveria<br />

pessoas excluídas (FREIRE; NOGUEIRA, 2009, p.60).<br />

Essa <strong>educação</strong> <strong>no</strong>va também formulou atitu<strong>de</strong>s, e como primeira o ato <strong>de</strong><br />

pensar criticamente a sua realida<strong>de</strong>, para <strong>de</strong>pois buscar conhecimentos, não para<br />

ser<strong>em</strong> acumulados, mas para ser<strong>em</strong> revertidos <strong>em</strong> transformação social,<br />

configurando ato político.<br />

<strong>de</strong> que:<br />

Frei Betto, diz tomar conhecimento, através <strong>de</strong> um dirigente da ação católica<br />

[...] O interesse da esquerda cristã pelas classes <strong>popular</strong>es suscitara <strong>em</strong><br />

Natal um importante trabalho <strong>de</strong> alfabetização <strong>de</strong> adultos, monitorado por<br />

Moacyr <strong>de</strong> Góes, e <strong>no</strong> Recife, um professor do SESI, Paulo Freire, criara<br />

um método pedagógico capaz <strong>de</strong>, simultaneamente, alfabetizar e<br />

conscientizar (BETTO, 2002, p. 197).<br />

Sobre o “método” da Educação <strong>popular</strong>, diz ter trabalhado <strong>em</strong> chão <strong>de</strong> fábrica<br />

e que n<strong>em</strong> tudo eram aplausos, existiam as críticas a Freire, fruto do resultado<br />

político do método. O escritor traz a beleza do que percebo o princípio e a base do<br />

fazer educativo:<br />

A metodologia indutiva instalava o diálogo, com aqueles homens que<br />

cont<strong>em</strong>plavam admirados, pela 1ª vez, fotos coloridas. Ali <strong>de</strong>scobri que<br />

ninguém ensina nada a ninguém, uns ajudam os outros a apren<strong>de</strong>r. Essa<br />

era a base para falarmos da transformação da socieda<strong>de</strong>, uma ação cultural<br />

<strong>de</strong>rivada do trabalho, da vonta<strong>de</strong> e da inteligência humanas. E da ativida<strong>de</strong><br />

dos operários extraíamos as palavras geradoras... (BETTO, 2002, p. 200).<br />

Brandão (1993, p. 18) conta que a primeira experiência aconteceu na<br />

pequena casa do MCP <strong>em</strong> Recife com cinco alfabetizandos, se expandindo <strong>de</strong>pois<br />

para o Rio Gran<strong>de</strong> do Norte e João Pessoa.<br />

Os primeiros a ser<strong>em</strong> alfabetizados <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora, através <strong>de</strong> seu<br />

próprio trabalho [...] Havia uma equipe <strong>de</strong> professores <strong>no</strong>r<strong>de</strong>sti<strong>no</strong>s <strong>no</strong><br />

serviço <strong>de</strong> extensão Universitária da UFPE. Alguns <strong>de</strong>les eram também do<br />

MCP do Recife, o 1º que se fez <strong>no</strong> Brasil, na aurora dos a<strong>no</strong>s 60<br />

O educador apresenta uns resultados e uma síntese <strong>de</strong>ssa história:<br />

[...] 300 trabalhadores alfabetizados <strong>em</strong> 45 dias. Aplicado <strong>em</strong> todo território<br />

Nacional <strong>de</strong> 1963; 1964 cursos com 6.000 pessoas inscritas. Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> ação,<br />

20.000 Círculos <strong>de</strong> Cultura. Não houve t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> passar das primeiras<br />

experiências. Apreensão das cartilhas do MEB: Viver é lutar. A<strong>no</strong>s cada vez<br />

piores até 1968. Em 1980, Freire voltou ao Brasil para apren<strong>de</strong>r tudo <strong>de</strong><br />

<strong>no</strong>vo (BRANDÃO, 1993, p.18-19)<br />

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