educação popular em saúde no recife - Centro de Pesquisas Aggeu ...
educação popular em saúde no recife - Centro de Pesquisas Aggeu ...
educação popular em saúde no recife - Centro de Pesquisas Aggeu ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Gadotti (2001, p 253), sist<strong>em</strong>atizando a história das idéias pedagógicas,<br />
coloca Freire como pensador da 2ª parte do pensamento progressista <strong>no</strong> Brasil e<br />
que toda sua obra é voltada para:<br />
[...] Uma teoria do conhecimento aplicada à <strong>educação</strong>, sustentada por uma<br />
concepção dialética <strong>em</strong> que educador e educando aprend<strong>em</strong> juntos, numa<br />
relação dinâmica na qual a prática, orientada pela teoria, reorienta essa<br />
teoria, um processo <strong>de</strong> constante aperfeiçoamento.<br />
A história da <strong>educação</strong> cruza com a História da <strong>saú<strong>de</strong></strong> e fun<strong>de</strong>-se na História<br />
do povo, que t<strong>em</strong> a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> reescrever sua história, não na permissão, mas na<br />
conquista através da luta dos Movimentos Sociais, on<strong>de</strong> a luta continua, s<strong>em</strong>pre<br />
buscando <strong>no</strong>vas estratégias num mundo globalizado.<br />
A linguag<strong>em</strong> dos processos tec<strong>no</strong>lógicos <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adores <strong>de</strong> programas <strong>de</strong><br />
<strong>saú<strong>de</strong></strong>, constituídos å revelia do coletivo, expressam o caráter reprodutor <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>no</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong>.<br />
Apesar <strong>de</strong> termos uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> textos que confirmam o caráter <strong>de</strong><br />
aceitação dos princípios do SUS, <strong>no</strong> dia-a-dia o que se ver é uma <strong>saú<strong>de</strong></strong><br />
assistencialista com um olhar voltado para a doença.<br />
Precisamos pensar constant<strong>em</strong>ente sobre o <strong>no</strong>sso fazer cotidia<strong>no</strong> e buscar a<br />
coerência <strong>de</strong>ste com o conceito que construímos sobre este campo <strong>de</strong><br />
conhecimento e prática. Para realizar o que esse entendimento <strong>no</strong>s sugere,<br />
i<strong>de</strong>ntificamos na proposta metodológica da EPS, incorporando el<strong>em</strong>entos da<br />
subjetivida<strong>de</strong> dos envolvidos <strong>no</strong> processo educativo, um projeto político e<br />
pedagógico capaz <strong>de</strong> realizar uma síntese entre o pensar e o agir do educador<br />
<strong>popular</strong> <strong>em</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong>.<br />
O educado trás <strong>no</strong> seu texto a liberda<strong>de</strong> hoje <strong>em</strong> se construir trabalhos, ações<br />
sobre os pilares da Educação Popular na área da <strong>saú<strong>de</strong></strong> (BRANDÃO, 2001, p. 131).<br />
A realização se dá quando o trabalho do profissional fun<strong>de</strong>-se <strong>em</strong> um trabalho<br />
cultural da EP viabilizado pela <strong>saú<strong>de</strong></strong>.<br />
Quando a ação médica e <strong>de</strong> outros profissionais da área da <strong>saú<strong>de</strong></strong> não se<br />
limita a uma assistência a clientes do povo. “Quando ela se esten<strong>de</strong> a uma<br />
ação cultural ampliada <strong>de</strong> diálogo e <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> parte a parte, <strong>em</strong><br />
busca <strong>de</strong> saídas e <strong>de</strong> soluções sociais a partir do que se vive e do que se<br />
troca, do que se apren<strong>de</strong> e do que se motiva, quando se dialoga crítica e<br />
criativamente sobre a vida e o mundo por intermédio do corpo e da <strong>saú<strong>de</strong></strong><br />
(BRANDÃO, 2001, p. 127)<br />
26