educação popular em saúde no recife - Centro de Pesquisas Aggeu ...
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USF <strong>de</strong> forma a não chocar com outras importantes do seu papel <strong>de</strong> ACS, como por<br />
ex<strong>em</strong>plo: <strong>no</strong>ssos encontros não são marcados nunca nas Sextas-feiras, dia <strong>de</strong><br />
reunião das ESF.<br />
As ações caracterizadas reflet<strong>em</strong> fases da história da Educação Popular <strong>em</strong><br />
Saú<strong>de</strong>, assim como reflete a conjuntura política vivida nessas fases.<br />
A primeira fase representa uma abertura d<strong>em</strong>ocrática que se instalou <strong>no</strong> país,<br />
apresentando-se <strong>no</strong> Recife, a partir da gestão petista, que teve influência direta dos<br />
movimentos sociais, refletindo <strong>no</strong> setor <strong>saú<strong>de</strong></strong> culminando na Proposta da Educação<br />
Popular <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> para este município.<br />
A fase intermediária, com a abertura política, dá a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejada para<br />
atuar <strong>em</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> com prazer e <strong>de</strong>dicação, apesar das dificulda<strong>de</strong>s estruturais.<br />
Corag<strong>em</strong> essa firmada <strong>no</strong> apoio da gerência do DS VI, que trabalhando integrada ao<br />
setor da <strong>educação</strong> <strong>em</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong> promove <strong>saú<strong>de</strong></strong> aten<strong>de</strong>ndo a d<strong>em</strong>anda da gestão, por<br />
ex<strong>em</strong>plo, <strong>no</strong> que concerne ao programa <strong>de</strong> Hansen, uma parceria <strong>de</strong> sucesso entre<br />
essas coor<strong>de</strong>nações.<br />
Na fase atual, o compromisso <strong>em</strong> trabalhar a d<strong>em</strong>anda do serviço também, é<br />
claro e pactuado, <strong>no</strong> enten<strong>de</strong>r das educadoras vinculadas a USF, on<strong>de</strong> seus<br />
educandos são representantes da sua comunida<strong>de</strong>, são multiplicadores <strong>de</strong> <strong>saú<strong>de</strong></strong>,<br />
formadores <strong>de</strong> opinião.<br />
Nessa fase, percebe-se uma consolidação da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educador<br />
Popular do ACS, que valent<strong>em</strong>ente e amorosamente abraçou a “filosofia” da EP.<br />
Usamos filosofia por sentir que esse fazer educativo vai além das pare<strong>de</strong>s aon<strong>de</strong> os<br />
grupos reún<strong>em</strong>-se. Inva<strong>de</strong> <strong>no</strong>ssos lares, cada recanto que vamos, enten<strong>de</strong>ndo que<br />
Educação Popular é mais que um método é uma atitu<strong>de</strong>. O que <strong>no</strong>s leva a<br />
comungar do pensar <strong>de</strong> Paulo Freire, que <strong>em</strong> entrevista a Pelandré (1993, p. 55-56),<br />
diz:<br />
Eu preferiria dizer que não tenho método. O que eu tinha, quando jov<strong>em</strong> era<br />
a curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um lado e o compromisso político do outro, <strong>em</strong> face dos<br />
renegados, dos negados, dos proibidos <strong>de</strong> ler a palavra, relendo o mundo.<br />
O que eu tentei fazer, e continuo hoje, foi ter uma compreensão que eu<br />
chamaria <strong>de</strong> crítica ou <strong>de</strong> dialética da prática educativa, <strong>de</strong>ntro da qual,<br />
necessariamente, há uma certa metodologia, um certo método, que eu<br />
prefiro dizer que é um método <strong>de</strong> conhecer, e não um método <strong>de</strong> ensinar.<br />
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