A mensagem de Eclesiastes - Derek Kidner.pdf - Webnode
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Segundo Resumo:<br />
Retrospectiva <strong>de</strong> <strong>Eclesiastes</strong> 4:9-6:12<br />
Em nosso primeiro resumo, fomos lembrados <strong>de</strong> quão amplamente se esten<strong>de</strong>ram os<br />
primeiros capítulos em busca <strong>de</strong> um fim satisfatório para a vida. Então, por um pouco, a<br />
investigação parece que ficou suspensa. De 4:9 até mais ou menos 5:12 conseguimos fazer uma<br />
pausa para olhar à nossa volta e estudar o cenário humano com certa neutralida<strong>de</strong>. Os<br />
comentários foram penetrantes como sempre, mas o tom foi tranqüilo, quase con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte.<br />
Mas foi a ironia, não aceitação. De 5:13 em diante já não fomos mais poupados à<br />
inquietação que as anomalias e tragédias do mundo <strong>de</strong>veriam <strong>de</strong>spertar em nós. Nós<br />
experimentamos seus causticantes <strong>de</strong>sapontamentos: a súbita ruína do trabalho <strong>de</strong> toda uma<br />
vida (5:13-17) e também as realizações <strong>de</strong>slumbrantes que não trouxeram felicida<strong>de</strong> alguma<br />
(6:1-6). Houve m vislumbre <strong>de</strong> coisas melhores no final do capítulo 5, um sinal <strong>de</strong> que Coelet nos<br />
levaria a uma reposta no final; mas o alívio teve curta duração. O capítulo 6, que começou com a<br />
<strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> algumas vidas vazias, continuou <strong>de</strong>smascarando a ativida<strong>de</strong> constante e sem<br />
sentido (6:7-9) do nosso formigueiro humano, e concluiu repudiando nossos belos discursos<br />
sobre o progresso (6:10-12). Pois, apesar <strong>de</strong> todo esse falatório, o homem por si não tem a<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudar-se a si mesmo; não tem nenhuma permanência nem sequer um lugar para<br />
on<strong>de</strong> ir.<br />
<strong>Eclesiastes</strong> 7:1-22 -<br />
Interlúdio: Mais reflexões, máximas e verda<strong>de</strong>s<br />
Com um toque seguro, o autor introduz agora uma mudança estimulante no seu estilo e<br />
método. Em vez <strong>de</strong> refletir e argumentar, ele vai nos bombar<strong>de</strong>ar com o forte impacto e variados<br />
ângulos <strong>de</strong> ataque dos provérbios. Os primeiros são provocativamente melancólicos; os<br />
restantes (na sua maioria) são provocativamente tranqüilos e sagazes.<br />
Você po<strong>de</strong> também enfrentar os fatos!<br />
7: 1 Melhor é a boa fama do que o ungüento precioso, e o dia da morte, melhor do que o dia<br />
do nascimento.<br />
2 Melhor é ir à casa on<strong>de</strong> há luto do que ir à casa on<strong>de</strong> há banquete, pois naquela se vê o fim<br />
<strong>de</strong> todos os homens; e os vivos que o tomem em consi<strong>de</strong>ração.<br />
3 Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.<br />
4 O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria.<br />
5 Melhor é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato.<br />
6 Pois, qual o crepitar dos espinhos <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> uma panela, tal é a risada do insensato;<br />
também isto é vaida<strong>de</strong>.<br />
Nada na primeira meta<strong>de</strong> do versículo 1 nos prepara para o golpe da segunda meta<strong>de</strong>.<br />
Houve algo parecido no capítulo anterior (6:1-6), mas falava <strong>de</strong> casos especiais. Estas palavras<br />
são tão arrasadoras e tão contrárias à opinião normal que temos <strong>de</strong> dar um pulo até o Novo<br />
Testamento, on<strong>de</strong> “partir e estar com Cristo” é consi<strong>de</strong>rado “muito melhor” do que ficar aqui<br />
(em 3:21, contudo, <strong>Eclesiastes</strong> já se recusou a pressupor a existência <strong>de</strong> uma vida futura); ou,<br />
então, temos <strong>de</strong> continuar lendo, na esperança <strong>de</strong> que haja esclarecimento a seguir.<br />
Isto não vamos encontrar, com certeza; e fica enunciado mais explicitamente no final do<br />
versículo seguinte, em especial na expressão e os vivos que o tomem em consi<strong>de</strong>ração. Em outras<br />
palavras, o dia da morte tem mais a nos ensinar do que o dia do nascimento; suas lições são mais<br />
concretas e, paradoxalmente, mais vitais. No nascimento (e, como falam os versículos seguintes,<br />
em todas as ocasiões alegres e festivas) o ambiente é <strong>de</strong> excitação e expansivida<strong>de</strong>. Não é hora<br />
<strong>de</strong> se pensar na brevida<strong>de</strong> da vida ou nas limitações humanas: <strong>de</strong>ixamos que nossas fantasias e<br />
esperanças subam alto na casa on<strong>de</strong> há luto, por outro lado, o ambiente é sério e a realida<strong>de</strong> é<br />
evi<strong>de</strong>nte. Se não pensamos nela, a culpa é nossa: não teremos outra oportunida<strong>de</strong> melhor <strong>de</strong><br />
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