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A mensagem de Eclesiastes - Derek Kidner.pdf - Webnode

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Terceiro Resumo:<br />

Retrospectiva <strong>de</strong> <strong>Eclesiastes</strong> 7:1-9:18<br />

As palavras do nosso autor, como as <strong>de</strong> Jeremias, po<strong>de</strong>riam ser assim resumidas:<br />

"para arrancares e <strong>de</strong>rribares,<br />

para <strong>de</strong>struíres e arruinares,"<br />

mas, então, e apenas então,<br />

"para edificares e para plantares". 92<br />

Ao chegar ao final do capítulo 9 ele já apresentou os argumentos contra a nossa autosuficiência.<br />

A primeira meta<strong>de</strong> do livro, cujo andamento resumimos rapidamente às páginas 36 e 51,<br />

<strong>de</strong>ixou-nos poucas <strong>de</strong>sculpas para a complacência, e os três últimos capítulos têm insistido ainda<br />

mais no assunto.<br />

Ao contrário dos textos anteriores, os provérbios e as reflexões <strong>de</strong> 7:1-22 não nos aliviaram <strong>de</strong><br />

nossa preocupação principal, embora os intitulássemos <strong>de</strong> interlúdio. Com poucas exceções, as<br />

afirmações são todas severas (por exemplo, 7:1-4) e até mesmo, sob certo aspecto, cínicas (7:15-18),<br />

impelindo duramente o secularista contra o fato e as implicações da morte (para ele). E quando o<br />

argumento foi retomado em 7:23, levantou novas dúvidas quanto à sabedoria humana. O capítulo 2<br />

já apresentara o fato <strong>de</strong> que o sábio é tão mortal quanto o estulto. Agora, porém, surge a questão<br />

premente: se, afinal <strong>de</strong> contas, a sabedoria na verda<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser alcançada. Por mais sábio que<br />

alguém possa ser em muitos <strong>de</strong>talhes da vida (8:1-6; 9:13-18), tornou-se claro que ele nunca chegará<br />

ao âmago das coisas ou sequer à certeza <strong>de</strong> que a verda<strong>de</strong>, caso a <strong>de</strong>scubra, po<strong>de</strong>rá ser enfrentada.<br />

"Quem o achará?" (7:24); "como há <strong>de</strong> ser" (8:7); "se é amor ou se é ódio ... não o sabe o homem"<br />

(9:1).<br />

Sob outros aspectos também o quadro se obscureceu. Agora temos relances <strong>de</strong> torpeza moral,<br />

<strong>de</strong> injustiça não apenas <strong>de</strong>senfreada mas também admirada (8:10ss.), e do homem que, além <strong>de</strong><br />

fraco, também "está inteiramente disposto a praticar o mal", seguindo o seu caminho "cheio <strong>de</strong><br />

malda<strong>de</strong>" (8:11; 9:3). E, ao longo da <strong>de</strong>struição que a morte traz e que já foi enfatizada por todo<br />

o livro, surgem agora os perigos do tempo e da casualida<strong>de</strong> (9:11ss.), para tornar ainda mais inúteis<br />

os planos do homem.<br />

Apesar <strong>de</strong> tudo isto, houve alguns lampejos <strong>de</strong> coisas melhores, mantendo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós um<br />

pouco <strong>de</strong> esperança, a ser acalentada e justificada nos capítulos restantes, pois finalmente Coelet<br />

acabou sua obra <strong>de</strong> <strong>de</strong>molição. O local foi <strong>de</strong>sobstruído: ele po<strong>de</strong> começar a edificar e a plantar. Quer<br />

consi<strong>de</strong>remos o próximo capítulo como um mo<strong>de</strong>sto começo <strong>de</strong>ste processo, quer como um<br />

interlúdio para aliviar a tensão (comparável a 4:9 - 5:12 e 7:1-22), ele vai permitir que retomemos o<br />

fôlego antes <strong>de</strong> voltarmos à veemente questão do livro: se a vida tem algum significado e, se tem,<br />

qual é.<br />

No início, então, há questões <strong>de</strong> senso prático que convém notarmos, pois fazem parte da<br />

sabedoria e <strong>de</strong> uma vida sã tanto quanto as perguntas que temos <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>ntro dos limites<br />

do nosso conhecimento. Após sermos estabilizados com os lembretes para sermos sensatos (capítulo<br />

10), po<strong>de</strong>mos nos atirar com mais segurança ao convite para sermos corajosos (11:1-6), alegres (11:7-<br />

10) e tementes a Deus (capítulo 12).<br />

<strong>Eclesiastes</strong> 10:1-20 -<br />

Interlúdio: Sê pru<strong>de</strong>nte!<br />

Este capítulo apresenta uma visão calma da vida, escolhendo os exemplos a esmo a fim <strong>de</strong><br />

ajudar-nos a manter elevados os nossos próprios padrões, sem nos surpreen<strong>de</strong>rmos <strong>de</strong>mais com as<br />

esquisitices das outras pessoas nem ficarmos in<strong>de</strong>fesos ao nos <strong>de</strong>pararmos com os po<strong>de</strong>rosos.<br />

Loucura<br />

10:1 Qual a mosca morta faz o ungüento do perfumador exalar mau cheiro, assim é para a<br />

sabedoria e a honra um pouco <strong>de</strong> estultícia.<br />

2 O coração do sábio se inclina para o lado direito, mas o do estulto, para o da esquerda.<br />

92 Jr 1:10.<br />

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