45-54 - Universidade de Coimbra
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A I V N O 1.» IV. 0 5 3<br />
Defen COIMBRA<br />
Que po<strong>de</strong>mos fazer?<br />
One havemos <strong>de</strong> pedir?<br />
E' ta! e Ião profunda a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m politica,<br />
a <strong>de</strong>sorganisação administrativa, a miséria<br />
economica e a anarchia financeira, em<br />
que a monarchia e os seus ministros lançaram<br />
esta <strong>de</strong>sventurada nação, que a gente<br />
não sabe o que ha <strong>de</strong> pedir, nem se quer<br />
atina com que lia <strong>de</strong> dizer da nossa triste<br />
vida publica.<br />
As colonias são-nos lodos os dias roubadas,<br />
pedaço a pedaço; o pouco que nos<br />
<strong>de</strong>ixam e d'ellas ainda nos resta offerece<br />
um eslado penoso e <strong>de</strong>véras <strong>de</strong>solador; em<br />
algumas lavra ainda maior e mais intensa<br />
miséria do que na melropole; outras revoltam-se<br />
contra o nosso <strong>de</strong>sleixo, repeliem<br />
enfurecidas, e com razão, o estúpido e cruel<br />
abandono, a que as têm con<strong>de</strong>mnado, as<br />
vergonhas com que as têm enegrecido e<br />
rebaixado os seus barbaros e ignóbeis dominadores.<br />
\<br />
A metropole não tem recursos; falla-lhe<br />
o dinheiro, as forças para as soccorrer e<br />
lhes acudir; e já nem sequer gosa do prestigio<br />
indispensável para as fazer respeitar<br />
nos seus direitos, ella que o não tem,<br />
nem dignida<strong>de</strong>, nem pondonor para se fazer<br />
respeitar a si própria !<br />
Mandam-se para o ultramar levas <strong>de</strong><br />
soldados, troços do nosso exercito para<br />
conter os revoliosos e, como emphaticamenle<br />
se alar<strong>de</strong>a, para <strong>de</strong>saffrontar a ban<strong>de</strong>ira<br />
portugueza, vingar injurias e castigar<br />
os enxovalhos feitos á honra nacional,<br />
com um enormíssimo dispêndio <strong>de</strong><br />
vidas e dinheiro; e <strong>de</strong>ixam-se na mesma<br />
<strong>de</strong>plorável situação as nossas provincias<br />
ultramarinas, e nem, por distracção ao menos,<br />
se pensa em politica e administração<br />
colonial.<br />
Cada reforma que o governo opera, e<br />
com a qual affirma, prelenciosa e arrogantemente,<br />
levantar o paiz abatido, regenerar<br />
a nação no ultimo extremo da sua <strong>de</strong>cadência,<br />
reparar, ao menos em parle, os estragos<br />
da rapina, reconstruir a <strong>de</strong>smoronada Babel<br />
das nossas escalabradas finanças, cada uma<br />
e todas essas reformas salvadoras são <strong>de</strong>sastres<br />
monstruosos, que mais nos afundam<br />
na miséria, que mais nos rebaixam no <strong>de</strong>scrédito,<br />
e arrastam á total ruina.<br />
O acto mais insignificante, a medida<br />
mais vulgar e ordinaria <strong>de</strong> iniciativa e execução<br />
ministerial é um conlracenso, um<br />
disparate <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>m, que nas suas consequências<br />
cresce, e avulta, assume as proporções<br />
<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sastre, que a<br />
ignorancia e a imprevidência dos governantes<br />
produzem ou occasionam.<br />
Os conflictos diplomáticos, as complicações<br />
officiaes e exlra-officiaes com os governos<br />
das outras nações sur<strong>de</strong>m a cada<br />
passo <strong>de</strong>baixo dos pés dos nossos tropegos<br />
governantes, <strong>de</strong>sorientados ministros e conselheiros<br />
da corôa, a qual ha muito tempo<br />
jaz sobre dourado almofadão <strong>de</strong> seda carmim,<br />
como objecto <strong>de</strong>stinado a figurar em<br />
uma exposição <strong>de</strong> velha arte politico-ornamenlal,<br />
la<strong>de</strong>ada pela famosa coslodia <strong>de</strong><br />
Belem e pelo celebre palium da Sé archiepiscopal<br />
<strong>de</strong> Braga.<br />
Vejam o que succe<strong>de</strong> com a viagem <strong>de</strong><br />
recreio do rei ás côrtes da Europa.<br />
Até nisto se revelou a falta <strong>de</strong> tino, a<br />
imprevidência característica dos conselheiros<br />
da corôa!<br />
Que lhes havemos <strong>de</strong>pois fazer nós os<br />
porluguezes?<br />
iNada,<br />
Que havemos <strong>de</strong> pedir?<br />
A quéda e a substituição do actual ministério?<br />
Para quê?<br />
Todos os ministérios da monarchia foram<br />
e hão <strong>de</strong> ser assim, e cada vez peores.<br />
A convocação do parlamento?<br />
Mas o que é, o que tem sido, o que<br />
po<strong>de</strong>rá vir a ser o parlamento?<br />
O mesmo que tem sido os outros: menos.<br />
muito tnenos talvez, se abaixo <strong>de</strong> zero<br />
ha quantida<strong>de</strong> apreciavel.<br />
Nós pedimos, pura e simplesmente, e<br />
com isso, por emquanto, nos contentamos:<br />
A quéda da monarchia.<br />
A abolição da realeza.<br />
O estabelecimento da Bepublica.<br />
De rachar!...<br />
De pé atraz a Italie, <strong>de</strong>sanca o governo<br />
com tal faria e insania que os <strong>de</strong>ixa a escorrer<br />
pús, que sangue já não corre naquellas<br />
artérias <strong>de</strong> lama.<br />
O que vale é que no meio d^ste <strong>de</strong>sancar,<br />
salva-se o nome da nação a quem se faz<br />
inteira justiça.<br />
E' como quem malha em centeio ver<strong>de</strong><br />
como ireis presencear ao lerem esses dois<br />
períodos:<br />
«Os ministros que <strong>de</strong>viam aconselhar o rei no<br />
seu interesse, não tiveram o inenor escrupulo em<br />
o lauçar na estrada que conduz os monarchas á<br />
sua perda e os prepara a mudarem um dia dos<br />
seus antigos palacios reaes para algum palacio,<br />
mais ou menos ricamente mobilado, mas alugado<br />
em terra <strong>de</strong> exilio. Mas d'on<strong>de</strong> saíram estes míseros<br />
ministros <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong>, o rei <strong>de</strong> Portugal?<br />
Em que <strong>Universida<strong>de</strong></strong> ou em que instituto<br />
fizeram elles os seus exames? Está a instrucção<br />
publiea em Portugal tão atrazada que se pô<strong>de</strong><br />
ser ministro do iei sem mesmo se saber historia?<br />
«Por esse procedimento os <strong>de</strong>sgraçados conselheiros<br />
<strong>de</strong> D. Carlos provaram, que nem mesmo<br />
conhecem o a b c da historia e que a sua ignorancia<br />
exce<strong>de</strong> a que é toieravel nos homens que se<br />
chamam: homens do estado».<br />
Hein?! De primeira agua. Ainda ha<br />
verda<strong>de</strong>s no mundo, e bem se vê que a fama<br />
do governo longe sôa.<br />
Muito damnado ha <strong>de</strong> estar o Franco pela<br />
aftronta que os collegas receberam do Crispi,<br />
na <strong>de</strong>claração do embaixador italiano, em<br />
Lisboa.<br />
Manda vir o embaixador da Italia, ó farronca!<br />
Só brincas com o <strong>de</strong>sgraçado povo?<br />
Valente!<br />
Até o papa!<br />
Isto já não é Portugal <strong>de</strong> portuguezes, é<br />
<strong>de</strong> todos os que o não são.<br />
Bem aquinhoada a Inglaterra, a Bélgica,<br />
a Âllemanha, ultimamente, etc. Os papas<br />
paparam-nos galeões carregados <strong>de</strong> oiro e<br />
pedrarias que lhes mandavam os Braganças,<br />
em troca dos fanatismos, e das bênçãos —O<br />
que não custou o cognome <strong>de</strong> rei fi<strong>de</strong>líssimo,<br />
a graça <strong>de</strong> ser Nossa Senhora da Conceição<br />
a padroeira do reino e conquistas, e mais<br />
ratices!...<br />
Verda<strong>de</strong>iros a mais não ser, os períodos<br />
da Provinda que respigámos:<br />
«Já sabíamos que este paiz estava por conta da<br />
reacção religiosa (religiosa não dizemos bem, não<br />
insultemos a religião) por conta da reacção jesuítica.<br />
«Quem <strong>de</strong> facto manda á ultima hora neste<br />
paiz é o papa, por conta <strong>de</strong> sete imbecis, que a<br />
audacia, o favor, o bamburrio e o proprio idiotismo,<br />
içaram ao po<strong>de</strong>r, e que a nação, por uma longanimida<strong>de</strong><br />
já inexplicável e estupefaciente, consente<br />
ainda agora, para nosso eterno opprobio, nas iramundas<br />
secretarias do Terreiro do Paço.<br />
«Que vergonha, que miséria e que pobreza <strong>de</strong><br />
espirito I»<br />
E quem ha <strong>de</strong> dar leis, é quem está <strong>de</strong><br />
posse do throno, a educanda do Sacre Cceur,<br />
<strong>de</strong> Paris.<br />
Já não ha ministros, os chamados estadistas,<br />
da tempera d'aquelles que <strong>de</strong>ram fundo<br />
golpe na reacção e no jesuitismo.<br />
Essa raça <strong>de</strong> patriotas <strong>de</strong>generou. Ha<br />
Francos, Hintzes e o mais por ahi fóra, d'um<br />
cumprimento tal capaz <strong>de</strong> dar a volta ao<br />
inundo!<br />
—Quinta feira, 31 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1895<br />
1 julgamento importante<br />
Realisou-se na semana passada a primeira<br />
audiência para julgamento do sr. Faustino<br />
da Fonseca, actual director da Vanguarda.<br />
A causa d'este julgamento foi haver o<br />
nosso collega publicado um energico artigo<br />
contra a commissão municipal <strong>de</strong> Lisboa, que<br />
provocou as suas fúrias e o levou perante<br />
as justiças <strong>de</strong> el-rei.<br />
A que, porém, um gran<strong>de</strong> uumero <strong>de</strong><br />
pessoas <strong>de</strong> todas as classes sociaes assistiram<br />
no tribunal da Boa Hora, não foi ao<br />
julgamento d'um jornalista, mas sim á autopsia<br />
das immoralida<strong>de</strong>s praticadas pela commissão<br />
municipal <strong>de</strong> Lisboa.<br />
As testemunhas <strong>de</strong> <strong>de</strong>feza foram o sr.<br />
dr. Eduardo <strong>de</strong> Ab eu, zeloso secretario da<br />
subscripção nacional, e os srs. drs. Leão <strong>de</strong><br />
Oliveira e Cupertino Ribeiro, membros <strong>de</strong>missionários<br />
da minoria republicana da referida<br />
camara.<br />
Todas as testemunhas tiveram para com o<br />
réo as mais lisongeiras referencias, e verberaram<br />
ácremente o insolito procedimento dos<br />
senhores vereadores, que fizeram sentar no<br />
banco dos réos, um jornalista intelligente<br />
honrado e trabalhador.<br />
A primeira testemunha <strong>de</strong> <strong>de</strong>feza a ser<br />
ouvida foi o antigo e prestigioso <strong>de</strong>putado<br />
republicano por Lisboa, que historiou <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a sua origem a questão, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo o procedimento<br />
do austero jornalista e con<strong>de</strong>mnando<br />
o procedimento vingativo dos camaristas.<br />
Disse, que tendo sido encarregado ha<br />
tempos, <strong>de</strong> fazer entrar no cofre da subscripção<br />
nacional, numerosas quantias que estavam<br />
em <strong>de</strong>bito, dirigiu á camara municipal<br />
<strong>de</strong> Lisboa vários officios neste sentido, pedindo<br />
o pagamento <strong>de</strong> tres contos trezentos<br />
e tantos mil réis, resto dos cem contos com<br />
que ella prometteu concorrer para a subscripção<br />
nacional.<br />
A única resposta que obteve, foi sempre<br />
a mesma, o silencio—e por ultimo soube, que<br />
a verepção mandou inutilisar em auto <strong>de</strong> fé,<br />
o ultimo officio, que elle lhes dirigiu em termos<br />
vehementes, mas <strong>de</strong>licados.<br />
Ora a camara proce<strong>de</strong>ndo d'uma maneira<br />
tão pouco correcta, não só o offen<strong>de</strong>u a elle,<br />
mas mostrou bem claramente o seu pouco<br />
patriotismo e nenhuma educação.<br />
Este facto já suficiente para <strong>de</strong>spertar<br />
uma reprimenda na imprensa, ainda não assalariada,<br />
ou <strong>de</strong> duas caras, que pelo paiz<br />
já começou a florescer, mereceu a <strong>de</strong>vida censura<br />
do sr. Faustino da Fonseca, um rapaz<br />
cheio <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong>cidido a sacrificar-se por um<br />
i<strong>de</strong>al e a <strong>de</strong>sontrar um correligionário das<br />
más creaçóes d'uns sabujos do sr. João Franco,<br />
d'uns ninguens, incapazes <strong>de</strong> se mecherem<br />
e tornarem conhecidos noutro paiz que não<br />
fosse o nosso.<br />
Seria impossível dar uma nota <strong>de</strong>senvolvida<br />
<strong>de</strong> tudo o que o sr. dr. Eduardo <strong>de</strong><br />
Abreu disse com aquella eloquencia e nobre<br />
impetuosida<strong>de</strong>, que tanto o caracterisa e distingue;<br />
falta-nos o espaço e o tempo.<br />
Não po<strong>de</strong>mos, comtudo furtar-nos á transcripção<br />
da parte do interrogatorio em que<br />
elle respon<strong>de</strong>u ao nosso amigo João <strong>de</strong> Menezes,<br />
advogado do réo, se tinha qualquer<br />
inimiza<strong>de</strong> com os membros da fanada vereação.<br />
O sr. dr. Eduardo <strong>de</strong> Abreu respon<strong>de</strong>u<br />
o seguinte, que é engraçado e ao mesmo<br />
tempo muito, muitíssimo significativo:<br />
Relações pesscaes só as tenho com o sr.<br />
Martinho Guimarães, que é membro da commissão<br />
executiva da subscripção nacional; <strong>de</strong><br />
vista só conheço o sr. con<strong>de</strong> do Restello;<br />
retratado nos rotulos do xarope e da farinha<br />
peitoral, que, apressou-se a dizer, nunca receitei<br />
aos meus clientes, por consi<strong>de</strong>rar drogas<br />
nocivas á saú<strong>de</strong> publica.<br />
Seguiu-se o sr. dr. Leão d"0!iveira, que<br />
entre outras cousas, dignas <strong>de</strong> registrar, disse,<br />
e provou, que acamara actual era uma corporação<br />
<strong>de</strong>shonesta, que não o dizia só alli,<br />
porque o havia já dito em plena sessão, e os<br />
srs. vereadores que querellaram do jornalista,<br />
não o querellaram então a elle, talvez por<br />
esquecimento ou singular <strong>de</strong>ferencia.<br />
Referiu-se também ao facto <strong>de</strong> serem arbitrariamente<br />
nomeados mais quarenta e nove<br />
empregados, com o caracter <strong>de</strong> temporários,<br />
sendo na sua maioria, netos, filhos, cunhados<br />
e afilhados <strong>de</strong> vereadores!<br />
A outra testemunha <strong>de</strong> <strong>de</strong>feza, o sr. Cupertino<br />
Ribeiro, não chegou a ser ouvido por<br />
estar a sala muito escura, e o sr. juiz marcar<br />
a continuação do julgamento para o dia 2 <strong>de</strong><br />
novembro.<br />
Era numerosíssima a concorrência do publico,<br />
notando-se muitos escriptores, médicos,<br />
commerciantes, industriaes, estudantes,<br />
etc.<br />
A impressão causada foi enorme; a situação<br />
em que os accusadores ficaram, não podia<br />
ser mais triste; nem ao menos lhe valeu<br />
a habilida<strong>de</strong> do sr. dr. Lopes Vieira!<br />
Já é azar!<br />
Comquanto o sr. juiz não pronunciasse o<br />
seu veredictum, o que po<strong>de</strong>mos affoitamente<br />
dizer é que, absolutorio ou con<strong>de</strong>mnatorio,<br />
a opinião publica absolveu o réo plenamente.<br />
Não será esta a ultima vez que nos havemos<br />
<strong>de</strong> referir a este julgamento; havemos<br />
<strong>de</strong> contar o que se passar na audiência final,<br />
que não <strong>de</strong>ve ser menos interessante e moralisador.<br />
Continua a macaca<br />
E' fatal; on<strong>de</strong> estiver o Hintze, está<br />
agoiro á porta e a má sorte em casa — tudo<br />
perdido! — Assim está o paiz.<br />
A macaca d^sse fúnebre homem, e <strong>de</strong>sastrado<br />
ministro, já <strong>de</strong>u que fallar á imprensa,<br />
que lhe pren<strong>de</strong>u por muito tempo á cauda, a<br />
lata do ridículo.<br />
Tudo o que tem acontecido <strong>de</strong> mau ao<br />
sr. D. Carlos é causa da macaca do sr. Hintze;<br />
a viagem sustida em Paris, é da macaca;<br />
as afflicções do monarcha, em França,<br />
sem saber para on<strong>de</strong> se havia <strong>de</strong> voltar<br />
se para o ti-ti, se para o santinho com tripas,<br />
é da macaca; o conflicto diplomático<br />
com a Italia, é da macaca, e ainda é da macaca<br />
o que está para acontecer na viagem a<br />
Londres.<br />
A opinião do UEtoile Belgs é que se<br />
prepara ao joven monarcha — v. g. — um<br />
novo <strong>de</strong>sastre.<br />
Quem dá a nova é o Correio da Noite,<br />
e diz que o referido jornal notando como os<br />
ministros portuguezes se mostram tão fracos<br />
— marca tres á preta, ó João! — quanto imprevi<strong>de</strong>ntes,<br />
e como el-rei se preoccupa pouco<br />
com este inci<strong>de</strong>nte, gosando em Paris —<br />
que atrevimento !— os ocios dos boulevards,<br />
ao referir-se á próxima viagem á tia Victoria<br />
— diz-nos:<br />
«E' em Londres que o (El Rei) espera um verda<strong>de</strong>iro<br />
<strong>de</strong>sapontamento que bem se po<strong>de</strong>ria ligar<br />
ao inci<strong>de</strong>nte do Quirinai. Em-vez