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ESCOLAS NOCTURNAS NO CEARÁ: Ações de combate ao

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Para que essa lógica fiuqe mais clara para o leitor <strong>de</strong>sse trabalho, optou-se por<br />

apresentar em capítulo específico a metodologia adotada, visando alcançar os objetivos<br />

propostos. Assim, no primeiro capítulo são discutidos os pressupostos teórico-metodológicos<br />

que orientaram o <strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa; nele os fundamentos da História Nova foram<br />

tomados como fundamentais para a realização <strong>de</strong> uma pesquisa histórica baseada nos<br />

procedimentos da análise documental. Em seguida são esclarecidas as etapas do trabalho, com<br />

a <strong>de</strong>finição das fontes e acervos consultados, <strong>de</strong> forma que se possa visualizar todo o processo<br />

<strong>de</strong> coleta e análise dos documentos, aqui compreendido também como momento <strong>de</strong> formação<br />

do pesquisador e <strong>de</strong> constituição do próprio objeto investigado.<br />

No segundo capítulo, inicia-se a discussão acerca das características do<br />

funcionamento dos cursos noturnos cearenses. Através das informações coletadas nos<br />

documentos produzidos entre os anos <strong>de</strong> 1889 e 1914, i<strong>de</strong>ntifica-se um período em que a<br />

proliferação <strong>de</strong> um discurso <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia do analfabetismo como problema não foi<br />

acompanhado <strong>de</strong> um anúncio <strong>de</strong> ações efetivas para o seu enfrentamento. Com um intuito <strong>de</strong><br />

melhor compreen<strong>de</strong>r esse fato, são analisados os cenários socioeconômicos e políticos da<br />

época, percebendo que tais fatores interfeririam diretamente nos acontecimentos observados<br />

no cenário educacional.<br />

É nessa fase inicial da República que a instrução começava a ocupar lugar nos<br />

<strong>de</strong>bates, como único mecanismo capaz <strong>de</strong> tirar o País do atraso provocado pelo “cancro” do<br />

analfabetismo. Leis foram criadas, muito embora a escola primária continuasse sendo<br />

frequentada por uma pequena minoria. Caberia, portanto, à própria socieda<strong>de</strong>, através <strong>de</strong><br />

instituições civis, promover iniciativas <strong>de</strong> escolarização voltadas para o público adulto,<br />

enquanto o po<strong>de</strong>r púbico não se pronunciava sobre o assunto.<br />

Esse cenário começa a ser modificado em meados da década <strong>de</strong> 1910, quando o<br />

Estado <strong>de</strong>senvolve suas primeiras ações no campo da instrução <strong>de</strong> adultos. Foi nesse<br />

momento (entre os anos <strong>de</strong> 1914 e 1922), analisado no terceiro capítulo, que foram criados<br />

cursos noturnos na capital e no interior do Ceará, por iniciativa do Presi<strong>de</strong>nte do Estado, João<br />

Thomé.<br />

Com a nova proposta pedagógica para a escola primária apresentada por Justiniano<br />

<strong>de</strong> Serpa, que fortalecia a priorização dado a instrução das crianças, esses cursos noturnos<br />

foram fechados sem que fossem apresentadas as causas ou uma alternativa. Assim como no<br />

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