Caracterização de produtos panificados à base de féculas
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excessivo <strong>de</strong> açúcares e gorduras e insuficiente <strong>de</strong> verduras, legumes, frutas e proteínas são<br />
comuns. Uma alternativa viável para solucionar o problema é estimular o consumo <strong>de</strong><br />
<strong>produtos</strong> <strong>de</strong> soja, que são fontes protéicas nutritivas, econômicas e disponíveis no mercado<br />
(CARRÃO-PANIZZI; MANDARINO, 1998).<br />
Apesar <strong>de</strong> ser consumida em grão, a soja é mais utilizada na produção <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivados<br />
caseiros ou industrializados (PHILIPPI, 2003). Bowles (2005) afirmou que a soja dá origem a<br />
diversos <strong>produtos</strong> e sub<strong>produtos</strong> como o tofu (“queijo <strong>de</strong> soja”), farinhas e farelos <strong>de</strong> soja,<br />
extrato aquoso <strong>de</strong> soja (“leite <strong>de</strong> soja”) e o subproduto do extrato aquoso da soja, <strong>de</strong>nominado<br />
okara.<br />
Okara, ou resíduo <strong>de</strong> soja, é um subproduto do processamento do extrato aquoso <strong>de</strong><br />
soja e do tofu. O okara contém aproximadamente 27% <strong>de</strong> proteínas (<strong>base</strong> seca) com boa<br />
qualida<strong>de</strong> nutricional (WANG; CAVINS, 1989), sendo consi<strong>de</strong>rado uma fonte vegetal <strong>de</strong><br />
baixo custo e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> potencial para consumo humano.<br />
Genta et al. (2002) relataram a obtenção do okara a partir do processamento do<br />
extrato aquoso da soja. As sementes inteiras são selecionadas, classificadas e moídas. O<br />
extrato aquoso da soja é separado e o produto resultante é o okara úmido que será seco e<br />
embalado. Yamaguchi; Ota; Hatanaka (1996) complementaram que o okara também po<strong>de</strong> ser<br />
produzido a partir da extração <strong>de</strong> óleo e proteínas dos grãos <strong>de</strong> soja.<br />
Ma et al. (1997) estudaram o isolamento e caracterização da proteína do okara<br />
obtendo um alto rendimento <strong>de</strong> extração em pH alcalino. Encontraram proprieda<strong>de</strong>s<br />
funcionais e nutricionais semelhantes a proteína <strong>de</strong> soja isolada comercial. Entretanto, durante<br />
o processamento <strong>de</strong> leite <strong>de</strong> soja, observaram que o tratamento térmico causa <strong>de</strong>snaturação<br />
protéica resultando em proteínas isoladas <strong>de</strong> okara com baixa solubilida<strong>de</strong>, limitando sua<br />
incorporação no sistema do alimento.<br />
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