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_________. Politiques de l’amitié – suivi de L’oreille de Heidegger. Éditions Galillé. Paris 1994. _________. Politics and Friendship. A discussion with Jacques Derrida (Centre for Modern French Thought, University of Sussex, 1 December 1997), em http://www.suxxes.ac.uk/Units/frenchthought/derrida.htm KONSTAN, David. A amizade no mundo clássico. Editora Odysseus. São Paulo, 2005. ORTEGA, Francisco. Para uma Política da Amizade: Arendt, Derrida, Foucault. Relume Dumará. Rio de Janeiro, 2001. p.58 ORTEGA, Francisco. Genealogias da Amizade. Iluminuras. São Paulo, 2002. Anais XXIII SEC, Araraquara, p. 42-48, 2008 48
Anais XXIII SEC, Araraquara, p. 49-59, 2008 Jules Laforgue: um Diálogo com o Clássico Aline Taís CARA PG – FCLAr – UNESP aline_cara@hotmail.com Jules Laforgue (1860-1887) foi o grande decadentista/simbolista; suas características perpassam esses dois importantes movimentos literários. O Decadentismo é um pouco anterior ao Simbolismo, porém com teor mais pessimista, negativista. Os simbolistas foram inicialmente chamados de decadentes pela proximidade existente entre os dois movimentos, e há, nesse sentido, autores que consideram o Decadentismo e o Simbolismo dois nomes para uma mesma tendência. E não é difícil entender o motivo pelo qual esses dois movimentos podem ser confundidos. Como diz Peyre (1983), nos últimos decênios do século XIX, a literatura simbolista prezou todo o cansaço de viver, o langor, o isolamento da sociedade tecnológica considerada materialista. Isso faz com que muitos observadores e historiadores denominem os escritos que contêm tais características como “decadentistas”, ou seja, elaborados pelos “decadentes”, termo existente para denominar os escritores adeptos do pessimismo e da decadência iminente. Os naturalistas tentavam convencer o mundo literário de que nada mais restava à sociedade roída pela decadência, pelo esgotamento; as únicas alternativas eram desmoronar ou rejuvenescer através da religião, do ocultismo ou da barbárie. Essa decadência, ou melhor, a noção de decadente tem origens muito antigas, desde a queda, a decadência do Império Romano. O homem decadente é aquele que surge, segundo Gomes (1994), dentro de uma grave crise social do fim do século XIX. A Revolução Industrial que acontecia nessa época propiciava situações como o inchamento das cidades, a obsessão com a moda, a dúvida quanto aos métodos científicos, o sentimento de que a sociedade estava se tornando cada vez mais materialista. Isso aguçava a crise latente e provocava a impressão e o sentimento de decadência, de negativismo. O pessimismo da época cultiva o “decadente”, aquele que volta as costas à sociedade, ao mundo grosseiro e hostil, aquele que se isola em sua torre de marfim e que busca sensações mais refinadas. Em 1885, havia decadentes e simbolistas, muitos decadentes e poucos simbolistas. A palavra decadente fora pronunciada a palavra simbolista ainda não; falávamos em símbolo, não criáramos a palavra genérica simbolismo e os decadentes e os simbolistas eram então coisas completamente diferentes. A palavra decadente fora criada por jornalistas, alguns a haviam, diziam eles, ajuntado como os goeux da Holanda haviam
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