prima 1361:Apresentação 1.qxd - Jornal de Leiria

Obra estará concluída dentro de nove meses
A Misericórdia de Porto de Mós
vai iniciar, nos próximos dias, a
construção de uma unidade de cuidados
continuados de longa duração.
Trata-se de um investimento
na ordem dos dois milhões de euros,
que deverá ficar concluído dentro
de nove meses e que conta com o
apoio do Ministério da Saúde e da
câmara municipal.
Segundo José Carlos Ramos, provedor
da instituição, a comparticipação
do Estado rondará os 745
mil euros, enquanto a autarquia
ajudará com 400 mil euros. Além
desta verba, o município disponibilizou
o terreno, localizado na zona
de Colos, e ficará responsável pela
execução dos arranjos exteriores.
Um apoio que o presidente da câmara,
João Salgueiro, justifica com
“importância da obra, não só para
o concelho, como para a região”.
“A unidade será uma realidade
porque houve uma conjugação de
esforços em torno de um projecto
que permitirá a prestação de melhores
cuidados à comunidade”, afirma
o provedor. O dirigente sublinha
ainda que, a longo prazo, este
tipo de unidade traz benefícios económicos
ao Estado, pois contribui
para reduzir os internamentos hospitalares.
“Os hospitais estão cheios
de doentes que já não lhes deviam
pertencer e que, por isso, devem
ser encaminhados para centros que
lhes garantam mais alguma reabilitação”,
defende o médico.
A futura unidade irá receber utentes
que necessitem de internamentos
superiores a 180 dias, uma vez
que “é ao nível da longa duração
que o distrito tem maiores lacunas”.
O centro hospitalar da misericórdia
terá 30 camas, mas José Carlos Ramos
garante que a obra ficará preparada
para sofrer uma ampliação.
“Temos consciência que, em pouco
tempo, a capacidade ficará esgotada.
No entanto, as disponibilidades
financeiras não nos permitem
avançar com um projecto de
outra dimensão”, reconhece o pro-
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Misericórdia de Porto de Mós constrói
unidade de cuidados continuados
MARIA ANABELA SILVA
Provedor diz que a unidade ficará preparada para ser ampliada
vedor. O dirigente admite ainda que
a construção da unidade adiará
outro dos seus sonhos, que passa
pela criação de um segundo lar da
misericórdia, que possibilitasse a
separação dos utentes que “apenas
precisam de uma unidade residencial
daqueles com graus de dependência
maiores e com outro tipo de
necessidades”. ■
Maria Anabela Silva
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12 de Agosto de 2010 | 11
Porto de Mós
PSD contesta
aumentos
no pré-escolar
O vereador do PSD na Câmara
de Porto de Mós, Júlio Vieira,
contesta os aumentos dos preços
dos serviços de componente
de apoio à família no pré-escolar,
que entrarão em vigor no
próximo ano lectivo. A proposta
foi aprovada na semana passada,
com o voto contra de Júlio
Vieira, que considera que, face
à conjuntura actual, “estes aumentos
não são aceitáveis”. Segundo
as contas feitas pelo vereador,
em causa estão subidas entre
os 10% e os 23%. Em comunicado,
Júlio Vieira lamenta ainda
que a proposta tenha sido
apresentada “sem nenhum estudo
sobre o assunto”, criticando
a falta de “informação sobre as
receitas cobradas aos pais e as
despesas efectuadas pelo município
na prestação do serviço”. O
presidente da câmara, João Salgueiro,
frisa que os valores não
eram actualizados há quatro anos
e que os aumentos nos dois primeiros
escalões, “onde se enquadra
boa parte dos alunos, são de
1.30 e 1.82 euros por mês”. O
autarca considera, por isso, as
declarações do vereador da oposição
de “pura demagogia”. ■
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