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prima 1361:Apresentação 1.qxd - Jornal de Leiria

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O sector da construção e obras<br />

públicas vive dias difíceis, <strong>de</strong>vido<br />

à falta <strong>de</strong> trabalho, às restrições no<br />

crédito e aos atrasos nos pagamentos<br />

por parte das câmaras. A<br />

situação tem impactos negativos<br />

noutras activida<strong>de</strong>s, como a venda<br />

<strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong> máquinas e<br />

equipamentos. Empresários e dirigentes<br />

não esperam melhorias a<br />

curto prazo e antevêem o encerramento<br />

<strong>de</strong> empresas e o <strong>de</strong>spedimento<br />

<strong>de</strong> pessoal.<br />

João Batista dos Santos garante<br />

que o cenário é <strong>de</strong> “dificulda<strong>de</strong>s”.<br />

No segmento das obras particulares<br />

“não se ven<strong>de</strong>”, porque os<br />

bancos não só “não emprestam<br />

dinheiro” como ainda fazem “avaliações<br />

péssimas”, o que significa<br />

que o potencial comprador precisa<br />

<strong>de</strong> ter algum capital próprio se<br />

quiser comprar.<br />

Nas obras públicas a situação<br />

está “uma <strong>de</strong>sgraça”, garante o<br />

empresário da Batalha. Por um lado,<br />

as empresas concorrem por preços<br />

que não são sustentáveis, o que significa<br />

que “as que não caem agora<br />

cairão mais à frente”. Por outro,<br />

“as câmaras não têm dinheiro para<br />

pagar”. Entre as poucas excepções<br />

a esta regra estão as autarquias da<br />

Batalha e <strong>de</strong> Pombal, aponta. O<br />

empresário diz não ter dúvidas que<br />

“mais empresas vão ficar pelo caminho”.<br />

Segundo a última análise <strong>de</strong> conjuntura<br />

feita pela Associação <strong>de</strong><br />

Empresas <strong>de</strong> Construção e Obras<br />

Públicas e Serviços (AECOPS), o<br />

número <strong>de</strong> obras públicas adjudicadas<br />

sofreu uma quebra <strong>de</strong> 46%<br />

no primeiro semestre <strong>de</strong>ste ano,<br />

face a igual período <strong>de</strong> 2009. E o<br />

valor das mesmas <strong>de</strong>sceu 60%.<br />

Foram adjudicados 665 projectos<br />

e o respectivo valor foi <strong>de</strong> 805,8<br />

milhões <strong>de</strong> euros.<br />

A análise semestral dá ainda<br />

conta que “só a abertura <strong>de</strong> novos<br />

concursos revela uma evolução<br />

favorável, o que, a médio prazo, se<br />

espera venha a impulsionar a produção<br />

do sector”. É que o lança-<br />

■Economia■<br />

Escassez <strong>de</strong> trabalho e restrições no crédito dificultam activida<strong>de</strong><br />

Empresas <strong>de</strong> construção e obras<br />

públicas com a corda na garganta<br />

“Há uma redução significativa da<br />

activida<strong>de</strong>, nomeadamente no segmento<br />

resi<strong>de</strong>ncial. Quanto às obras<br />

públicas, existem algumas, mas<br />

também há mais empresas disponíveis<br />

para as fazer, pelo que baixam<br />

os preços com que vão a concurso. Andamos a trabalhar<br />

com preços insustentáveis a médio prazo. Tem<br />

havido encerramentos <strong>de</strong> empresas e redução <strong>de</strong><br />

efectivos. As dificulda<strong>de</strong>s vão continuar, apesar <strong>de</strong><br />

haver algumas obras a concurso, porque a concorrência<br />

é gran<strong>de</strong>.”<br />

RICARDO GRAÇA<br />

mento <strong>de</strong> novas obras registou um<br />

acréscimo <strong>de</strong> 29,2% em número e<br />

<strong>de</strong> 64,2% em valor no primeiro<br />

semestre, representando um investimento<br />

superior a 2,3 mil milhões<br />

<strong>de</strong> euros.<br />

Mesmo assim, “os empresários<br />

do sector continuam a manifestar<br />

fortes preocupações quanto à evolução<br />

da activida<strong>de</strong> das suas empresas,<br />

a par <strong>de</strong> um acentuado pessimismo<br />

sobre a sua evolução futura”,<br />

garante a AECOPS. A avaliação<br />

“mais <strong>de</strong>sfavorável continua a ser<br />

dos empresários da região Centro,<br />

<strong>de</strong>vido, essencialmente, à forte quebra<br />

verificada na construção <strong>de</strong> edifícios<br />

resi<strong>de</strong>nciais”.<br />

SETE MESES<br />

PARA RECEBER<br />

A agravar “a redução muito forte<br />

da procura”, as empresas <strong>de</strong>frontam-se<br />

com “crescentes atrasos nos<br />

pagamentos que lhe são <strong>de</strong>vidos,<br />

o que torna a sua situação financeira<br />

cada vez mais difícil”, alerta<br />

a AECOPS, realçando que “os atrasos<br />

nos pagamentos continuam a<br />

ser um dos condicionantes à acti-<br />

| Discurso Directo|<br />

Paulo Gonçalves,<br />

presi<strong>de</strong>nte da ARICOP<br />

vida<strong>de</strong> mais assinalados pelos empresários”.<br />

O último inquérito da Fe<strong>de</strong>ração<br />

da Construção e Obras Públicas<br />

(Fepicop) confirma esta realida<strong>de</strong>.<br />

Em média, as câmaras estão<br />

a levar 208 dias (sete meses) para<br />

pagar, mais 14 dias do que há seis<br />

meses. “O agravamento <strong>de</strong> 14 dias<br />

po<strong>de</strong> parecer pouco. O problema é<br />

que são 14 dias que se somam a<br />

sete meses. O pior mesmo é que os<br />

prazos voltaram a alargar-se e,<br />

numa fase como esta, não po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ficar preocupados”,<br />

afirma Reis Campos. O montante<br />

total das dívidas das autarquias às<br />

empresas soma cerca <strong>de</strong> 830 milhões<br />

<strong>de</strong> euros, segundo aquela fe<strong>de</strong>ração.<br />

Reis Campos aponta perdas acumuladas<br />

no sector na or<strong>de</strong>m dos<br />

31% e 140 mil postos <strong>de</strong> trabalho<br />

sacrificados a nível nacional, <strong>de</strong> há<br />

oito anos para cá. O dirigente também<br />

fala nos impactos prejudiciais<br />

das restrições ao crédito bancário<br />

sobre as empresas do sector. Nos<br />

primeiros seis meses do ano os<br />

empréstimos concedidos caíram<br />

“A crise é gran<strong>de</strong>. Há poucas<br />

obras e muita concorrência. Todos<br />

os dias as empresas querem<br />

ganhar obras, para se aguentarem<br />

até haver melhorias. Por isso, os<br />

preços estão muito maus. Se continuar<br />

a não haver obras públicas terá <strong>de</strong> haver <strong>de</strong>spedimentos.<br />

Seria bom que o aeroporto e as outras<br />

gran<strong>de</strong>s obras avançassem. Na construção para venda,<br />

a insegurança e o medo levam as pessoas a não<br />

comprar e os construtores a não construir. Os bancos<br />

não conce<strong>de</strong>m crédito e fazem as avaliações das<br />

casas por valores muito abaixo dos reais.”<br />

Álvaro Jacinto, presi<strong>de</strong>nte da <strong>de</strong>legação<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> da AECOPS<br />

28%. “Foram menos 980 milhões<br />

<strong>de</strong> euros”, afirma.<br />

A operar no segmento das obras<br />

públicas rodoviárias, a JJR também<br />

sente os impactos da “dilatação<br />

dos prazos <strong>de</strong> pagamento por<br />

parte <strong>de</strong> algumas câmaras”, aponta<br />

Maria da Luz Rodrigues. A responsável<br />

frisa que isto obriga as<br />

empresas a recorrer ao crédito e<br />

aumenta alguns dos seus custos.<br />

Outro dos constrangimentos que<br />

refere é a concorrência acrescida,<br />

até por parte <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas<br />

que antes não operavam no mesmo<br />

segmento. Além disso, as empresas<br />

com estruturas mais pequenas<br />

concorrem “a preços mais baixos”,<br />

com os quais nem sempre é possível<br />

competir. “Neste momento, o<br />

cliente importa-se muito com o factor<br />

preço”, diz.<br />

A redução das obras e a dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> planear a activida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>corrente da falta <strong>de</strong> planeamento<br />

do próprio Governo no que se<br />

refere a obras <strong>de</strong> menores dimensões,<br />

são outros dos constrangimentos<br />

que refere. ■<br />

Licenciamentos<br />

em queda<br />

Des<strong>de</strong> o ano passado que o<br />

licenciamento <strong>de</strong> edifícios<br />

está em queda, traduzindo-<br />

-se na existência <strong>de</strong> menos<br />

construção. Segundo os<br />

últimos dados do Instituto<br />

Nacional <strong>de</strong> Estatística, o<br />

licenciamento <strong>de</strong> edifícios<br />

caiu 21,5%. Se analisarmos<br />

apenas o número <strong>de</strong><br />

fogos licenciados, a queda é<br />

<strong>de</strong> 40,9%, “a maior registada<br />

em toda a década<br />

2000-2009”, aponta o<br />

INE. ■<br />

12 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010 | 23<br />

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