prima 1361:Apresentação 1.qxd - Jornal de Leiria

Estratégia visa resolver passivo de um milhão de euros
Adega Cooperativa de Pombal
faz parceria com Vidigal Wines
Para vencer as dificuldades
financeiras em que se encontra,
a Adega Cooperativa de Pombal
(ACP) está a ultimar uma parceria
com a Vidigal Wines, caves
de Cortes, em Leiria.
De acordo com o presidente
de direcção da ACP, Rui Benzinho
Santos, a instituição tem
vindo a deparar-se com dificuldades
de vendas e de tesouraria,
que se traduzem actualmente
num passivo de um milhão e 100
mil euros.
Estes problemas, explica,
devem-se ao facto desta adega
ter sido um projecto “sobredimensionado”,
um investimento
“exagerado”, onde foram assumidas
“responsabilidades muito
acima das possibilidades”. A
A Associação Empresarial da
Região de Leiria promove no dia
3 de Setembro, pelas 17:30 horas,
uma sessão de divulgação sobre
o Sistema de Incentivos à Qualificação
e Internacionalização
de PME-Diversificação e Eficiência
Energética, do Quadro de
Referência Estratégico Nacional,
cujo prazo de candidatura decorre
até 15 de Outubro.
O objectivo é esclarecer os
empresários sobre este incentivo
e apoiá-los em eventuais candidaturas.
Para tal, a Nerlei conta
com o apoio de várias empresas
e entidades especializadas, como
a Agência para a Energia, a Agência
Regional de Energia da Alta
Estremadura, a Ecochoice (que
faz as auditorias energéticas exigidas
em candidatura) e a Macolis,
empresa “com vasta experiência
na comercialização e
instalação dos equipamentos elegíveis”.
este facto somou-se “a crise que
o País e o sector atravessam”.
Para solucionar o problema,
a ACP e a Vidigal Wines teceram
uma parceria, que está “praticamente
concluída”. A Vidigal
Wines vai explorar cinco vindimas
e a adega cede instalações
para vinificação e engarrafamento,
mantendo marcas e identidade.
Desta forma, esclarece
Rui Benzinho Santos, “a adega
garante o know-how, a exigência
e a qualidade de uma empresa
de referência no mundo dos
vinhos”. Garante ainda “a continuidade
da vitivinicultura na
região” e, “pela primeira vez, os
sócios receberão o pagamento
das suas uvas no dia da entrega”.
Por outro lado, nota, “a Vidi-
Sessão de esclarecimento em Leiria
Segundo explica a associação
no seu site, este aviso de candidatura
enquadra-se na Estratégia
Nacional para a Energia
2020 que, sob a denominação
Novas Energias e a marca
Re.New.Able, prevê um conjunto
de eixos estratégicos nos quais
se inclui a eficiência energética.
gal Wines ganha a produção de
excelentes vinhos brancos e rosés,
que juntará aos seus outros vinhos
de muita qualidade”, assim como
a “canais de escoamento fantásticos
construídos ao longo
dos anos”.
Para o director da Vidigal
Wines, António Lopes, trata-se
de alargar a estratégia de parcerias
que a instituição já começou
no Douro e na região de Lisboa,
e uma forma de obter “massa
crítica de vinhos brancos de qualidade”
de Pombal.
PROJECTO DE
URBANIZAÇÃO NO
TERRENO DA ADEGA
Paralelamente, a cooperativa
tem mantido reuniões com o
Podem ser apoiados projectos
que incluam investimentos
na instalação de sistemas solares
térmicos para aquecimento
de águas sanitárias ou climatização,
bem como investimentos
relacionados com a envolvente
passiva (instalação de isolamentos
térmicos ou a correcção de
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município de Pombal com vista
à obtenção de licenciamento
para urbanização de 4.678 metros
quadrados de implantação no
terreno da adega, correspondente
a uma área bruta de construção
de 9356 metros quadrados.
Rui Benzinho Santos afirma
que este projecto já se encontra
em fase de conclusão, e que a
adega e a autarquia estão a estudar,
em conjunto, a melhor aplicação
para o mesmo. “A nossa
localização é óptima e queremos
maximizar, respeitando e contribuindo
para o um urbanismo
equilibrado”, nota o presidente
de direcção, para quem este plano
será “uma grande ajuda” para
diminuir o passivo da adega. ■
Daniela Franco Sousa
Nerlei divulga apoios para eficiência energética
O Ministério da Agricultura e
Pescas acaba de alterar o regulamento
da pesca por arte de emalhar,
uma medida que vem beneficiar
alguns pescadores da região
que, nos últimos anos, eram forçados
a trabalhar fora da lei. A
Portaria nº 594/2010, de 29 de
Julho, alarga até à Capitania da
Nazaré, inclusive, a área em que
a chamada pesca da arte de majoeira
pode ser praticada, enquanto
até aqui apenas era permitida até
à zona do Pedrogão (Leiria).
RICARDO GRAÇA
A partir de agora, os pescadores
da Nazaré, São Martinho do
Porto, São Pedro de Moel e Paredes
de Vitória passam a poder exercer
a sua actividade legalmente,
podendo solicitar as respectivas
licenças, e “sem estarem preocupados
pela presença das autoridades
marítimas”, salienta o vereador
das Pescas da Câmara da Nazaré,
António Trindade, que fala de “uma
boa notícia para o sector”, embora
lamente que no concelho as
artes abrangidas por esta portaria
“não tenham expressão”.
O autarca reconhece que “havia
pescadores que colocavam majoeiras”,
contornando a lei, para garantir
a subsistência. E esse foi, aliás,
um dos argumentos utilizados pelo
Governo para alterar a legislação,
dado que “as situações sociais que
se pretendia acautelar, relacionadas
com a presença de pescadores
reformados de baixos rendimentos
nessas comunidades locais,
que exerciam este tipo de pesca
como complemento ao seu rendi-
factores solares em vãos envidraçados).
Para concorrer ao apoio, as
empresas devem comprovar o
seu estatuto de PME, efectuar
uma auditoria para levantamento
de necessidades energéticas, um
plano de implementação detalhado
e uma certificação final
aos edifícios objecto das medidas
de melhoria, que ateste o
nível de eficiência atingido com
o investimento.
Com um limite de despesa elegível
entre 10 mil e 500 mil euros,
os projectos candidatos devem
ter em vista a promoção da competitividade
da empresa, através
do aumento da produtividade,
da flexibilidade e da capacidade
de resposta e presença activa no
mercado global, por via da utilização
do factor de competitividade
eficiência energética, frisa
a associação. ■
Actividade dos pescadores regularizada
Pesca por arte de emalhar com novo regulamento
mento, não ficaram efectivamente
garantidas” na lei anterior.
Apesar de “legalizar” a arte de
emalhar, o Ministério alerta que,
“tendo em vista o aumento do
número de licenças a conceder,
deve ser reduzido, em contrapartida,
o número individual de redes
que cada pescador esteja autorizado
a utilizar”. O uso das redes
apenas é permitido entre 1 de Outubro
e 30 de Abril de cada ano, com
excepção dos sábados, domingos
e feriados. ■ Joaquim Paulo
12 de Agosto de 2010 | 25
| Em Carteira |
Por Márcio Lopes
A primeira semana bolsista de
Agosto apresentou-se fraca na
Europa e nos EUA. Em Portugal,
nas sessões de 2 a 6/8, o
PSI20 desvalorizou 1,3%. Em
Espanha, o IBEX35 perdeu 184
pontos. Nos EUA, o Dow Jones
e o Nasdaq estiveram a desvalorizar
cerca de 0,2%.
Na praça portuguesa, a notícia
da semana foi a constituição de
uma holding (BES África), apadrinhada
pelo presidente Lula,
entre o BES, o Bradesco e o Banco
do Brasil com o objectivo de
expansão no mercado africano.
Trata-se da concretização da
estratégia de internacionalização
do BES assente no triângulo
geográfico Portugal, África e
Brasil. Nas três primeiras sessões
desta semana, os títulos do
BES subiram próximo de 1%.
No âmbito dos três principais
bancos portugueses, o BCP tem
vindo a acumular as maiores
perdas, com uma desvalorização
de 1,5% de 2 a 10/8. No
caso da PT, e no rescaldo do
meganegócio com a Telefónica,
as acções mantiveram uma
tendência ligeira de subida (0,4%).
Os títulos que ainda têm beneficiado
da forte opinião do mercado
no que diz respeito aos
investimentos feitos na Polónia
e pelos resultados alcançados
no primeiro semestre de 2010
são o da Jerónimo Martins. O
ticker JMT da empresa capitalizou
4,2% nas últimas sete sessões.
Títulos sólidos como a EDP
descapitalizaram cerca de 2%
entre os dias 2 e 10/8, em contraponto
com a Mota-Engil que
valorizou 2,8%.
Do ponto de vista macroeconómico,
salienta-se o problema
do financiamento externo da
economia portuguesa. De acordo
com os dados mais recentes
do Banco de Portugal, pela primeira
vez, desde 1996, os estrangeiros
recusaram-se a comprar
obrigações do Estado. De Janeiro
a Maio deste ano o saldo entre
a compra de obrigações e o resgate
por parte dos estrangeiros
ficou negativo em cinco mil
milhões de euros. Os dados revelam
uma desconfiança tensa por
parte dos mercados, e que pode
produzir efeitos negativos nos
mercados de capitais. ■
PSI20 - VARIAÇÕES
EMPRESA PREÇO (€) VARIAÇÃO%
Altri 3,837 -1.03
BCP 0,666 -1.33
BPI 1,725 -0.86
BES 3,665 -2.40
Brisa 5,078 -0.99
Cimpor 4,598 -1.12
EDP Energias 2,502 -0.40
EDP Renováveis 4,701 -0.25
Galp Energia 12,18 -0.00
Jerónimo Martins 8,843 -1.20
Mota Engil 2,233 -1.72
Portucel 2,215 +0.27
PT Telecom 8,603 +0.27
REN 2,642 +0.08
Semapa 7,80 0.00
Sonae Indústria 2,396 -0.13
Sonae 0.821 -1.08
Sonaecom 1,504 -0.92
Teixeira Duarte 0,91 -1.0
Zon Multimedia 3,277 -0.09
Fonte: PSI20.net, em 11/8/2010