Letras Digitais: 30 anos de teses e dissertações
Letras Digitais: 30 anos de teses e dissertações
Letras Digitais: 30 anos de teses e dissertações
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
DELIMITACAO DE<br />
ESTABELECER UMA<br />
REPETICOES<br />
CRITERIOS<br />
E FUNCIONAL<br />
PARA<br />
DAS<br />
2.1.1. Os pressupostos gerais e a referencia a Marcuschi<br />
(1992a)<br />
Observando a literatura linguistica relativa ao<br />
estabelecimento <strong>de</strong> conceitos que instrumentalizem a analise do<br />
fen6meno linguistico da repetiqao, pu<strong>de</strong>mos verificar a enorme e<br />
surpreen<strong>de</strong>nte dispersao existente nos criterios aduzidos por<br />
uns e outros ao tentarem equacionar 0 fen6meno. 18<br />
Impelidos, em boa medida, pela complexida<strong>de</strong> que<br />
representava a analise critica das diferentes perspectivas e <strong>de</strong><br />
18 Aquilo que apresentamos, bem sinteticamente, na nota 12, referente ao<br />
trabalho <strong>de</strong> Koch, juntamos agora 0 que Marcuschi recolhe (1992a:9-lS). a<br />
autor constata a inexistencia <strong>de</strong> uma teorizagao mais abrangente com um<br />
tratamento claro, explicito e integrado, formal e funcional da repetigao<br />
(nos criterios para fazer esta distingao e que observara a principal<br />
carencia das tipologias existentes: Ramos, Norrick, Tannen, Bessa Neto_.):<br />
a organizagao da repetigao ainda nao foi objeto <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>scrigao<br />
<strong>de</strong>ta1hada. De Johnstone recolhe , complementando-a, 0 estudo sobrE os<br />
autores e as diversas perspectivas <strong>de</strong> tratamento: a) como mecanismCl <strong>de</strong><br />
coesao do discurso: este observa que e 0 primeiro recurso da crianga e J<br />
111timo a ser perdido na afasia; Halliday/Hasan, Harweg, Ochs - reCUrSf:l<br />
comum no planejamento do texto oral -, Tannen - fungao conectiva -, e<br />
Marcuschi aponta Bessa Neto, Koch, Dutra padroes entoacionais na<br />
narrativa e ele pr6prio; b) como mecanisme ret6rico: Johnstone,<br />
Sherzer, Witherspoon (Marcuschi cita Tannen, Jakobson); c) como mecanismo<br />
<strong>de</strong> efeito semantico: Jakobson, Wierzbicka,( Marcuschi, alem <strong>de</strong>le mesmo,<br />
inclni Ramos, Norrick, Ishikawa, Tannen); d) na adquisigao e no ensino <strong>de</strong><br />
linguas: Snow, Ferguson, Keenan, schieffelin, Brown...Marcuschi acrescenta<br />
mais duas categorias: e) como processo <strong>de</strong> padronizagao sintatiGa:<br />
Blanche-Benveniste - e relacionando-a com a <strong>de</strong>nominagao ou i<strong>de</strong>ntificaqao<br />
<strong>de</strong> referentes -, Weiss - e como que origina construgoes tipicas da fala<br />
, wackernagel-Jolles e uma caracteristica essencial da fala -,<br />
Wierzbicka - e a reduplicagao sintatica como trago para a construgao <strong>de</strong><br />
uma gramatica ilocut6ria da lingua -, Beten, wun<strong>de</strong>rlich, perini, Hopper,<br />
Braga/Roncarati; f) como promotora da interagao: Tannen, Chafe, Ishikawa,<br />
Norrick, Ramos, Bessa Neto, Travaglia, Hilgert. Ainda refere outros<br />
trabalhos: dos psicolinguistas (Lemos, Keenan - e como ato social, como<br />
reflexo da competencia linguistica -, Roemer_.) como ponto <strong>de</strong> emergencia<br />
<strong>de</strong> padroes sintaticos e discursivos baseados em processos <strong>de</strong><br />
especularida<strong>de</strong>, reciprocida<strong>de</strong>, complementarieda<strong>de</strong> , Tannen como<br />
envolvimento e como a quintessencia da poesia -;Ramos - ligada a fungao<br />
comunicativa como papel principal -; Bessa Neto - a sua fungao basica, no<br />
texto narrativo, e a conexao -; Ishikawa po<strong>de</strong> representar a<br />
iconicida<strong>de</strong> interacional, as significagoes iconicas no nivel do discurso<br />
por conta da relagao estreita entre forma e sentido Finalmente,<br />
Marcuschi aponta a repetigao como criterio aferidor da espontaneida<strong>de</strong> da<br />
interagao.