Letras Digitais: 30 anos de teses e dissertações

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Marcuschi (1992a:45-98), como mencionamos, estabelece uma relaqao geral de fatores tipo16gicos, que permitam a definiqao de todos os tipos formais de repetiqao possiveis, antes de tratar de operacionalizar esta possibilidade. Para chegar a uma matriz te6rica (apri6rica) de tipos adota a estrategia de montar quadros parciais a partir dos aspectos, e de acordo com as suas marc as especificas mais decisivas. Feito isto, passa a estabelecer as bases e desenvolver os aspectos e marc as funcionais mais determinantes que possibilitem atingir uma tipologia funcional da repetiqao. Tipologia, esta, que seja representativa do fen6meno, passivel de ser correlacionada com os tipos formais e aberta a outras possibilidades de categorizaqao (1992a:113-159). Conforme 0 Quadro 2, a seguir: QUADRO 2 ~ DE TIPa; DE FUR;io DA REPEflc;.io (Marcuschi:1992a) ASPECTO MARCA/AMBITO FUHCAO TEXTUAL COESAO SEQUENCIA
2.1.3. Premissas e consideragoes previas a delimitagao dos tipos de repetigao Sendo os eventos da fala os fenomenos com maior propensao a apresentarem repetigoes frequentes, de indole diversa, sera bem-vindo, acreditamos, 0 esforgo que pretenda levar esse fenomeno a uma abordagem que facilite ou possibilite a sua manipulagao racional e pratica, 0 seu melhor aproveitamento. No caso que nos ocupa, trata-se de equacionar um fenomeno complexo, como seja 0 de acontecer conversagao, no seio de um conjunto de estrategias hurnanasdestinadas a um ample leque de objetivos potenciais e provaveis em sala de aula: aprender, se habilitar, progredir, se comunicar, se afirmar, relaxar, ou, em sintese, exercer com mais plenitude esse poder de ser pessoa. A nossa primeira opgao, face a necessidade de delimitagao do alcance do trabalho, e uma premissa referente aperspec~iva principal que assurnimos:concentrar 0 esforgo, no que tange a elaborar urna tipologia funcional das repetigoes. Em consequencia, outros objetivos, como a correlagao sistematica e quantificada entre formas e fungoes ficarao para outras ocasioes. No presente trabalho, essa correlagao apenas sera mencionada episodicamente. Em verdade, os elementos da tipologia formal, sac chamados a gerar uma carga de problemas bem menor para 0 pesquisador. Devido a seu carater de teorizagao de categorias de constatagao eminentemente empirica, dimensionaveis em termos de quantificagoes espago-temporais, portanto, mensuraveis, intratexto. Isso porque a sua identificagao, por exemplo, como um determinado tipo de segmento ou segundo a sua configuragao ou distribuigao, esta inscrita na pr6pria forma de apresentagao do texto, e de acordo com criterios predeterminados. Como segunda premissa, estabelecemos novos ~ipos de fun9ao escolhidos e definidos, a partir do corpus, mediante indicadores representativos de epis6dios ou eventos semelhantes ou identicos. Em decorrencia, omitiremos aqueles tipos que apenas forem encontrados em nosso corpus. Nao obstante, por prudencia, nao excluiremos tipos propostos por Marcuschi; para esquivar 0 risco de que a tipologia que elaboramos fique empobrecida, ao reduzi-la a urndecalque de urncorpus especifico e particular, especie de radiografia ou de negativo das fungoes identificadas em certos momentos de aula, de uma certa materia, numa certa escola, de um certo lugar...Assim, as novas categorias verificadas em nosso corpus, estarao inseridas numa
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