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MODELAGEM HIDROLÓGICA CHUVA-VAZÃO E ... - UFRJ

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1. Introdução<br />

1.1. Contextualização<br />

O problema de cheias em áreas urbanas vem crescendo em proporções e afeta<br />

significativamente as grandes cidades, especialmente onde o desenvolvimento urbano<br />

não ocorreu de forma planejada ou controlada. Em países em desenvolvimento, nem<br />

sempre os recursos necessários à implantação da infra-estrutura demandada estão<br />

disponíveis. Muitas vezes, torna-se necessário otimizar intervenções e escaloná-las no<br />

tempo, conforme a capacidade de investimento. Em outras vezes, a combinação de<br />

efeitos de um certo conjunto de medidas pode produzir um efeito sinérgico e<br />

potencializar resultados. O contrário, porém, pode também ocorrer: medidas cujos<br />

efeitos se superpõem podem não se justificar, com a perda da eficiência combinada<br />

(MIGUEZ et al., 2009). CANHOLI (2005) afirma que o gerenciamento da drenagem<br />

urbana recai fundamentalmente em um problema de alocação de espaços para a<br />

destinação das águas precipitadas, uma vez que a urbanização reduz o espaço outrora<br />

destinado ao armazenamento natural, que era propiciado pelas áreas permeáveis,<br />

várzeas e mesmo nos próprios talvegues naturais. Quando as enchentes se estabelecem<br />

de forma recorrente em uma bacia, além do problema de alocação de espaço, a<br />

combinação dos efeitos no tempo passa a ser crítica. São necessárias soluções de cunho<br />

sistêmico, adotando a bacia como unidade de planejamento e projeto integrado, o que<br />

requer ferramentas computacionais de apoio à decisão e ao desenho de soluções efetivas<br />

e, sempre que possível, de caráter sustentável.<br />

Nesse contexto, a modelação matemática surge como importante ferramenta de apoio à<br />

decisão, por sua capacidade de fornecer respostas sistêmicas para cenários diversos, em<br />

um exercício de predição e antecipação de efeitos resultantes de possíveis medidas de<br />

projeto.<br />

O espectro de modelos disponíveis é amplo. Existem possibilidades diferentes de<br />

concepção, e os modelos, de uma forma geral, dividem-se em dois grandes grupos, com<br />

abordagens que se complementam na avaliação do comportamento hidráulico-<br />

hidrológico de uma bacia hidrográfica. O primeiro grupo abrange os modelos<br />

hidrológicos, que enfocam a representação das parcelas do ciclo hidrológico na escala<br />

da bacia, permitindo a correspondente simulação ou geração de vazões. Quando a bacia<br />

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