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MODELAGEM HIDROLÓGICA CHUVA-VAZÃO E ... - UFRJ

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modelos que identifiquem de forma adequada as incertezas geradas pelos seus<br />

diferentes condicionantes e propaguem a mesma para a variável de decisão;<br />

modelos que retratem os processos nas escalas espaciais.<br />

3.1.2.2 Desafios<br />

A Hidrologia, como área do conhecimento, tinha, até as primeiras décadas do século<br />

vinte, um caráter muito mais descritivo do que quantitativo. Os macrofluxos do ciclo<br />

hidrológico foram descritos de forma qualitativa, e equações empíricas relacionadas às<br />

variáveis foram apresentadas para estimativa quantitativa, como o cálculo da infiltração<br />

e a vazão dos poços.<br />

Os modelos matemáticos hidrológicos representam uma classe de ferramentas criadas<br />

na hidrologia que se desenvolveram de forma significativa nos últimos 50 anos. A<br />

evolução dos modelos seguiu uma rota estreita com o desenvolvimento dos<br />

computadores, na sua primeira geração em ambiente main frame, quando os modelos<br />

eram de acesso restrito, justamente como essas máquinas e, depois, com o<br />

microcomputador que aumentou e redirecionou certos usos. Ficou marcante o avanço<br />

dos modelos com a entrada da fase do geoprocessamento e do sensoriamento remoto na<br />

evolução dos modelos distribuídos e a representação da diversidade física da bacia<br />

hidrográfica.<br />

O investimento econômico em infra-estrutura no pós-guerra levou a construção de<br />

aproveitamentos de recursos hídricos, drenagem de cidades e rodovias, controle de<br />

enchentes, entre outros. Esses projetos, desenvolvidos por engenheiros civis, exigiam a<br />

quantificação dos processos hidrológicos. Nesse período, predominou a visão<br />

pragmática do engenheiro, desenvolvendo métodos quantitativos para explicar os<br />

processos hidrológicos, necessários aos referidos projetos. As características dos<br />

modelos, nesse período, tinham como objetivo apenas transformar a precipitação em<br />

vazão, sem grande compromisso com a qualidade dos resultados intermediários. Nessa<br />

fase, os modelos eram empíricos ou conceituais.<br />

Depois dos anos 80 do século XX, com a evolução do controle do impacto ambiental,<br />

foi necessário avaliar o impacto sobre ambientes como banhados, desmatamento sobre<br />

bacias hidrográficas, erosão de áreas agrícolas transporte de pesticidas, qualidade do<br />

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