Edição 35 - Revista Algomais

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30 > > fevereiro Política Política sem mandato possível se fazer política sem É mandato? Sim. Algumas pessoas fazem-na durante toda sua vida sem nunca ter exercido um cargo eletivo ou cargo de confiança na administração pública. Chamo aqui política o comportamento (inclusive o omissivo) intencional voltado a influir em decisões governamentais. As categorias se dividem em praticamente dois grupos: a) os com influência sobre a formação da opinião pública e; b) os com capacidade de financiar campanhas eleitorais. O poder aqui é geralmente maior do que o decorrente da maioria dos cargos eletivos. Jornalistas, radialistas, empresários, artistas, professores, estão entre as carreiras com forte propensão à participação política. Alguns empresários fazem política financiando campanhas, escolhendo candidatos que possam representar seus interesses. Vale registrar que, na maioria dos casos (exceto para aqueles poucos que ainda pregam: quem bate cartão não vota em patrão) políticos de partidos distintos, do PT aos Democratas, recebem financiamento das mesmas fontes empresariais. Um novo ator que surge, em decorrência da popularização no uso da internet, é a do blogueiro. O blogueiro não é jornalista, embora jornalistas possam ter blogs. Devido ao seu baixo custo, sua grande versatilidade e informalidade qualquer pessoa hoje pode ter seu próprio meio de difusão de idéias mediante um simples site na Internet. É espantoso o número crescente de pessoas que se informam por este meio. Os blogueiros muitas vezes conseguem pautar os jornais, como por exemplo, aqui em Pernambuco tem sido o caso do blog Acerto de Contas (www. acertodecontas.blog.br). Não sei como os profissionais da im- André Regis andreregis@revistaalgomais.com.br prensa vêem a expansão nessa área. Não podemos esquecer dos que fazem política através de suas associações profissionais ou estudantis. Não é por outro motivo que grande parte dos políticos tem origem nesses movimentos sociais, notadamente, a partir da CUT e da UNE. Apesar de serem organizados para lutar por melhores condições de trabalho ou de ensino para seus associados, essas organizações exercem forte papel político, principalmente, mobilizando, ou não, pessoas contra o governo. Elas atuam politicamente quando fazem barulho, e vão para as ruas, como no impeachment de Collor, ou quando vergonhosamente silenciam como no escândalo do mensalão. E por falar nisso, em novembro teremos uma importante eleição: a sucessão da atual gestão estadual da Ordem dos Advogados do Brasil, comandada por Jayme Asfora, da qual faço parte como conselheiro federal. É interessante observar que essa é uma eleição que movimenta não apenas os advogados, mas vários setores da sociedade. Trata-se de um processo eleitoral complexo e caro, travado com a intensidade própria de eleições majoritárias. Isso em decorrência do fato de a OAB, além de órgão de regulamentação e de fiscalização do exercício profissional da advocacia, ter a missão constitucional de zelar também pela ordem jurídica e democrática. Ou seja, a própria Constituição coloca a OAB como órgão político. Daí a sua importância. A conclusão que chegamos é que, praticamente, de um modo ou de outro, todo mundo faz política. Entretanto, precisamos de mais gente fazendo política partidária, pois o ambiente partidário é o local onde os diversos setores de uma sociedade plural devem se encontrar para discutir e planejar o nosso futuro.
TCE FARÁ SEMINÁRIO PARA NOVOS PREFEITOS PERNAMBUCANOS Para capacitar tecnicamente a nova safra de prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais do Estado de Pernambuco, empossados dia 1º de janeiro deste ano, o Tribunal de Contas do Estado promoverá um seminário a eles destinados nos dias 3,4 e 6 de fevereiro próximo. De acordo com o presidente do TCE, conselheiro Severino Otávio, a programação foi elaborada conjuntamente pela Coordenadoria do Controle Externo, o Departamento de Controle Municipal e a Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães. A idéia do Tribunal de Contas é que os novos gestores pernambucanos tenham uma visão geral sobre a administração pública por meio de várias palestras que versarão sobre o quotidiano dos seus municípios. Pela programação elaborada, o seminário será aberto às 9 horas da manhã do dia 3 de fevereiro (terça-feira), pelo presidente Severino Otávio, no novo edifício-sede do TCE (Rua da Aurora, 885 – 10º andar).O restante da programação ficou assim constituída: 03 de fevereiro Horário 09h15 10h 10h50 11h 11h20 12h 12h10 14h10 14h50 15h 15h40 15h50 16h10 16h50 17h Tema TCE e os Municípios Lei de Responsabilidade Fiscal Perguntas Intervalo Controle Interno Municipal Perguntas Intervalo para almoço Processo Orçamentário Municipal Perguntas Previdência Municipal Perguntas Intervalo Aposentadoria no serviço público Perguntas Encerramento Palestrante Vadecir Pascoal Jackson Oliveira Luciane Cartaxo Taciana Mota Ricardo Souza Marconi Karley e Araken Ipiranga 04 de fevereiro Horário 08h30 09h10 09h20 10h 10h10 10h30 11h10 11h20 12h 12h10 14h10 15h 15h10 16h 16h10 16h20 17h 17h10 Tema Saúde Pública nos Municípios Perguntas Educação Pública nos Municípios Perguntas Intervalo Licitações e Contratos Perguntas Prefeito como agente empreendedor Perguntas Almoço Gestão de Custos Perguntas Gestão de obras e serviços Perguntas Intervalo Responsabilização dos gestores públicos Perguntas Coquetel de encerramento e entrega dos certificados Palestrante Luciene Cartaxo e Júlio Cézar Rodrigues Ricardo Ferreira Andréa Magalhães Alandeives Souto Isaac Seabra Gustavo Pimentel Cristiano Pimentel Foto: Ana Rosa Passos fevereiro > > 31
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