Pauline Stone - A Astrologia do Karma.pdf - Agricultura Celeste
Pauline Stone - A Astrologia do Karma.pdf - Agricultura Celeste
Pauline Stone - A Astrologia do Karma.pdf - Agricultura Celeste
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Problemas de ajuste a Plutão<br />
O impulso da confrontação<br />
A necessidade de confrontar faz parte intrínseca <strong>do</strong> desafio de Plutão,<br />
manifestan<strong>do</strong>-se muitas vezes no comportamento que assumimos quan<strong>do</strong> lidamos com<br />
esse planeta, como o impulso compulsivo a arrostar pessoas e situações diretamente e<br />
como a tendência a falar sem rodeios e muitas vezes com rudeza. Com freqüência<br />
surge a vontade de forçar os outros a encarar de frente a verdade no que lhes diz<br />
respeito, ao mesmo tempo em que há dificuldade em se enxergar claramente. Ainda<br />
assim, Plutão se relaciona basicamente com o enfrentamento de si mesmo e com o<br />
impulso de trazer à tona a causa da <strong>do</strong>r emocional. O estímulo para a mudança pessoal<br />
só pode vir de dentro, não de uma fonte exterior — a Fênix se lança na chama<br />
transforma<strong>do</strong>ra, não é atirada por ninguém.<br />
Entretanto, muitas pessoas jamais começam sequer a instigar a sua mudança<br />
pessoal porque são incapazes de admitir que os problemas estão dentro delas. Assim,<br />
seja qual for a natureza da <strong>do</strong>r, a tendência é colocar a culpa numa fonte externa: o<br />
cônjuge, o governo, os imigrantes, ou Deus, para citar algumas. Essa falta de<br />
disposição de assumir a responsabilidade por si mesmo indica a necessidade de<br />
trabalhar com Saturno; se isso não for feito, o senso de amargura pode continuar sem<br />
controle pela vida toda, emergin<strong>do</strong> em intervalos que coincidem com os trânsitos de<br />
Plutão, mas incapaz de levar a qualquer mudança pessoal que valha a pena, sen<strong>do</strong> sua<br />
única conseqüência fortalecer o negativismo que lhe é inerente.<br />
O processo de Plutão é compara<strong>do</strong> com freqüência à formação e ao rompimento<br />
de um furúnculo: a <strong>do</strong>r é mais intensa enquanto o veneno está sob a pele, mas diminui<br />
gradualmente à medida que ele é puxa<strong>do</strong> aos poucos para a superfície. Só quan<strong>do</strong> a<br />
cabeça de pus fica claramente visível começa a supuração e tem início o processo de<br />
cura. Às vezes o abscesso não forma a cabeça; às vezes também somos incapazes de<br />
limpar o veneno <strong>do</strong> nosso sistema, e nesse caso ele fica aprisiona<strong>do</strong>, emergin<strong>do</strong> mais<br />
tarde sob outra forma ou aspecto.<br />
Olhar de frente o próprio "negativismo" pode apresentar problemas quan<strong>do</strong><br />
emoções como ciúme ou ódio são consideradas "erradas" ou imorais. A este respeito é<br />
bom lembrar o conceito uraniano que estabelece valor igual para to<strong>do</strong>s os fatores<br />
cósmicos, e aceitar que o negativismo tem seu próprio valor, no senti<strong>do</strong> de que exerce<br />
um papel na criação da luz. Na realidade, não pode haver cura sem a transmutação da<br />
negatividade.<br />
Quan<strong>do</strong> nos sentimos envergonha<strong>do</strong>s por nossas poderosas emoções e impulsos<br />
"negativos", a questão de enxergar a verdade a nosso respeito pode envolver a<br />
.experiência <strong>do</strong> ódio por si mesmo. Uma certa <strong>do</strong>se de repugnância por si mesmo pode<br />
ser um precursor necessário da mudança pessoal, pois só depois de sentirmos desgosto<br />
pela maneira como somos agora poderemos sentir o ímpeto de ser algo diferente. Dar<br />
a si mesmo adjetivos depreciativos — como acontece em certas técnicas de<br />
transformação pessoal — pode ter eficácia, desde que a pessoa tenha a capacidade de<br />
passar desse estágio sem ficar presa no atoleiro da aversão por si mesma.