Pauline Stone - A Astrologia do Karma.pdf - Agricultura Celeste
Pauline Stone - A Astrologia do Karma.pdf - Agricultura Celeste
Pauline Stone - A Astrologia do Karma.pdf - Agricultura Celeste
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
de aumentar o seu poder. O desafio não é aprender a abrir caminho para outros seres<br />
humanos, já que não há nenhuma garantia de que as visões estreitas deles sejam em<br />
qualquer medida melhores que as nossas. Ao contrário, a questão é desenvolver a<br />
sintonia com a vontade universal, pois somente dessa forma pode-se encontrar uma<br />
solução que beneficie TODOS os interessa<strong>do</strong>s.*<br />
Nosso maior problema pode ser contentar-se em cumprir o que se pede de nós<br />
sem necessariamente ver o resulta<strong>do</strong> final. Este é um desafio peculiar daqueles que<br />
trabalham com a cura; apesar de desejarem muito que o <strong>do</strong>ente recupere a saúde, eles<br />
precisam se submeterá vontade universal aceitan<strong>do</strong> que a cura só possa ser realizada<br />
numa determinada época e de uma determinada maneira, a despeito <strong>do</strong>s seus desejos<br />
pessoais.<br />
Surge aqui uma questão espinhosa: até que ponto podemos aguardar e deixar que<br />
a vontade universal se manifeste por nosso intermédio, e até que ponto precisamos<br />
continuar a estabelecer metas pessoais? A resposta pode ser: continuar disposto a dar<br />
início a avanços na nossa vida, ao mesmo tempo sem perder a flexibilidade para<br />
modificar os objetivos se verificarmos que eles são continuamente bloquea<strong>do</strong>s. Não é<br />
questão de fraqueza nem de passividade, mas sim de manter sob controle a afirmação<br />
excessiva da vontade pessoal. A solução <strong>do</strong> problema pode ser o grau de dinamismo<br />
necessário para atingir o objetivo. Porque o que está de acor<strong>do</strong> com a vontade<br />
universal pode exigir de nós um grande esforço, mas nunca uma oposição feroz entre a<br />
nossa vontade e a <strong>do</strong>s outros. As peças <strong>do</strong> quebra-cabeça universal devem encaixar-se<br />
facilmente.<br />
Uma questão de identidade<br />
No que diz respeito a Plutão, o conceito de aban<strong>do</strong>no de si dá origem a um me<strong>do</strong><br />
peculiarmente acentua<strong>do</strong> de auto-aniquilação. Muitas vezes, a idéia de abrir mão da<br />
vontade pessoal provoca ansiedade quanto à possibilidade de nos tomarmos joguetes,<br />
sem inteligência própria, totalmente despoja<strong>do</strong>s de personalidade ou individualidade.<br />
Quan<strong>do</strong> esse me<strong>do</strong> é acentua<strong>do</strong>, em geral há falta de compreensão <strong>do</strong> princípio de<br />
Urano, que enfatiza o papel único que cada indivíduo tem dentro <strong>do</strong> to<strong>do</strong>. O desafio de<br />
Plutão não é destruir esse papel — mesmo porque ele é indestrutível — e sim fazer um<br />
acor<strong>do</strong> para que ele seja desempenha<strong>do</strong> sob a orientação da direção divina. É Saturno,<br />
e não Plutão, que ameaça fazer de nós joguetes ou zumbis, pois na realidade ê quan<strong>do</strong><br />
obedecemos cegamente a uma seita, um Esta<strong>do</strong> ou uma nação que perdemos a<br />
identidade.<br />
O me<strong>do</strong> de perder a identidade está presente em todas as situações da vida em<br />
que somos obriga<strong>do</strong>s a deixar para trás o que é familiar e seguro para entrar de cabeça<br />
no desconheci<strong>do</strong>. O que tememos é deixar de existir se formos despoja<strong>do</strong>s de tu<strong>do</strong> o<br />
que constitui a nossa realidade. Sempre que ocorrem essas mudanças <strong>do</strong>lorosas em<br />
nossa vida, podemos ter certeza de que o desafio é de natureza plutoniana (e não<br />
uraniana, onde a mudança é uma expressão de liberdade<br />
__________________________________<br />
* The Magic of Findhorn, de Paul Hawten, descreve como essa filosofia é colocada em prática na<br />
Comunidade da Nova Era de Findhorn, onde os conflitos de vontade, que inevitavelmente surgem na vida<br />
comunitária <strong>do</strong> dia-a-dia, são resolvi<strong>do</strong>s dessa forma.