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DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO - Ipea

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202<br />

Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas<br />

na média, teve a mesma magnitude do componente estrutural. Chama a atenção que o câmbio<br />

e o preço das commodities exerçam grande influência sobre os preços monitorados, seja<br />

pela importância do câmbio nos reajustes contratuais dos preços regulados diretamente,<br />

seja pela relevância da gasolina no grupo, muito ligada ao preço do petróleo.<br />

A tabela 9 traz a comparação entre os valores previstos pelo modelo e os observados para<br />

os anos de 2007 a 2009, cuja diferença é apresentada na coluna erro. Os segmentos foram<br />

agrupados de acordo com a classificação CNCM, pois a qualidade do ajuste foi diferente de<br />

acordo com o tipo de precificação.<br />

Os bens não comercializáveis foram os que tiveram o melhor ajuste ao modelo. Em<br />

nenhum dos anos observados o erro chegou a 0,4 p.p. em termos absolutos. Observando os<br />

segmentos que compõem este tipo de preço, vê-se que, nos segmentos mais relevantes – aqueles<br />

com peso no IPCA de ao menos 5% –, há erros acima de um ponto percentual, no ano<br />

de 2009, para alimentos e bebidas NC e, no ano de 2007, para educação NC e habitação NC.<br />

Porém tais erros tendem a se cancelar entre si – algo esperado, uma vez que, por construção<br />

do modelo, os erros são aleatórios, com média zero e variância constante – de maneira que,<br />

no agregado dos não comercializáveis, os erros se tornam pequenos.<br />

O ajuste dos bens comercializáveis não foi tão bom quanto o ajuste dos não comercializáveis,<br />

mas, ainda assim, foi de boa qualidade. Nos anos de 2007 e 2008, o erro foi muito<br />

pequeno, inferior a 0,2 p.p. em termos absolutos, enquanto em 2009, o erro foi grande, de<br />

1,15 p.p. Contudo, este erro pode ser em grande medida justificado pela magnitude da crise<br />

internacional e seus efeitos sobre os bens comercializáveis. Na desagregação por segmentos,<br />

pode-se observar que, nos grupos com peso no IPCA de ao menos 4%, há erros superiores<br />

a 1 p.p., mas estes tendem a se cancelar na maior parte dos anos. O segmento transportes C<br />

destaca-se por ser o único com erro acima de 2 p.p. (em 2008) e por ter dois anos seguidos de<br />

erro acima de 1 p.p.(2008 e 2009). Este erro pode ser explicado principalmente pela redução<br />

do IPI para automóveis, uma variável não considerada no modelo.<br />

TABELA 9<br />

Diferença entre valores previstos e observados da inflação por segmento<br />

grupo Peso<br />

Total previsto<br />

2007 2008 2009<br />

Total observado<br />

2007 2008 2009 2007<br />

Erro<br />

2008 2009<br />

Comercializáveis 33,5 4,59 7,17 3,77 4,75 6,99 2,62 -0,16 0,18 1,15<br />

Alimentos e bebidas C 12,0 8,13 11,81 2,15 9,93 11,63 0,30 -1,80 0,18 1,85<br />

Vestuário C 6,6 5,25 6,93 6,77 3,78 7,3 6,1 1,47 -0,38 0,66<br />

Transportes C 4,4 2,21 2,42 0,49 1,85 0,10 -0,8 0,36 2,32 1,29<br />

Artigos de residência C 4,0 -1,93 0,66 1,74 -2,26 1,58 2,9 0,33 -0,92 -1,14<br />

Saúde e Cuid. Pess. C 2,8 2,2 6,08 3,67 2,92 7,0 2,9 -0,72 -0,94 0,77<br />

Despesas pessoais C 2,2 6,75 5,12 14,66 6,67 5,6 12,8 0,08 -0,46 1,82<br />

habitação C 1,0 3,69 9,74 2,3 2,71 10,3 1,8 0,98 -0,56 0,54<br />

Comunicação C 0,3 -5,3 -2,96 -4,03 -6,56 -3,64 -8,9 1,26 0,68 4,84<br />

Educação C 0,3 2,67 5,08 5,52 0,78 3,18 7,6 1,89 1,90 -2,05<br />

Não comercializáveis 36,4 6,96 7,26 5,43 6,64 7,07 5,58 0,32 0,19 -0,15<br />

(Continua)

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