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DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO - Ipea

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Introdução<br />

Entretanto, o mais importante é reter, a partir da discussão acerca de consorciamento<br />

entre entes federativos, que a significativa adesão aos consórcios harmoniza-se com uma<br />

particularidade relevante do governo federal: induzir nacionalmente a coordenação de<br />

políticas públicas por meio, mas não unicamente, deste instrumento.<br />

DESaFIOS E POSSIbIlIDaDES: nOvOS hORIZOntES PaRa O PaÍS<br />

A nova quadra por que passa a vida nacional, caracterizada pelo retorno a um papel diferenciado<br />

do Estado na geração de trajetórias de desenvolvimento – grandemente possibilitada pelo<br />

advento, em plano internacional, da crise financeira de 2008/2009 e pelo enfraquecimento da<br />

ideologia do Estado mínimo –, permitiu a construção de espaços de fortalecimento de elementos<br />

propriamente nacionais do desenvolvimento. Neste sentido, citem-se a defesa do mercado<br />

interno, a implementação de políticas industriais/setoriais ativas e a afirmação, desta vez sem<br />

constrangimentos, de políticas de transferências de renda a setores vulneráveis da sociedade.<br />

A discussão a respeito de políticas (e seus instrumentos) setoriais com ênfase em apoio à<br />

inovação e à competitividade de setores exportadores tem sido crescente, o que também ocorre<br />

quanto à atuação do governo federal e os recursos por este investidos. Setores como turismo<br />

e agroindústria, que têm tido desempenho excepcional nos últimos anos, apresentaram<br />

também fortes rebatimentos no território brasileiro, exigindo, por sua vez, atenção particular<br />

da política pública para fortalecer determinadas posições regionais.<br />

Vários estudos têm apontado para o tema crucial da infraestrutura necessária ao<br />

desenvolvimento nacional. Ora são indicadas dificuldades ainda não superadas, como é o<br />

caso do transporte terrestre (ferroviário e rodoviário), que contou com investimentos totais<br />

(públicos e privados) de R$ 72 bilhões entre 2002 e 2009, vultosos porém insuficientes<br />

para suprir as deficiências em quadro de economia aquecida; ora são trazidos à tona alguns<br />

resultados dos investimentos em curso no projeto de transposição e revitalização do rio São<br />

Francisco, o qual, quando concluído, beneficiará cerca de 8,8 milhões de cidadãos brasileiros.<br />

Momento auspicioso para a agenda internacional do país é o que tem caracterizado a<br />

última metade desta década. A nação, ao passo que vem resolvendo suas grandes questões<br />

internas de miséria e desigualdade, pode também estabelecer uma agenda de cooperação no<br />

plano das relações internacionais muito mais ampla e solidária com países pobres e/ou em<br />

desenvolvimento. Registrem-se, a este respeito, o protagonismo com a ajuda humanitária e<br />

de desenvolvimento para o Haiti, a firme disposição brasileira em busca do fortalecimento<br />

e estreitamento de relações com os países sul-americanos (criação da União de Nações Sul-<br />

Americanas – Unasul), e até mesmo a criação de uma agenda internacional propositiva para<br />

as questões do desenvolvimento sustentável e da mudança climática.<br />

Seguem certos consensos em relação a duas trajetórias a serem consolidadas: a<br />

manutenção do crescimento econômico em patamares necessários à eliminação do<br />

desemprego e subemprego e a redução da pobreza e da elevada desigualdade de oportuni<br />

dades ainda dominantes em nossa sociedade. Acerca destas questões, a política pública<br />

está sendo, permanentemente, convocada a refletir, bem como a devotar-lhes grande energia.<br />

xxIII

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