EIA Consolidado Item 5.3.4 Aspectos Socioeconomicos AII.pdf
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Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias<br />
Hidrográficas do Nordeste Setentrional<br />
CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS<br />
No sertão, essa percentagem chega a apresentar índices que variam entre 55% e<br />
70%.<br />
A distribuição espacial da concentração média das precipitações no trimestre mais<br />
chuvoso tem estreita relação com a marcha estacional da precipitação e,<br />
conseqüentemente, com os sistemas de correntes perturbadas, normalmente com<br />
as de Norte que somente adquirem significância de fevereiro a abril.<br />
Da forte concentração estacional resulta um regime de precipitação caracterizado<br />
pela existência de uma estação relativamente chuvosa, na qual ocorrem chuvas<br />
torrenciais, e um período de duração variável, muito seco, cujas chuvas, além de<br />
serem raras, são pouco intensas.<br />
É de notável significância, no microclima de cada região, o papel da orografia,<br />
principalmente no que afeta a precipitação. As saliências do relevo abreviam,<br />
localmente, o período seco, enquanto as depressões o prolongam, mesmo<br />
tratando-se de topografia cujos acidentes não são muito importantes do ponto de<br />
vista morfológico.<br />
A depressão de Patos possui 9 a 11 meses secos, quando suas áreas vizinhas<br />
registram 7 a 8 meses secos.<br />
Além dessa concentração temporal e espacial, as chuvas também se mostram<br />
particularmente irregulares quanto aos valores médios anuais das estações<br />
pluviométricas, alternando-se com dispersão significativa para baixo e para cima<br />
da média calculada para o posto. Essas disparidades nos totais pluviométricos<br />
anuais fazem com que os valores médios percam grande parte de sua significância.<br />
No setor setentrional da região, cujo regime anual de precipitação depende, quase<br />
exclusivamente, da chegada de correntes perturbadas do Norte, em algumas áreas<br />
o desvio médio chega a alcançar índices superiores a 50%, um dos mais altos<br />
índices conhecidos.<br />
Os maiores desvios estão relacionados às áreas onde a altura anual da<br />
precipitação é menor, a concentração dos três meses consecutivos mais chuvosos<br />
é maior e o período seco se prolonga, em média, por mais tempo. Em certos anos,<br />
a região recebe uma quantidade de chuva muito acima da normal, ocorrendo anos<br />
chuvosos e de grandes enchentes, enquanto que, em outros, observam-se totais<br />
tão insignificantes que podem ser considerados como de absoluta falta de chuva.<br />
Normalmente, toda a região apresenta desvios, positivos ou negativos.<br />
Considerando exclusivamente a região setentrional, raramente observam-se nas<br />
estações, em um mesmo ano, desvios de sinais contrários. Observa-se, ainda, que<br />
os desvios negativos são mais freqüentes que os positivos.<br />
Diagnóstico Ambiental da Área de Influência Indireta 5-255