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EIA Consolidado Item 5.3.4 Aspectos Socioeconomicos AII.pdf

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Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias<br />

Hidrográficas do Nordeste Setentrional<br />

CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS<br />

Alto São Francisco, Noroeste e Norte de Minas passaram a ser ocupadas pela<br />

agricultura comercial, por novas pastagens e atividades de reflorestamento,<br />

alterando profundamente a apropriação das terras e a cobertura vegetal original.<br />

No final da década de 70, as atividades de reflorestamento, apoiadas em programas<br />

de incentivo fiscal, atingiram o oeste baiano e, no inicio dos anos 80, a soja<br />

começou a ocupar grandes extensões dos vales do Paracatu (MG) e do Urucuia<br />

(MG), expandindo-se, também, ao vale do rio Grande (BA), ao longo da BR-020.<br />

A expansão da fronteira agropecuária, o extrativismo vegetal para produção de<br />

carvão vegetal, especialmente para o pólo siderúrgico de Minas Gerais, a<br />

implantação de grandes projetos de irrigação, a expansão de centros urbanos e as<br />

atividades mineradoras tendem a provocar pressões antrópicas e alterações<br />

profundas em toda a região, com a conseqüente degradação dos recursos<br />

naturais, especialmente da vegetação, dos solos e dos recursos hídricos, em<br />

especial no bioma do cerrado, com conseqüências no assoreamento do rio, no<br />

incremento do volume de cheias e na redução das vazões na estação seca.<br />

Hoje se verifica uma situação de ocupação da bacia caracterizada por uma grande<br />

concentração de população na região do Alto São Francisco, no Estado de Minas<br />

Gerais. Observa-se ainda a ocupação rarefeita do meio rural nos grandes espaços<br />

do médio São Francisco, onde a restrição de oferta hídrica da margem direita e o<br />

modelo agropecuário de baixa utilização de mão-de-obra da margem esquerda<br />

fazem sentir seus efeitos. No alto curso e no submédio, as densidades rurais são<br />

intermediárias, respondendo, respectivamente, às externalidades urbanas e aos<br />

efeitos do programa de irrigação pública e seus desdobramentos privados. No<br />

trecho inferior da bacia, a capacidade de suporte rural é naturalmente maior, em<br />

função das condições climáticas mais favoráveis, e, por esta razão, têm-se nessa<br />

região as maiores densidades demográficas rurais da bacia.<br />

Por fim, observa-se que o ambiente rural da bacia apresenta tendência<br />

generalizada de esvaziamento, ao mesmo tempo em que as cidades tendem ao<br />

crescimento acelerado, tal como acontece no país como um todo. Esse<br />

comportamento demográfico revela que a região não escapa à regra geral de<br />

mudança dos padrões tecnológicos da agropecuária e de expansão acelerada das<br />

atividades econômicas tipicamente urbanas. Esse processo só não é constatado no<br />

Alto São Francisco, provavelmente devido ao elevado grau de urbanização já<br />

existente e no oeste Baiano, onde a moderna agricultura de grãos atrai<br />

investimentos e migrantes.<br />

<strong>5.3.4</strong>.3 SANEAMENTO<br />

Neste item serão examinadas as condições de saneamento em que vivem as<br />

populações residentes na Bacia do rio São Francisco, pelos profundos impactos<br />

deste tema na saúde da população. Para isso serão considerados os aspectos<br />

Diagnóstico Ambiental da Área de Influência Indireta 5-244

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