EIA Consolidado Item 5.3.4 Aspectos Socioeconomicos AII.pdf
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Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias<br />
Hidrográficas do Nordeste Setentrional<br />
CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS<br />
Deve-se compreender que esse total médio anual, de fato, se apresenta<br />
extremamente concentrado em um a três meses, como pode ser observado na<br />
Figura 5.4.1.2-5, que apresenta o número de meses com excedente hídrico.<br />
Para confronto com as informações apresentadas na Figura 5.4.1.2-1, são<br />
apresentadas, na Figura 5.4.1.2-2, as isoietas relativas ao total pluviométrico do<br />
trimestre mais seco, elaborada a partir das mesmas referências utilizadas na<br />
Figura 5.4.1.2-1.<br />
Pode se observar, nessa figura, a coerência entre os valores mais elevados de 30<br />
mm, junto à face da chapada do Araripe, e valores de 5 mm, na região da Serra<br />
da Borborema.<br />
As informações apresentadas na Figura 5.4.1.2-3 – Precipitação Máxima em 3<br />
Meses Consecutivos, obtidas do Atlas do Estado do Ceará, revelam que, de forma<br />
geral, na região em estudo, cerca de 60% a 70% da precipitação se efetuam<br />
apenas em um trimestre. Tal informação indica que, mesmo nas regiões mais bem<br />
providas, a concentração das precipitações no trimestre mais chuvoso é<br />
significativa. Confirma-se, ainda, pela homogeneidade e pequena faixa de variação<br />
desse índice, que os mecanismos de macro-escala são os principais responsáveis<br />
pela gênese das precipitações e, conseqüentemente, de geração de vazões, nessa<br />
região do semi-árido. O relevo responde, em seqüência, por alguma amenização<br />
dessas condições formadoras macro-primárias.<br />
A Figura 5.4.1.2-4, relacionando os percentuais de precipitação para o<br />
quadrimestre mais chuvoso, de fevereiro a maio, foi compilada do documento<br />
elaborado por SOUZA et al 1998, sendo aqui apresentada para comparação com a<br />
Figura 5.4.1.2-3.<br />
Como pode ser observado, valem as mesmas observações efetuadas,<br />
demonstrando a grande concentração das precipitações para o quadrimestre mais<br />
chuvoso, que se revelam entre 60% e 80% para toda a área em estudo.<br />
e) Regime Fluvial<br />
Os estudos do regime fluvial nas bacias do semi-árido são dificultados pela<br />
complexidade da manutenção da rede fluviométrica existente, prejudicada pelos<br />
períodos de intermitência dos rios, e pela existência de um elevado número de<br />
açudes, que interferem com o regime natural de uma forma pouco controlada. Por<br />
este motivo, a abordagem do regime fluvial é feita através de balanço hídrico<br />
regional ou por meio de modelagem chuva-deflúvio, através de algoritmos mais ou<br />
menos elaborados. Neste item é feita uma caracterização do regime fluvial<br />
baseada nos estudos do projeto RADAMBRASIL, com dados obtidos do volume 23,<br />
Jaguaribe/Natal, onde as estimativas de deflúvio foram feitas por balanço hídrico.<br />
Diagnóstico Ambiental da Área de Influência Indireta 5-265