20.06.2013 Views

EIA Consolidado Item 5.3.4 Aspectos Socioeconomicos AII.pdf

EIA Consolidado Item 5.3.4 Aspectos Socioeconomicos AII.pdf

EIA Consolidado Item 5.3.4 Aspectos Socioeconomicos AII.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias<br />

Hidrográficas do Nordeste Setentrional<br />

CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS<br />

Evidencia-se, novamente, a forte presença da açudagem de pequeno porte, porém<br />

com nula ou muito pouca representatividade em matéria de disponibilidade hídrica<br />

garantida.<br />

Este conceito de disponibilidade hídrica, quando proveniente de açudes, incorpora,<br />

inevitavelmente, um significado estatístico diretamente associado com conceitos<br />

de análise de risco. Assim, a mais simples das abordagens para esse tipo de<br />

avaliação não poderá eximir-se de imputar uma determinada freqüência ao<br />

volume efetivamente disponibilizado por um dado reservatório, ou em outras<br />

palavras, associar uma garantia de freqüência com que um determinado volume<br />

pode ser retirado de um reservatório.<br />

De fato, em função da capacidade de acumulação, um reservatório pode, em<br />

decorrência apenas do deplecionamento resultante da ação da evaporação, não<br />

oferecer nenhum montante para determinados níveis de garantia mais elevados<br />

(por exemplo acima de 90%).<br />

Esse é o caso da grande maioria dos pequenos reservatórios que palmilham toda a<br />

região Setentrional do Nordeste brasileiro; são os assim denominados<br />

reservatórios anuais, por possuírem capacidades inferiores ao volume anual médio<br />

afluente e, dada a forte variabilidade da precipitação e os altos níveis de<br />

evaporação da região, eles deplecionam até o esvaziamento todos os anos,<br />

mesmos naqueles de pluviometria normal.<br />

Em geral, estes reservatórios têm capacidade inferior a 1,0 ou 0,5 hm³,<br />

profundidades máximas não superiores aos 3 e 4 m, são de propriedade particular<br />

e têm como principal objetivo distribuir espacialmente as águas nas amplas áreas<br />

de pastagem dedicadas à pecuária extensiva, com baixíssima densidade de<br />

animais por hectare. De forma complementar, estes reservatórios são empregados<br />

para culturas de subsistência e, mesmo, para o abastecimento de água das<br />

populações rurais das fazendas.<br />

Uma outra categoria de reservatórios consiste nos chamados reservatórios<br />

interanuais, assim denominados por possuírem capacidades superiores ao volume<br />

médio afluente, e sob o ponto de vista de acumulação, apresentarem uma faixa de<br />

capacidade bem maior, sendo classificados em “reservatórios interanuais de<br />

pequeno porte” (de 0,5 / 1 – 10 hm³), “reservatórios interanuais de médio porte“<br />

(de 10 hm³ – 100 hm³) e “reservatórios interanuais de grande porte” (acima de<br />

100 hm³); ressalte-se, porém, que tal classificação não tem uma justificativa<br />

consistente, existindo, inclusive, outras alternativas em utilização.<br />

Os reservatórios interanuais de pequeno porte, que representam o segundo<br />

grande grupo de espelhos d’água existente no Nordeste são, na maioria, também,<br />

de propriedade particular, representando as reservas hídricas estratégicas das<br />

Diagnóstico Ambiental da Área de Influência Indireta 5-274

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!