EIA Consolidado Item 5.3.4 Aspectos Socioeconomicos AII.pdf
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Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias<br />
Hidrográficas do Nordeste Setentrional<br />
CONSOLIDAÇÃO DOS ESTUDOS AMBIENTAIS<br />
A seca hidrológica pode ser pensada como um período durante o qual as<br />
potencialidades hídricas de uma determinada região atingem valores<br />
anormalmente menores que os habituais. Assim para a configuração de uma seca<br />
hidrológica numa região com rios perenes basta os mesmos atingirem vazões de<br />
estiagem anormalmente inferiores às habituais, já para regiões onde os rios são<br />
normalmente intermitentes, uma seca hidrológica se configura quando os volumes<br />
escoados anualmente são inferiores aos habituais ou nulos, fato este que não<br />
depende só do montante precipitado, quanto mais diretamente, da distribuição<br />
temporal da precipitação. O item a.1, mostrado anteriormente, abordou a<br />
ocorrência deste tipo de seca no Nordeste Setentrional.<br />
Os conceitos apresentados acima têm por objetivo mostrar que o conceito de seca<br />
não apresenta uma definição clara e precisa, dependendo tanto do ponto de vista<br />
(hidrológico, climático, agrícola, etc.), quanto da região em que se pretende<br />
analisar este fenômeno.<br />
Nesse sentido, vários pesquisadores buscaram o desenvolvimento de índices que<br />
avaliassem a ocorrência das secas sob diferentes contextos e pontos de vista.<br />
Analisando exclusivamente os autores que desenvolveram metodologias<br />
desenvolvidas ou aplicadas no nordeste brasileiro, podemos citar os seguintes:<br />
• Hargreaves 2 , que mediante uma análise das precipitações mensais em 234<br />
locais do Ceará, propôs o índice de disponibilidade de umidade (MAI), como<br />
parâmetro indicador do potencial de produção agrícola da região;<br />
• Herbst, Bredenkamp e Barker 3 , que propuseram um índice de severidade de<br />
seca baseado, exclusivamente, em dados de precipitação;<br />
• Campos e Lima 4 , que definiram o conceito de ciclo máximo anual contínuo<br />
de umidade no solo (CMACU) como a duração, em dias, do maior período do<br />
ano em que o solo mantém, continuamente, umidade disponível para<br />
culturas, determinado a partir do balanço hídrico diário no solo, sendo este<br />
parâmetro utilizado para determinar a periodicidade de ocorrência de secas<br />
(freqüência e tempo de recorrência);<br />
• Tucci 5 , que desenvolveu um algoritmo que relaciona a capacidade de<br />
infiltração com a umidade do solo, determinando as quantidades de águas<br />
2<br />
Hargreaves, G.H.,1973. Disponibilidade e Deficiências de Umidades para a produção agrícola no<br />
Ceará. Utah State University.<br />
3<br />
Herbst, P.H.; Bredenkamp, D.B.; Barker, H.M.G., 1966 – A Techinique for the avaluation of Droight<br />
from Rainfall Data, Journal of Hydrology, Vol.4; p.264 – 272.<br />
4 Campos, J.N.B.C. e Lima, H.V.C., 1993 - Gerenciamento de Secas no Nordeste do Brasil:<br />
Conceitos e Práticas. X Simpósio Brasileiro de Recurso Hídricos – Gramado – RS.<br />
5 Tucci, C.E.M., 1979. Análise de Sensibilidade dos Parâmetros do Algorítmo de Infiltração. III<br />
Simpósio Brasileiro de Recusros Hídricos - Brasília – DF.<br />
Diagnóstico Ambiental da Área de Influência Indireta 5-287