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Alto paraopeba: finanças sem crise - Geopark Quadrilátero Ferrífero

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indústria motriz acaba por atrair recursos e população para<br />

a cidade polo.<br />

o planejamento regional é uma experiência recente.<br />

Tânia Bacelar de Araújo adverte que os maiores avanços<br />

observados no mundo deveram-se a uma definição de um<br />

projeto de futuro, pactuado entre os principais atores públicos<br />

e não-públicos. o planejamento estratégico do desenvolvimento<br />

das regiões requer uma visão de médio e<br />

longo prazo, criando uma proposta norteadora das ações<br />

de todos os atores envolvidos (união, estados, municípios,<br />

sociedade civil organizada etc.), para evitar a fragmentação<br />

do país ou mesmo intrarregional.<br />

Neste cenário, é ressaltada a importância do consórcio<br />

como instituição que propicia o planejamento e o desenvolvimento<br />

de forma coordenada da região, buscando<br />

a identificação de outras vocações e potencialidades que<br />

permitam o crescimento integrado e a sua inserção na economia<br />

nacional e internacional de forma estável.<br />

Desta forma, torna-se necessário analisar de forma<br />

detalhada as potencialidades da região, as necessidades<br />

de investimentos e as possibilidades de diversificação, tratando<br />

de forma particularizada as questões internas, para<br />

criar-se um meio propício à inovação.<br />

De acordo com nali Souza, os meios inovadores compreendem<br />

o conjunto de relações e de atores que unem<br />

um sistema local de produção, gerando um processo dinâmico<br />

de aprendizagem coletiva: empresas interligadas,<br />

comprando e vendendo insumos e retransmitindo o conhecimento,<br />

agências de fomento, financiamento e pesquisa,<br />

universidades, órgãos governamentais, etc. o sucesso do<br />

local é função da capacidade “de fabricar novos produtos,<br />

adotar novos processos produtivos, bem como configurações<br />

organizacionais e instituições inovadoras”.<br />

“As desigualdades entre os<br />

municípios e entre as regiões<br />

é um dos maiores<br />

desafios do federalismo<br />

cooperativo brasileiro”<br />

o grande desafio da região do alto Paraopeba é o desenvolvimento<br />

de novas atividades nos municípios que não<br />

possuem extração mineral, buscando-se a diminuição das<br />

desigualdades intrarregionais e a manutenção da taxa de<br />

crescimento da região, com maior independência das exportações<br />

de minério de ferro e aço.<br />

O crescimento integrado da região é de vital importância<br />

para evitar-se o desequilíbrio no processo de ocupação<br />

foto: WilSon aVelar<br />

Viviane Macedo Garcia<br />

territorial, com o surgimento de bolsões de pobreza, e para<br />

que as cidades menores não virem “cidades-dormitórios”<br />

em função do crescimento das cidades polo.<br />

a região do alto Paraopeba precisa diversificar sua<br />

economia, bem como seus mercados externos, para ficar<br />

menos suscetível às oscilações e <strong>crise</strong>s internacionais, como<br />

a ocorrida em 2008, que gerou recessão na região. Quanto<br />

mais concentradas as exportações, mais suscetível às <strong>crise</strong>s<br />

internas e externas ficará a região. Muito embora a mineração<br />

para exportação seja a indústria motriz da região,<br />

é necessário criar fontes alternativas de desenvolvimento,<br />

gerando novos ciclos econômicos que ampliem a dimensão<br />

econômica da região, assegurando um crescimento estável<br />

e sustentável.<br />

O Codap possui papel de suma relevância no planejamento<br />

da região, na criação de espaços propícios para as<br />

discussões e na coordenação das ações dos governos municipais,<br />

em parceria com as empresas e a sociedade civil<br />

organizada.<br />

Viviane Macedo Garcia – advogada. administradora de<br />

empresas. especialista em controle externo da administração<br />

Pública. especialista em gestão de Pessoas. Mestranda em<br />

administração Pública.<br />

REVISTA codAp 31

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