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Alto paraopeba: finanças sem crise - Geopark Quadrilátero Ferrífero

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Avaliação financeira<br />

Há dois indicadores importantes para se avaliar<br />

a situação financeira de uma prefeitura: um deles<br />

é o resultado orçamentário; o outro, é a suficiência<br />

financeira. O comportamento desses dois aspectos<br />

mostra se a gestão fiscal está sendo bem conduzida<br />

ou não.<br />

É importante analisar a tendência ao longo dos<br />

anos, já que as administrações podem passar por períodos<br />

de ajustes. Afinal, em alguns casos, é necessário<br />

um tempo maior para que as dívidas sejam quitadas<br />

ou ainda para que a despesa seja adaptada ao tamanho<br />

da receita.<br />

– o que é:<br />

• Resultado oRçamentáRio – É a diferença<br />

entre a receita e as despesas totais.<br />

• supeRávit oRçamentáRio – Ocorre quando<br />

a receita é maior que as despesas totais.<br />

• déficit oRçamentáRio – Ocorre quando as<br />

despesas totais são maiores que a receita.<br />

Segundo a procuradora do município de Belo Horizonte,<br />

Maria Jocélia Nogueira Lima, especialista em<br />

Direito Tributário, para que uma administração pública<br />

possua mais resultados positivos do que negativos<br />

no decorrer dos anos, é preciso que ela geralmente<br />

gaste menos do que arrecada. Os superávits proporcionam<br />

acúmulos de recursos que podem ser utilizados<br />

nos investimentos para pagar dívidas e servem<br />

como reserva para enfrentar períodos de queda nas<br />

receitas, como acontece em momentos de <strong>crise</strong> econômica.<br />

A suficiência financeira é a diferença entre ativos e<br />

passivos financeiros. Os principais ativos financeiros<br />

são os valores que a prefeitura tem em suas contas<br />

bancárias, enquanto os passivos financeiros são os valores<br />

que a prefeitura deve pagar no curto prazo, sendo<br />

formado em sua maior parte pelos restos a pagar,<br />

despesas realizadas e não pagas em um mesmo ano.<br />

Quando a prefeitura deve mais do que tem em caixa,<br />

ela apresenta insuficiência financeira. E a situação<br />

inversa significa que ela possui suficiência financeira.<br />

Dessa forma, a gestão das despesas, com o objetivo<br />

de que elas possam até mesmo expandir, mas <strong>sem</strong> ultrapassar<br />

a receita, é importante para a obtenção de<br />

bons resultados.<br />

minas Gerais tem arrecadação<br />

recorde com a cfem<br />

apesar de a alíquota da compensação financeira pela<br />

exploração de recursos Minerais (Cfem) ser questionada<br />

pelos municípios mineradores, a arrecadação dos royalties<br />

da mineração bateu em 2011 o recorde no estado, assim<br />

como já ocorreu no país. Minas gerais é o primeiro<br />

colocado no ranking nacional. conforme os dados do<br />

Departamento nacional de Produção Mineral (DnPM),<br />

o volume arrecadado em Minas no ano passado foi da<br />

ordem de r$ 788,9 milhões, superior ao total acumulado<br />

durante todo o ano de 2010. em todo o exercício<br />

de 2011, o estado foi responsável por 51% da cfem<br />

arrecadada em todo o Brasil.<br />

O que é a Cfem?<br />

É uma taxa de compensação financeira obtida por ocasião<br />

da venda do produto mineral de áreas de jazidas,minas,<br />

salinas ou outros produtos minerais.<br />

Quem administra a Cfem?<br />

o Departamento nacional de Produção Mineral –<br />

DnPM, que baixa normas e exerce a fiscalização sobre a<br />

arrecadação da cfem (lei n o 8.876/94,<br />

art. 3 o - inciso ix).<br />

sobre qual valor incide a Cfem?<br />

a compensação financeira é calculada sobre o valor do<br />

faturamento líquido, obtido por ocasião da venda do<br />

produto mineral.<br />

Quais são as alíquotas aplicadas para o cálculo da Cfem?<br />

as alíquotas são aplicadas sobre o faturamento líquido<br />

para obtenção do valor da cfem:<br />

– 3% para: minério de alumínio, manganês, sal-gema e<br />

potássio.<br />

– 2% para: ferro, fertilizante, carvão e demais substâncias.<br />

– 0,2% para: pedras preciosas, pedras coradas lapidáveis,<br />

carbonados e metais nobres.<br />

– 1% para: ouro.<br />

Os recursos da Cfem são distribuídos da seguinte forma:<br />

– 12% para a união (DnPM, ibama e Mct).<br />

– 23% para o estado onde for extraída a substância<br />

mineral.<br />

– 65% para o município produtor.<br />

REVISTA codAp 53

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