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Manual do pequeno açude - IRD

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18 Introduçiïo<br />

Por outra parte, a (grande) açudagem publica apresenta um balança de aproximadamente<br />

1.200 a 1.500 <strong>açude</strong>s de capacidade superior a 100.000 m3, com cerca de 450 barragens<br />

de mais de um milhao de m3.<br />

Amaior concentraça de <strong>açude</strong>s encontra-se nos Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ceara, Parafba e Rio Grande<br />

<strong>do</strong> Norte. 0 mapa 03 mostra qua1 era a distribuiçao da açudagem no ano de 1965. F!ssa<br />

distribuiçao evoluiu nos ultimes anos (crescimento importante em regi6es como o vale <strong>do</strong><br />

Jaguaribe (CE), o Apodi (RN) ou o Agreste pernambucano) mas ainda C hem<br />

representativa da situa@0 atual.<br />

Observa-se que os <strong>açude</strong>s encontram-se principalmente em regioes de maior densidade<br />

de populafao, de maior ocorrência de secas, de relevo favoravel e de geologia cristalina.<br />

Este tiltimo ponto merece um cornent&& particular, pois ele sera evoca<strong>do</strong> varias vezes<br />

no que segue: o Nordcste, como e sabi<strong>do</strong>, divide-se em duas regi6e.s de superficies quase<br />

Quais e de natureza geol6gica bem distintas: uma area apresentan<strong>do</strong> um embasamento<br />

cristalino, em geral à fraca profundidade (gnaisse, granito...) e uma area dita sedimentar,<br />

que abrange principalmente o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhao, 80% <strong>do</strong> Piaui e cerca da metade da<br />

Bahia. A figura 04 mostra a divitio <strong>do</strong> Nordeste entre esses <strong>do</strong>is <strong>do</strong>mlnios e evidencia<br />

assim as areas propicias à construçao de <strong>açude</strong>s.<br />

De fato, a presença <strong>do</strong> embasamento cristalino 6 fundamental para assegurar a<br />

estanqueidade <strong>do</strong>s reservatorios, evitan<strong>do</strong> que as aguas se infiltrem no subsolo. Salvo<br />

exceçao (ou técnica peculiar como a empregada na Chapada <strong>do</strong> Apodi para<br />

impermeabilizar os barreiros com argila) e afora determinadas extensoes possfveis das<br />

propostas (piscicultura nas lagoas naturais <strong>do</strong> Maranhao, por exemplo) nosso discurso,<br />

geogratïcamente, se limitara às “Areas cristalinas” destacadas na figura 04.<br />

n 0 PUblico meta<br />

0 <strong>Manual</strong> <strong>do</strong> Pequeno Açude foi elabora<strong>do</strong> para um ptiblico de técnicos agricolas,<br />

agrônomos e engenheiros com atuaçao no campo.<br />

Os tecnicos <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s e das EMATER constituem o melhor exemplo <strong>do</strong> tipo de publico<br />

meta deste <strong>Manual</strong>.<br />

: Por isso, o nfvel de complexidade deste trabalho pode ser considera<strong>do</strong> médio: por uma<br />

parte, procurou-se evitar aspectos teoricos mais complica<strong>do</strong>s, termos especializa<strong>do</strong>s (um<br />

glossario reune os termos tecnicos de base) e apresentou-se f6rmulas e meto<strong>do</strong>s em geral<br />

sem justificativas, as quais poderao ser encontradas em outras trabalhos.<br />

Por outra parte, nao se julgou necess6rio redefinir to<strong>do</strong>s os conceitos considera<strong>do</strong>s basicos<br />

para um tecnico que trabalha no desenvolvimento rural: conceitos como efïciência da<br />

irrigaçao, perda de carga em canalizaçks, evapotranspirago, nao foram explicita<strong>do</strong>s.<br />

Certas partes <strong>do</strong> <strong>Manual</strong>, como o capftuto referente à hidrologia, apresentam<br />

meto<strong>do</strong>logias que poderao, as vezes, parecer um pouce complexas à primeira leitura. No<br />

entanto, a complexidade real <strong>do</strong>s fenômenos imp6e um limite à simplificaç5o <strong>do</strong>s<br />

meto<strong>do</strong>s, sob pena de ficar esta a nfvel de generalidades.<br />

Certos aspectos, supostamente menos familiares aos técnicos, como o risco de salinizaçao<br />

<strong>do</strong>s <strong>açude</strong>s, foram aborda<strong>do</strong>s com exemplos e explicaçoes mais detalhadas.<br />

Em outras o&siBes, entïm, propoe-se Calculos que ultrapassam um pouce o nlvel de<br />

estu<strong>do</strong> habitualmente requeri<strong>do</strong> para um <strong>pequeno</strong> projeto tecnico, mas que se julgou<br />

oportuno apresentar dentro da preocupago de sermos o mais completo possfvel.

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