Manual do pequeno açude - IRD
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BS-1 IDejïnipïo da imgaçâo a ser realizada 191<br />
Drenagem<br />
Ver item<br />
85-3<br />
Em outras casos, ainda, o <strong>açude</strong> terfi um<br />
potencial suficiente para permitir 8<br />
aproveitamento de ambas as areas ou, pelo<br />
menos, de parte delas.<br />
0 tipo de cultiva que se deseja plantar<br />
tamb6m pode orientar a escolha, j6 que, em<br />
regra geral, os solos <strong>do</strong>s baixios sao<br />
diferentes <strong>do</strong>s solos de montante (os<br />
primeiros, por exemplo, mais profun<strong>do</strong>s,<br />
mais propfcios ao plantio de banana ou de<br />
cana, e os segun<strong>do</strong>s mais rasos e aptos ao<br />
cultiva de algodao, tomate, etc...).<br />
Enfim, é preciso verificar se as keas<br />
escolhidas apresentam boa capacidade de<br />
drenagem e/ou possibilidade de se realiir<br />
um sistema de drenos adequa<strong>do</strong>s. Este<br />
requisito ~5 de suma importância e ntio pode<br />
ser esqueci<strong>do</strong>, deven<strong>do</strong> haver estu<strong>do</strong><br />
cuida<strong>do</strong>so.<br />
Para se orientar na deflniçao da kea<br />
irrigtivel, é bom, além <strong>do</strong> mais, guardar em<br />
mente as caracteristicas gerais seguintes:<br />
n hea de jusaute:<br />
17 vantagens:<br />
- Possibilita, em geral, uma irrigago<br />
gravitaria mediante um sif5o de<br />
custo muito baixo.<br />
- Aproveita os solos <strong>do</strong>s baixios que<br />
têm, em geral, boa fertilidade.<br />
- Permite, às vezes, uma associa@0<br />
com um poço amazonas, 0 qua1<br />
pode constituir uma reserva d%gua<br />
anexa e complementar que reforça<br />
a segurança <strong>do</strong> sistema (sobretu<strong>do</strong><br />
no &so de cultivas perenes como a<br />
bananeira).<br />
CI desvantagens:<br />
-A topografia <strong>do</strong> baixio pode ser<br />
muito acidentada;<br />
- Acalha <strong>do</strong> riacho pode kr bastante<br />
marcada e seu percurso sinuoso<br />
retalhar a 6rea em parcelas<br />
irregulares e separadas. Isso<br />
dificulta o estabelecimento de uma<br />
rede de distribuiç%o (em particular,<br />
por meio de canais) bem como a<br />
definigo da rede de sulcos.<br />
Um pouce de Histhia<br />
A irri~aç<strong>do</strong>, akwzvolvida hd st’culos em<br />
algumas partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, n<strong>do</strong> é<br />
tradicional no Nordeste. 0 tndio<br />
brasileiro nZo a praticava e apenas<br />
alguns casos de rega primitiva foram<br />
registra<strong>do</strong>s, akwie 0 fim <strong>do</strong> s~cculoXVlI~<br />
na Chapada Diamantina ou no sapé a%<br />
Chapadu<strong>do</strong>Aratipe. Foiporocasi<strong>do</strong> a%<br />
seca a’e 1877que encontramos uma aks<br />
primeiras referências <strong>do</strong>s poderes<br />
ptiblicos ao “estabelecimento a% um<br />
sktema de im*gaçGo que tornassesempre<br />
possfvel a cultura”. No entanto, foi<br />
neces.&’ esperar 0 an0 de 1906para a<br />
conclusao <strong>do</strong> primeiro perfmetro<br />
irriga<strong>do</strong>, a jusante <strong>do</strong> <strong>açude</strong> Cedro,<br />
acemplo que akvia permanecer zinico<br />
dwante cerca de 20 anos.<br />
Embora, apartir <strong>do</strong> infcio a’este&ulo a<br />
irrigaçao tenha conheci<strong>do</strong> grande<br />
desenvolvimento em regioes semi-4tida.s<br />
a’e vdrios pafses, como a Argentin4 o<br />
Mtico ou os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, isto n<strong>do</strong><br />
ocorreu no Noraksteonde a irrigaç<strong>do</strong> foi<br />
emperrada por circunstâncias,<br />
principalmente de ordem findiaria,<br />
polftica e cultural<br />
A pamk <strong>do</strong>s mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> presente s~culo,<br />
aksen~olveu-se a’imgaçao nas margens<br />
<strong>do</strong> rio S<strong>do</strong> Fran&co, porém pode-se<br />
considerar que o surto da pequena<br />
irrigaçiio t muito mais recente,<br />
concentran<strong>do</strong>-se nos 15 u’himos anos.<br />
Frogramas especiak, como 0 Projet0<br />
Sertanejo, bem como o impacto<br />
psicol6gico provocadi, pela seca de<br />
1979-1983, conm’buiram para que esta<br />
atividade passasse a se difundir de<br />
maneira mais amp&<br />
vista por alguns coma uma soluç<strong>do</strong><br />
para o Nordeste, a ÙrigaçGo n<strong>do</strong> pode,<br />
no entanto, ser iniciada sem os devi<strong>do</strong>s<br />
cuida<strong>do</strong>s Ela pode constituir um<br />
aksastrepara o<strong>pequeno</strong> agricultor se for<br />
mal projetada (em termos de<br />
rentabilidaak econômicq possibilidaak<br />
de comercializaç60, controle ttknico)<br />
ou mal conduzida (controle <strong>do</strong>s<br />
volumes aplica<strong>do</strong>s, da qualidade a’o<br />
&gua e <strong>do</strong> drenagem)poden<strong>do</strong> leva5 em<br />
pam’cular, rf salinimç5o das terras