14.07.2013 Views

Manual do pequeno açude - IRD

Manual do pequeno açude - IRD

Manual do pequeno açude - IRD

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

B53Qualidade da &ua e salinizaçkïo<br />

Neste caso, pela menos no infcio da estaçFio seca, a salinidade da agua na beira <strong>do</strong> <strong>açude</strong><br />

sera maior às vezes, muito maior <strong>do</strong> la<strong>do</strong> da montante, de onde provêm em geral essas<br />

infiltraç&s.<br />

23 Evoluç50 da salinidade no perio<strong>do</strong> seco<br />

Geometria<br />

du <strong>açude</strong>.<br />

vwpag. 205<br />

No perio<strong>do</strong> seco, nao haven<strong>do</strong> utilizaçao mas apenas perdas por evaporaçao, a<br />

concentrago no <strong>açude</strong>, como foi dito acima, aumenta. Supon<strong>do</strong> que nao ha fluxos<br />

subterrâneos nem precipitaçao de sais, pode-se calcular a importância <strong>do</strong> aumento da<br />

concentraçao em funçZio das caracterfsticas <strong>do</strong> <strong>açude</strong>.<br />

0 volume <strong>do</strong> <strong>açude</strong>, para uma profundidade H qualquer, é da<strong>do</strong> por Y = RH)onde (a)<br />

e (K) Sao os <strong>do</strong>is coefïcientes geométricos caracterfsticos <strong>do</strong> <strong>açude</strong>.<br />

Se, depois <strong>do</strong> inverno, o <strong>açude</strong> esta com a cota H, (e um volume V,,) e fica submeti<strong>do</strong> à<br />

evaporago de uma lamina d’agua (EVA), ele baixara até um nfvel ($&EVA) e, entao,<br />

um volume VI = K(H, - EVA)&. A concentraçao <strong>do</strong> <strong>açude</strong> passa de G = M/v, para<br />

CI = M/~I e o aumento relativo da concentraç?io pode ser calcula<strong>do</strong> por<br />

cyc, = VJVI= [Hd(H,-EVA)] O1<br />

Af6rmula mostra que o aumento da concentraçao, como é intuitivo e‘como tka ilustra<strong>do</strong><br />

na figura 186, depende principalmente de três.fatores:<br />

0 A profundidade <strong>do</strong> <strong>açude</strong> (H,)<br />

o A forma <strong>do</strong> <strong>açude</strong> (a><br />

0 A importância da evaporaça (EVA)<br />

Quanto mais raso for o <strong>açude</strong> e convexas as encostas (agrande, ver figura 186), maior<br />

sera a proporçâo da agua levada pela evaporaçâo e, por conseqüência, a concentraça<br />

<strong>do</strong>s sais.<br />

A tabela abaixo mostra, toman<strong>do</strong> o exemplo de uma evaporaça EVA = 1 m, como varia<br />

o fator de concentra@o C& em fun$o de H, e (CU), conforme explicita<strong>do</strong> pela fckmula<br />

acima, evidencian<strong>do</strong> uma grande variabilidade segun<strong>do</strong> o valor desses parâmetros.<br />

Fator de concentraçâo C&, depois de uma evaporaç5o de 1 m.<br />

Profundidade initial H,(m)<br />

(a) 1.50 2.00 2.50 3.00 5.00<br />

2.20 11.2 X6 3.1 2.4 1.9<br />

270 19.4 6.5 4.0 3.0 22<br />

3.20 33.6 9.2 5.1 3.7 25<br />

2.4 Evoluçao da salinidade no inverno<br />

10.00<br />

1.2 .<br />

1.3<br />

1.4<br />

As observaçbes<br />

feitas acima referem-se à variago da concentra@0 (ou da salinidade) no<br />

perio<strong>do</strong> seco, a partir de uma concentraçao C, existente no <strong>açude</strong> depois <strong>do</strong> inverno. Essa<br />

concentraçZio C,, vai ser muito variavel, segun<strong>do</strong> os anos, pois dependera das sangrias<br />

ocorridas anteriormente: a sangria <strong>do</strong> <strong>açude</strong> é o fenômeno itidispens6vel para “lava?’ o<br />

<strong>açude</strong> e eliminar os saisconcentra<strong>do</strong>s, da mesma maneira que, num solo irriga<strong>do</strong>, ha<br />

necessidade de percolaçao profunda para evacuar os sais acumula<strong>do</strong>s no solo (figura 187).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!