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Uso racional de medicamentos: temas selecionados, 2012.

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Desfechos clínicos avaliados em<br />

investigações farmacológico-clínicas 10<br />

Desfecho Primordial – evento <strong>de</strong> maior<br />

hierarquia na pesquisa clínica que correspon<strong>de</strong>,<br />

em termos práticos, à condição percebida como<br />

relevante pelo próprio paciente e tem gran<strong>de</strong><br />

impacto clínico. Mortalida<strong>de</strong>, morbida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sconforto,<br />

disfunção, <strong>de</strong>scontentamento e <strong>de</strong>spesa<br />

(custo) são clássicos <strong>de</strong>sfechos primordiais.<br />

Desfecho Intermediário – correspon<strong>de</strong><br />

a parâmetro fisiológico, fisiopatológico,<br />

comportamental ou <strong>de</strong> outra natureza que se<br />

associa <strong>de</strong> forma causal com o <strong>de</strong>sfecho primordial<br />

(Ex. Níveis <strong>de</strong> pressão arterial representam<br />

<strong>de</strong>sfechos intermediários para eventos primordiais<br />

cardiovasculares <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> hipertensão arterial).<br />

Desfecho Substituto – correspon<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>sfecho mais facilmente aferível e passível <strong>de</strong><br />

espelhar o efeito da intervenção sobre o <strong>de</strong>sfecho<br />

primordial. Difere do <strong>de</strong>sfecho intermediário por<br />

não estar associado à produção do <strong>de</strong>sfecho<br />

primordial (Ex. Frequência <strong>de</strong> internação<br />

hospitalar é bom <strong>de</strong>sfecho substituto para<br />

controle <strong>de</strong> sintomas <strong>de</strong> uma dada doença).<br />

Medidas <strong>de</strong> frequência, proporções,<br />

taxas e distribuição 8<br />

A magnitu<strong>de</strong> e a gravida<strong>de</strong> dos problemas <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> pública são muitas vezes expressas como<br />

medidas <strong>de</strong> frequência, proporções e taxas.<br />

Prevalência – proporção <strong>de</strong> pessoas na população<br />

que tem algum atributo ou condição em dado ponto no<br />

tempo ou durante específico período <strong>de</strong> tempo.<br />

Incidência (taxa <strong>de</strong> incidência) – número<br />

<strong>de</strong> novos eventos (por exemplo, novos casos <strong>de</strong><br />

doença) em <strong>de</strong>finida população, ocorrendo em<br />

específico período <strong>de</strong> tempo.<br />

Incidência cumulativa – proporção <strong>de</strong><br />

pessoas que <strong>de</strong>senvolvem a condição num<br />

período fixo <strong>de</strong> tempo. Essa proporção é<br />

sinônimo <strong>de</strong> risco.<br />

Frequência – refere-se à contagem <strong>de</strong> dados<br />

qualitativos, em que se verifica o número absoluto<br />

(frequência absoluta) ou relativo (frequência<br />

relativa, em percentual) <strong>de</strong> eventos.<br />

Média – é a medida <strong>de</strong> localização central,<br />

representada pela média aritmética dos<br />

valores obtidos.<br />

Desvio-padrão – é a medida <strong>de</strong> dispersão ou<br />

variabilida<strong>de</strong> mais comumente usada.<br />

Intervalo <strong>de</strong> confiança – correspon<strong>de</strong> ao<br />

intervalo <strong>de</strong> valores passíveis <strong>de</strong> ocorrerem na<br />

população, situados em torno da média calculada<br />

para a amostra, com um grau <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> 95%<br />

ou 99%. Quando se estabelece IC95%, po<strong>de</strong>-se<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong><br />

12<br />

afirmar que há 95% <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> que o intervalo<br />

obtido inclua o real valor da média da população. O<br />

intervalo <strong>de</strong> confiança também po<strong>de</strong> ser calculado<br />

para dados apresentados como risco relativo (RR)<br />

ou razão <strong>de</strong> chances (RC ou OR). Nesse caso,<br />

se o intervalo engloba o valor 1, que representa<br />

ausência <strong>de</strong> risco, infere-se que não há diferença<br />

estatisticamente significativa entre os grupos<br />

experimentais. Segue-se raciocínio similar para<br />

dados apresentados sob a forma <strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong><br />

efeito. Se o intervalo <strong>de</strong> confiança engloba o valor<br />

zero (ausência <strong>de</strong> efeito), conclui-se pela aceitação<br />

da igualda<strong>de</strong> entre grupos. 10<br />

Medidas <strong>de</strong> Associação<br />

Risco relativo (RR) – correspon<strong>de</strong> à ocorrência<br />

do evento nos expostos comparada à do grupo<br />

controle. Calcula-se pelo risco absoluto do evento<br />

nos expostos / risco absoluto nos não expostos.<br />

Se o risco <strong>de</strong> sofrer o evento for igual nos dois<br />

grupos, o RR é 1 (sem diferença); se o RR for ><br />

1 no grupo exposto, o fator <strong>de</strong> exposição é lesivo;<br />

se RR < 1, é protetor.<br />

Razão <strong>de</strong> Chances, Razão <strong>de</strong> Odds, Risco<br />

Relativo Estimado (OR) – é a medida <strong>de</strong> associação<br />

dos estudos <strong>de</strong> casos e controles. Avalia a chance<br />

<strong>de</strong> exposição entre os casos comparativamente à<br />

chance <strong>de</strong> exposição entre os controles.<br />

Medidas <strong>de</strong> Impacto e Benefício<br />

Risco Atribuível (RA) – permite i<strong>de</strong>ntificar<br />

quanto do risco total <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma doença<br />

em pessoas expostas <strong>de</strong>ve-se à exposição, ou<br />

seja, o impacto da exposição.<br />

Redução Relativa <strong>de</strong> Risco (RRR) – expressa,<br />

em termos relativos, quanto um tratamento é superior<br />

a outro. Informa a percentagem <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> risco<br />

do evento <strong>de</strong>terminada pelo tratamento.<br />

Redução Absoluta <strong>de</strong> Risco (RRA) – expressa,<br />

em termos absolutos, quanto um tratamento é<br />

superior a outro, mediante cálculo das diferenças<br />

entre eles. A RRA permite avaliar a redução <strong>de</strong><br />

risco atribuível a uma exposição ou tratamento.<br />

Número <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong> que é necessário<br />

tratar (Number Nee<strong>de</strong>d to Treat = NNT, em<br />

inglês) – correspon<strong>de</strong> ao número <strong>de</strong> pacientes que<br />

necessita ser tratado por <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong><br />

tempo para prevenir ou curar um evento. Quanto<br />

maior for o NNT <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado medicamento,<br />

maior precaução será necessária para <strong>de</strong>cidir<br />

implementá-lo, pois muitos pacientes precisarão<br />

ser tratados para que um se beneficie.<br />

Número <strong>de</strong> pacientes <strong>de</strong> que é necessário<br />

tratar para se <strong>de</strong>tectar dano (NND; Number<br />

Nee<strong>de</strong>d To Harm = NNH, em inglês) – é parâmetro

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