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Uso racional de medicamentos: temas selecionados, 2012.

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utilizado para avaliar o risco aumentado <strong>de</strong> um evento<br />

adverso associado a uma dada intervenção. Calculase,<br />

em comparação ao tratamento controle, quantos<br />

pacientes precisam ser submetidos a tratamento<br />

para provocar um evento adverso. Quanto maior for<br />

o NND, mais conveniente será a intervenção com<br />

um dado medicamento, pois significa que muitos<br />

precisam ser expostos para que ocorra um dano.<br />

Erros Aleatórios 8,10<br />

Há duas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acerto em teste<br />

estatístico: (a) os grupos estudados são realmente<br />

diferentes ou (b) os grupos realmente se<br />

comportam <strong>de</strong> forma semelhante. Há também duas<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> erro:<br />

Erro alfa (erro tipo I) ocorre quando o<br />

teste <strong>de</strong>tecta diferença entre grupos que, na<br />

realida<strong>de</strong>, são similares, propiciando conclusão<br />

“falsamente positiva”. Assim, erro alfa é a<br />

probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser apontada diferença entre<br />

grupos, inexistente na população.<br />

Portanto, só <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado em estudos<br />

que concluem pela diferença entre grupos.<br />

Erro beta (erro tipo II) ocorre quando o teste<br />

estatístico conclui pela não diferença entre<br />

grupos que são, <strong>de</strong> fato, diferentes, levando à<br />

conclusão “falsamente negativa”. Erro beta é<br />

a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dizer que não há diferença<br />

entre os grupos, quando, na realida<strong>de</strong>, ela existe.<br />

Só po<strong>de</strong> ser cogitado quando não há diferença<br />

estatisticamente significativa entre os grupos<br />

estudados, tendo maior risco <strong>de</strong> ocorrência<br />

em experimentos com pequena amostragem.<br />

Os estudos <strong>de</strong>vem ser planejados com po<strong>de</strong>r<br />

suficiente para evitar erro beta, o qual usualmente<br />

é superior a 80% (0,8). Isso é conseguido com<br />

tamanho <strong>de</strong> amostra a<strong>de</strong>quado à magnitu<strong>de</strong> da<br />

associação que se espera observar.<br />

Nível <strong>de</strong> significância do teste estatístico<br />

correspon<strong>de</strong> à taxa <strong>de</strong> erro <strong>de</strong> tipo I ou alfa<br />

que o estudo se propõe a tolerar. Usualmente<br />

é estabelecido em 0,05 ou 0,01, ou seja, a<br />

probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> afirmar que há diferença<br />

<strong>Uso</strong> Racional <strong>de</strong> Medicamentos: <strong>temas</strong> <strong>selecionados</strong><br />

13<br />

significativa entre os grupos, quando, na verda<strong>de</strong>,<br />

ela não existe, é igual ou inferior a 5% ou 1%,<br />

respectivamente. Por convenção, são consi<strong>de</strong>radas<br />

chances suficientemente pequenas <strong>de</strong> erro <strong>de</strong> tipo<br />

I, <strong>de</strong> modo que se aceita a afirmativa <strong>de</strong> que a<br />

diferença <strong>de</strong>va existir. No entanto, como são níveis<br />

arbitrários, quando se estabelece, por exemplo,<br />

nível α <strong>de</strong> 0,05, prefere-se falar em tendência, e<br />

não em significância.<br />

Valor P estima quantitativamente a chance<br />

<strong>de</strong> os resultados observados <strong>de</strong>verem-se<br />

apenas a erros aleatórios e não à influência<br />

das variáveis analisadas no estudo. Expressa,<br />

assim, a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> haver erros alfa (Pα)<br />

ou beta (Pβ). No entanto a maior parte das<br />

publicações expressa a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> P<br />

alfa ou simplesmente P. Aplicando o conceito<br />

<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> a um P <strong>de</strong> 0,05, diz-se que o<br />

resultado (evento) obtido po<strong>de</strong>rá aparecer cinco<br />

vezes em 100 repetições do experimento (número<br />

<strong>de</strong> vezes que o evento po<strong>de</strong> ocorrer). Valores <strong>de</strong><br />

P iguais ou inferiores a 0,05 são consi<strong>de</strong>rados<br />

“estatisticamente significativos”.<br />

Po<strong>de</strong>r estatístico é a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

experimento <strong>de</strong>tectar diferença significativa quando<br />

ela realmente existe. Quanto maior o po<strong>de</strong>r do<br />

estudo, maior é a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar diferença<br />

realmente significativa. A probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cometer<br />

erro <strong>de</strong> tipo II <strong>de</strong>cresce à medida que o tamanho <strong>de</strong><br />

amostra aumenta. Logo, o po<strong>de</strong>r da prova aumenta<br />

com a realização <strong>de</strong> maior número <strong>de</strong> observações.<br />

Por isso, se explicita o número <strong>de</strong> pacientes da<br />

amostra estudada.<br />

Erros sistemáticos 10<br />

Consistem em <strong>de</strong>svios da verda<strong>de</strong> que distorcem<br />

os resultados <strong>de</strong> pesquisas. Não acontecem pelo<br />

acaso, mas por erros em amostragem, aferição <strong>de</strong><br />

exposição ou eventos, análise e interpretação dos<br />

dados, entre outros. Apesar <strong>de</strong> haver mais <strong>de</strong> 70<br />

vieses já catalogados, os três principais são vieses<br />

<strong>de</strong> seleção, aferição e confusão.

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