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A tarefa do tradutor, de Walter Benjamin: - Fale

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Apresentação<br />

5<br />

Lucas Carvalho Soares <strong>de</strong> Aguiar Pereira<br />

A presente edição é fruto <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na<br />

disciplina Estu<strong>do</strong>s Temáticos <strong>de</strong> Edição: Editan<strong>do</strong> traduções, e<br />

que teve como coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra e orienta<strong>do</strong>ra a Professora Sônia<br />

Queiroz.<br />

Publicamos aqui o ensaio “Die Aufgabe <strong>de</strong>s Überstzers”<br />

– A <strong>tarefa</strong> <strong>do</strong> <strong>tradutor</strong> –, <strong>de</strong> <strong>Walter</strong> <strong>Benjamin</strong>, e suas quatro<br />

traduções para o português. Trata-se <strong>do</strong> prefácio publica<strong>do</strong><br />

em 1923, na edição <strong>de</strong> sua tradução <strong>do</strong>s Tableaux parisiens<br />

<strong>de</strong> Bau<strong>de</strong>laire, em Hei<strong>de</strong>lberg, Alemanha.<br />

Nossa empreitada partiu <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> reunir em um<br />

único registro as três traduções já publicadas <strong>de</strong>sse ensaio <strong>de</strong><br />

<strong>Benjamin</strong> que se tornou um texto fundamental para a teoria<br />

da tradução no Oci<strong>de</strong>nte. No <strong>de</strong>correr <strong>do</strong>s trabalhos surgiu a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserir nesta publicação uma quarta<br />

tradução, ainda inédita. Tal tradução veio em boa hora, pois<br />

nos possibilitou uma organização <strong>do</strong>s textos que colocasse em<br />

diálogo diferentes la<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um mesmo Atlântico, posições<br />

distintas <strong>de</strong> uma mesma língua, <strong>de</strong> uma mesma questão: a<br />

tradução. Pois, antes <strong>de</strong> gerar conflitos ensur<strong>de</strong>ce<strong>do</strong>res, as<br />

tensões latentes nessas traduções possibilitam uma conversação<br />

rica e instigante.<br />

A primeira tradução é <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Fernan<strong>do</strong> Camacho<br />

e foi produzida para o Primeiro Colóquio <strong>de</strong> Escritores Latino-<br />

Americanos e Alemães, organiza<strong>do</strong> pela revista Humboldt em<br />

Berlim, no ano <strong>de</strong> 1962. O texto é um convite <strong>de</strong>safiante à<br />

leitura <strong>do</strong> ensaio original e caracteriza-se pela profundida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> suas notas, que traçam uma polêmica reflexão sobre o ato<br />

<strong>de</strong> traduzir e procuraram ser uma aplicação da “teoria da<br />

crítica”. Sua publicação ocorreu no número 40 da revista<br />

Humboldt, em 1979. Na edição <strong>de</strong>ssa tradução foram feitas as<br />

seguintes alterações: 1- atualizamos a ortografia, suprimin<strong>do</strong><br />

os acentos diferenciais; 2- substituímos a palavra amica por<br />

acima, após a nota 31 – por <strong>de</strong>dução e comparação com os<br />

<strong>de</strong>mais textos traduzi<strong>do</strong>s, percebeu-se aí um erro tipográfico;<br />

(3) acrescentamos a chamada da nota número oito no corpo<br />

<strong>do</strong> texto, já que no texto edita<strong>do</strong> pela revista Humboldt, ela<br />

não existia; (4) e inserimos a palavra outro no último<br />

parágrafo, por acharmos apropria<strong>do</strong>.<br />

O segun<strong>do</strong> texto, aqui incorpora<strong>do</strong>, foi produzi<strong>do</strong> pelo<br />

grupo <strong>de</strong> seminário <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong> em Literatura Brasileira da<br />

Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro em 1994, sob a<br />

coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> professor Karlheinz Barck. O texto foi<br />

publica<strong>do</strong> nos Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong>, edita<strong>do</strong>s pelo Programa<br />

<strong>de</strong> Pós-Graduação daquela universida<strong>de</strong>, e foi referência, até<br />

pouco tempo, para os estu<strong>do</strong>s sobre a obra <strong>de</strong> <strong>Benjamin</strong> e<br />

sobre a tradução no Brasil.<br />

Já Susana Kampff Lages, autora <strong>do</strong> livro <strong>Walter</strong><br />

<strong>Benjamin</strong>: tradução e melancolia (EDUSP, 2002), publicou sua<br />

tradução na coletânea Clássicos da teoria da tradução:<br />

alemão-português, uma edição bilíngüe, organizada em 2001<br />

por Werner Hei<strong>de</strong>rmann e publicada pelo Núcleo <strong>de</strong> Tradução<br />

da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina. Apresentan<strong>do</strong> sua<br />

tradução <strong>do</strong> ensaio sob o título “A <strong>tarefa</strong>-renúncia <strong>do</strong><br />

<strong>tradutor</strong>”, a autora procurou trazer para seu trabalho final as<br />

reflexões elaboradas em sua pesquisa em torno da questão da<br />

tradução, explicitan<strong>do</strong> no próprio título a ambigüida<strong>de</strong> da<br />

palavra Aufgabe, utilizada por <strong>Walter</strong> <strong>Benjamin</strong> no título<br />

original. Sua escritura convida os <strong>tradutor</strong>es a dar<br />

continuida<strong>de</strong> à vida das obras e ao infinito reviver das línguas.<br />

A quarta tradução, ainda inédita, é <strong>de</strong> autoria <strong>do</strong><br />

<strong>tradutor</strong>, escritor, crítico literário, e professor aposenta<strong>do</strong> da<br />

Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa, João Barrento. Este trabalho<br />

será publica<strong>do</strong> brevemente em Portugal, na edição da Obra<br />

Completa <strong>de</strong> <strong>Walter</strong> <strong>Benjamin</strong>. Sua publicação no ca<strong>de</strong>rno<br />

Viva Voz foi autorizada pelo autor a partir <strong>do</strong> contato com a<br />

Professora Lúcia Castello Branco. Aos <strong>do</strong>is, <strong>de</strong>vemos nossa<br />

gratidão por mais essa contribuição, que vem alargar as<br />

6

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