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Corpo e Hibridação na Atualidade Tecnológica - Instituto de ...

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Os aparelhos sensoriais são transladados através dos infomotores e os corpos<br />

extrapolam seus limites físicos <strong>de</strong> territorialida<strong>de</strong>. O ciberespaço forma uma re<strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

qualquer nó po<strong>de</strong> ser tanto origem como <strong>de</strong>stino da informação. Uma nova idéia <strong>de</strong><br />

território global, interconectado, foi implantada pelos computadores e as<br />

telecomunicações.<br />

“Recor<strong>de</strong>mos que, em sua origem, os computadores eram<br />

nomeados ‘cérebros eletrônicos’, símiles eletromecânicos <strong>de</strong> um<br />

órgão biológico; hoje, <strong>de</strong>screvemos os cérebros como<br />

‘computadores biológicos’ – análogos ‘<strong>na</strong>turais’ <strong>de</strong> artefatos<br />

informacio<strong>na</strong>is. Caracteriza-se com clareza, aqui, uma outra<br />

diluição <strong>de</strong> fronteiras, entre objetos ‘espontaneamente’<br />

engendrados pela Natureza e objetos ‘intencio<strong>na</strong>lmente’<br />

produzidos pelo engenho e arte da cultura huma<strong>na</strong>. Não, não<br />

sabemos o que po<strong>de</strong>rão os corpos...” (Oliveira, 2002:206/207).<br />

Cyborgs, clones, andrói<strong>de</strong>s parecem ser a realida<strong>de</strong> que está sendo construída.<br />

Realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que não po<strong>de</strong>mos escapar com riscos inerentes aos avanços tecnológicos<br />

ou mera utopia? Para Sfez (1996), trata-se <strong>de</strong> uma utopia, mas ele nos diz que não<br />

<strong>de</strong>vemos ficar paralisados. Para Stelarc (In Tucherman, 1999), uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

“humano” em contínua transformação. Para Don<strong>na</strong> Haraway, o ciborgue faz com que<br />

tenhamos contato com um mundo que parecia ter um caráter estranho, porém sempre<br />

esteve aí, mas ajudado pela velocida<strong>de</strong> dos acontecimentos inva<strong>de</strong> a esfera do que<br />

<strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>mos <strong>de</strong> “humano”. O ciborgue nos faz refletir sobre novas possibilida<strong>de</strong>s<br />

resultantes da interação com as biotecnologias. “Ser humano”, <strong>na</strong> atualida<strong>de</strong>, parece ser<br />

indissociável da tecnologia. Trata-se, aqui,<br />

“(...) da aposta <strong>de</strong> que, no acoplamento sócio-técnico, não parece<br />

fazer mais sentido a pergunta acerca do ape<strong>na</strong>s humano – ou do<br />

ape<strong>na</strong>s tecnológico – mas antes do que é capaz essa configuração<br />

híbrida” (Pedro, 2003:168).

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