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Revista 05 - Wiki do IF-SC

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Energia<br />

Atual<br />

F.3 Placa multilayer X Placa de 2 layers.<br />

mas relaciona<strong>do</strong>s a cabos e conectores<br />

são a maior razão para falhas<br />

em testes de emissão irradiada. Você<br />

deve considerar cabos e conectores<br />

conjuntamente, como um sistema, e<br />

não como componentes individuais.<br />

Acima de 10 MHz, deve-se usar<br />

blindagens e conectores de alta qualidade<br />

(não esqueça de considerar as<br />

harmônicas que podem estar acima<br />

de 10 MHz). No caso de cabos,<br />

recomenda-se utilizar blindagens <strong>do</strong><br />

tipo “malha sobre folha”. Quanto aos<br />

conectores, deve-se prover uma cobertura<br />

de 360 . Toda conexão deve ser a<br />

prova de “vazamentos” de RF: blindagem<br />

ao conector, conector a conector,<br />

e conector ao chassis. Não use conexões<br />

através de fio entre blindagem<br />

e conector ou chassis, pois tais fios<br />

apresentam alta indutância em alta<br />

freqüência.<br />

Se você não puder blindar, então<br />

filtre. Pequenos filtros de alta freqüência,<br />

feitos de ferrites ou capacitores<br />

de bypass, funcionam bem. Mantenha<br />

seus terminais curtos e conecte capacitores<br />

de bypass diretamente ao terra<br />

<strong>do</strong> sinal (não no terra <strong>do</strong> chassis - ver<br />

seção abaixo, sobre aterramento de<br />

RF).<br />

Não se esqueça <strong>do</strong>s cabos internos,<br />

que atuam como antenas indesejáveis.<br />

Tenha cuida<strong>do</strong> na rota destes<br />

cabos, manten<strong>do</strong>-os longe de ranhuras<br />

e fendas <strong>do</strong> chassis.<br />

Aterramento de RF<br />

A indutância é o grande vilão <strong>do</strong><br />

aterramento de RF. Geralmente, os<br />

projetistas se preocupam com a resistência<br />

<strong>do</strong> aterramento, e esquecem<br />

da indutância. Os efeitos indutivos em<br />

geral prevalecem sobre os resistivos<br />

em quase toda a banda de freqüência,<br />

tipicamente acima de 10 kHz. Como<br />

regra geral, um condutor de seção circular<br />

tem indutância própria de aproximadamente<br />

10 nH/cm. Por exemplo,<br />

na faixa de 100 MHz, um condutor<br />

AWG 12 com 10 cm tem reatância<br />

indutiva de 50 Ω e resistência da<br />

ordem de poucos mΩ. Empregar tiras<br />

metálicas ao invés de fios é bastante<br />

eficiente para reduzir a indutância,<br />

mas a relação de aspecto é importante<br />

(recomenda-se uma relação de<br />

3:1 entre comprimento e largura).<br />

Onde você aterra é tão importante<br />

quanto como aterra. Ao lidar com<br />

aterramento de RF contra emissões,<br />

geralmente utiliza-se o terra de sinal<br />

para que o ruí<strong>do</strong> volte para sua fonte,<br />

ao invés de ser encaminha<strong>do</strong> para o<br />

cabo e chassis. Portanto, se empregar<br />

filtros, estes também deverão ser aterra<strong>do</strong>s<br />

no terra <strong>do</strong> sinal. Esta situação<br />

é diferente quan<strong>do</strong> estamos preocupa<strong>do</strong>s<br />

com imunidade a RF, pois<br />

neste caso aterramos no terra <strong>do</strong><br />

chassi. Quan<strong>do</strong> nos preocupamos<br />

tanto com emissões quanto com imunidade,<br />

podem ser necessários <strong>do</strong>is<br />

filtros, um aterra<strong>do</strong> no terra <strong>do</strong> sinal<br />

(emissões) e outro no terra <strong>do</strong> chassis<br />

(imunidade).<br />

Correntes de mo<strong>do</strong> comum no<br />

terra <strong>do</strong> circuito podem contribuir para<br />

emissões. Neste caso, é interessante<br />

fazer uma conexão sólida entre o terra<br />

<strong>do</strong> circuito e o terra <strong>do</strong> chassis (assumin<strong>do</strong><br />

chassis metálico), na área <strong>do</strong>s<br />

conectores de entrada e saída. Ou<br />

ainda melhor, aterre sua placa de alta<br />

velocidade em múltiplos pontos, através<br />

de conexões largas, grossas e<br />

curtas (baixa indutância).<br />

Blindagem de RF<br />

A maior parte <strong>do</strong>s sistemas de<br />

alta velocidade precisa de alguma<br />

blindagem para controlar emissões.<br />

Embora os valores exatos variem de<br />

sistema para sistema, alguns valores<br />

típicos para equipamentos atuais são<br />

os seguintes:<br />

• equipamentos comerciais: 30 a 60<br />

dB (atenuação de 30 a 1000 vezes)<br />

• equipamentos militares: 60 a<br />

90 dB (atenuação de 1000 a 30000<br />

vezes)<br />

• situações especiais: 90 a 120<br />

dB (atenuação de 30000 a 1000000<br />

vezes)<br />

Geralmente, 120 dB é um limite<br />

máximo atingível para a maior parte<br />

<strong>do</strong>s chassis. Muitas vezes, coberturas<br />

finas de metal garantem bons<br />

níveis de blindagem entre 10 kHz e<br />

10 GHz. Folhas de alumínio provêem<br />

no mínimo 90 dB nesta faixa de freqüência.<br />

Entretanto, estas coberturas<br />

finas não são efetivas contra campos<br />

magnéticos de baixa freqüência, tais<br />

como aqueles gera<strong>do</strong>s por um circuito<br />

de deflexão magnética. Neste caso,<br />

são necessários aço ou outros materiais<br />

ferrosos, com maior espessura.<br />

Geralmente, isto não é um problema<br />

acima de 20 kHz. Emissões de baixa<br />

freqüência não são pontos de interesse<br />

para equipamentos comerciais,<br />

mas podem ser vantajosas para alguns<br />

equipamentos militares.<br />

Ranhuras e fendas liquidam com<br />

a blindagem. Estas descontinuidades<br />

agem como antenas indesejáveis, e<br />

reirradiam energia de alta freqüência.<br />

Por isso, deve-se manter cabos internos<br />

longe de tais fendas. Ademais, é a<br />

maior dimensão da fenda que importa,<br />

e não sua área. Deve-se manter estas<br />

fendas com dimensão abaixo de 1/20<br />

<strong>do</strong> menor comprimento de onda de<br />

interesse, isto é, da maior freqüência<br />

gerada (não esquecen<strong>do</strong> das harmônicas).<br />

Cabos de entrada e saída que<br />

penetram no sistema, se não forem filtra<strong>do</strong>s,<br />

também liquidam com a blindagem.<br />

To<strong>do</strong>s devem ser ou aterra<strong>do</strong>s<br />

no chassis, ou filtra<strong>do</strong>s com filtros<br />

de alta freqüência. Obviamente, não<br />

é possível aterrar cabos de sinal ou<br />

energia, mas sim filtrá-los.<br />

Bibliografia<br />

CONCLUSÃO<br />

Este quarto artigo da série sobre<br />

EMC/EMI abor<strong>do</strong>u problemas de<br />

emissões de RFI, suas causas e<br />

maneiras de contorná-los. Artigos<br />

subseqüentes desta série prosseguirão<br />

abrangen<strong>do</strong> tópicos relaciona<strong>do</strong>s<br />

como componentes, blindagem e aterramento.<br />

- Daryl Gerke e Bill Kimmel<br />

EDN: The Designer’s Guide to<br />

Electromagnetic Compatilibity<br />

Kimmel Gerke Associates Ltd.<br />

*Osmar Brune é projetista de produtos e sistemas<br />

da Altus Sistemas de Informática.<br />

Mecatrônica Atual nº11 - Agosto - 2003<br />

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