PNM-2030 - Ministério de Minas e Energia
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Previsão <strong>de</strong> Demanda, Investimentos e Recursos Humanos<br />
Compreen<strong>de</strong>ndo um amplo mercado, a oferta <strong>de</strong> minerais <strong>de</strong> fosfato e potássio,<br />
no mundo e no Brasil, é realizada por um reduzido número <strong>de</strong> países e empresas que<br />
produzem, a partir <strong>de</strong> minerais beneficiados, componentes intermediários e produtos<br />
finais, fertilizantes contendo os macronutrientes NPK. A oferta nacional é insuficiente<br />
para o atendimento da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>sses nutrientes, a qual é satisfeita por importações,<br />
crescentes nos últimos anos.<br />
O consumo <strong>de</strong> calcário agrícola <strong>de</strong>verá crescer mais que os <strong>de</strong>mais agrominerais,<br />
tendo-se em conta a utilização <strong>de</strong> menos da meta<strong>de</strong> do que seria recomendável para a<br />
correção da aci<strong>de</strong>z dos diversos tipos <strong>de</strong> solo do País. No caso do enxofre, a produção<br />
brasileira continuará insuficiente para o atendimento das necessida<strong>de</strong>s da ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />
<strong>de</strong> fertilizantes e <strong>de</strong> outros usos.<br />
A produção <strong>de</strong> potássio, em 2015, tem como base os projetos <strong>de</strong> expansão da<br />
capacida<strong>de</strong> produtiva da empresa Vale, em Sergipe. A projeção da <strong>de</strong>pendência<br />
externa <strong>de</strong> potássio aponta para sua diminuição significativa, em comparação ao patamar<br />
atual <strong>de</strong> 91%. Assim, a <strong>de</strong>pendência do exterior cairá para 65%, em 2015, e<br />
se manterá assim, com a premissa <strong>de</strong> que a produção cresça em torno <strong>de</strong> 5% ao ano.<br />
A produção <strong>de</strong> potássio em Nova Olinda (AM), cujo ativo mineral pertence à Petrobrás,<br />
encontra-se em avaliação.<br />
Quanto ao fosfato, o consumo aparente se refere ao <strong>de</strong> rocha fosfática. A produção<br />
<strong>de</strong> 2015 <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> projetos anunciados. Assim, a <strong>de</strong>pendência externa <strong>de</strong> fosfato para<br />
complementar a necessida<strong>de</strong> das plantas <strong>de</strong> transformação química em fertilizantes<br />
cairá dos atuais 20% para 13%, em 2015. Espera-se que novos projetos e expansões levem<br />
a uma gradual diminuição da <strong>de</strong>pendência externa, alcançando a autossuficência.<br />
Destaca-se que a empresa Vale implementa projetos <strong>de</strong> potássio na Argentina e<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong> fosfato no Peru, com exportação, segundo informações dos dirigentes da empresa,<br />
voltada para o mercado brasileiro.<br />
Para alguns produtos da transformação <strong>de</strong> não-metálicos, a Tabela 4.9 apresenta<br />
a projeção <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda interna e externa para os anos 2015, 2022 e <strong>2030</strong>.<br />
Em relação ao cimento, em 2008, o Brasil ocupava a 12ª posição como produtor<br />
mundial, com oferta <strong>de</strong> 52 Mt, representando 83% da capacida<strong>de</strong> instalada da or<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong> 63 Mt. O consumo aparente foi <strong>de</strong> 51 Mt e, nos últimos cinco anos a taxa média<br />
anual <strong>de</strong> crescimento observada foi <strong>de</strong> 6,7%. A expectativa para o aumento do consumo<br />
interno é bastante favorável em face dos investimentos que têm sido realizados<br />
pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral em projetos <strong>de</strong> infraestrutura e da ampliação da indústria da<br />
construção civil na área habitacional. Os valores projetados para a <strong>de</strong>manda para os<br />
próximos anos <strong>de</strong>vem aumentar a uma taxa média anual <strong>de</strong> 5,6% ao ano, até 2022.<br />
Após 2023, prevê-se que a taxa <strong>de</strong> crescimento do consumo seja menor, 4,6% ao ano,<br />
apontando para um consumo <strong>de</strong> cimento em <strong>2030</strong> <strong>de</strong> 157 Mt, correspon<strong>de</strong>ndo a um<br />
consumo per capita <strong>de</strong> 700 kg. Algumas empresas brasileiras estão adqurindo fábricas<br />
<strong>de</strong> cimento no exterior (Votorantim e Camargo Correa), e com planos <strong>de</strong> expansão,<br />
razão pela qual não se prevê incremento significativo das exportações brasileiras.<br />
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