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PNM-2030 - Ministério de Minas e Energia

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Plano Nacional <strong>de</strong> Mineração (<strong>PNM</strong>-<strong>2030</strong>)<br />

O faturamento do setor si<strong>de</strong>rúrgico, em 2008, foi <strong>de</strong> US$ 43 bilhões, com taxa<br />

<strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 35% em relação ao ano anterior. Nos anos recentes, no Brasil e<br />

no mundo, as si<strong>de</strong>rúrgicas têm adquirido minas <strong>de</strong> minério <strong>de</strong> ferro com o objetivo<br />

<strong>de</strong> alcançar a autossuficiência e, em <strong>de</strong>corrência, evitar o impacto nos custos <strong>de</strong>vido<br />

a aumentos dos preços do minério.<br />

A produção brasileira <strong>de</strong> ferro-gusa, em 2008, foi <strong>de</strong> 34,8 Mt. As usinas<br />

integradas produziram 26,5 Mt (76%) e os guseiros in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, 8,3 Mt. A<br />

capacida<strong>de</strong> instalada para os produtores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes é <strong>de</strong> 10 Mt ao ano. No<br />

Brasil há dois pólos consolidados <strong>de</strong> produção do gusa, o <strong>de</strong> Carajás (PA e MA)<br />

e o <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> Gerais. Atualmente, Brasil, Rússia e Ucrânia são os principais países<br />

produtores-exportadores. O ano <strong>de</strong> 2009, em função da crise global, teve um<br />

impacto negativo nas exportações <strong>de</strong> gusa, em que os EUA são principal cliente<br />

externo, e a produção brasileira caiu <strong>de</strong> 8,3 Mt para 4,3 Mt.<br />

As ferro-ligas são compostas pelo ferro com adição <strong>de</strong> elementos metálicos, como<br />

manganês, silício, níquel e nióbio, entre outros. São insumos importantes para a indústria<br />

si<strong>de</strong>rúrgica. O parque brasileiro é composto por 18 empresas, cuja oferta <strong>de</strong> algumas<br />

ferro-ligas especiais <strong>de</strong> baixo consumo é suficiente para o abastecimento do mercado<br />

interno e a exportação. O setor é tradicional fornecedor no mercado internacional, com<br />

a média histórica da exportação <strong>de</strong> 30% da produção. É estratégico para o setor manter<br />

esse percentual <strong>de</strong> produção para venda nos mercados internacionais conquistados<br />

nos últimos 40 anos. Os principais países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino das exportações foram o Japão, os<br />

Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha.<br />

O minério <strong>de</strong> manganês é insumo fundamental para a indústria si<strong>de</strong>rúrgica que,<br />

em 2008, utilizou 85% da produção interna <strong>de</strong>sse bem mineral. A produção mundial,<br />

em 2008, foi <strong>de</strong> 14 Mt e a produção brasileira se mantém em 2º lugar no ranking<br />

mundial <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001, com produção, em 2008, <strong>de</strong> 3,2 Mt, com aumento <strong>de</strong> 28% em<br />

relação a 2007. As ferro-ligas à base <strong>de</strong> manganês representam o maior volume <strong>de</strong><br />

produção entre as ferro-ligas nacionais com 388 kt, em 2008. A Vale respon<strong>de</strong> por<br />

cerca <strong>de</strong> 80% da produção nacional <strong>de</strong> manganês, seguida pela Mineração Butirama.<br />

As exportações brasileiras <strong>de</strong> manganês, em 2008, foram <strong>de</strong> 2,0 Mt com taxa média<br />

<strong>de</strong> crescimento anual <strong>de</strong> 10,7%, entre 2000 e 2008. O consumo aparente nacional<br />

evoluiu à taxa <strong>de</strong> 5,9% ao ano, revelando assimetria entre as dinâmicas dos mercados<br />

interno e externo.<br />

Em relação ao nióbio, a posição do Brasil no contexto internacional é marcante,<br />

com o País respon<strong>de</strong>ndo por 98% da produção mundial. A taxa média anual <strong>de</strong> crescimento<br />

da produção, entre 2000 e 2008, foi <strong>de</strong> 6% (Figura 1.25). O total da produção<br />

no Brasil é utilizada integralmente pela Companhia Brasileira <strong>de</strong> Metalurgia e<br />

Mineração - CBMM (MG), Mineração Catalão <strong>de</strong> Goiás (GO) (Anglo American)<br />

e, em menor escala, a Mineração Taboca (AM), que operam <strong>de</strong> forma integrada,<br />

utilizando o concentrado para a produção da liga ferro-nióbio, outras ligas e o óxido<br />

<strong>de</strong> nióbio. Não há comercialização do minério bruto ou concentrado (pirocloro) no<br />

mercado interno ou externo. As reservas <strong>de</strong> nióbio no Brasil estão localizadas nos<br />

estados <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> Gerais, Amazonas e Goiás. Em 2008, a cotação da liga <strong>de</strong> ferro-<br />

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