Contexto Mundial e o Setor Mineral em 2008 2 . A queda verificada nas últimas décadas <strong>de</strong>ve ser vista, em parte, como um fenômeno natural que ocorre quando as economias crescem e se diversificam, como tem acontecido com a economia brasileira. Tabela 1.4 Participação do Setor Mineral no PIB do Brasil 1970 – 2008 em % Segmento da indústria Taxa média anual <strong>de</strong> Anos crescimento por década 1970 1980 1990 2000 2005 2008 70’ 80’ 90’ 2000’ Mineração (1) 0,8 0,8 0,6 0,6 0,8 1,1 8% -1% 0% 10% Transformação (2) 5,1 5,4 4,1 2,6 3,4 3,1 8% 1% 0% 2% não-metálicos 1,6 1,8 1,3 0,7 0,6 0,7 9% -1% -3% 3% metalurgia 3,5 3,6 2,8 1,9 2,8 2,4 8% -1% -1% 6% Total (1+2) 5,9 6,4 4,7 3,2 4,2 4,2 PIB Brasil 7,7% 2,0% 2,1% 3,2% Fonte: Balanço Energético Nacional, 2010, EPE/MME. Nota: o cálculo da taxa média anual para os anos 2000 refere-se ao período 2000-2008. No período <strong>de</strong> 1980 a 1990, as taxas médias anuais <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> todos os segmentos do setor mineral apresentaram <strong>de</strong>sempenho inferior à dinâmica do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, inclusive, taxas negativas. Os anos 2000 marcaram uma inflexão nessa trajetória. O segmento da mineração é o mais dinâmico nessa nova etapa, com crescimento médio anual <strong>de</strong> 10%, principalmente <strong>de</strong>vido à intensida<strong>de</strong> das exportações. A transformação mineral <strong>de</strong> metálicos, também com viés exportador, cresceu 6% na década. Na transformação <strong>de</strong> não-metálicos a taxa foi <strong>de</strong> apenas 3%, uma vez que esse crescimento está vinculado à evolução da economia brasileira, que cresceu 3,2% nesta década. Em 2008, o PIB do setor mineral atingiu o valor <strong>de</strong> US$ 69 bilhões, com participação <strong>de</strong> 4,2% no PIB nacional, sendo 1,1% referente à mineração e 3,1% à transformação mineral (Figura 1.3). Tomando-se como referência o PIB industrial, a participação conjunta da mineração e da transformação mineral atingiu 14%. Figura 1.3 PIB nacional e PIB da indústria mineral em 2008 Fonte: Balanço Energético Nacional, 2010, EPE/MME [US$ <strong>de</strong> 2009]. 2. Em 2009, o crescimento do PIB do setor mineral recuou a 3,1% e o PIB nacional <strong>de</strong>cresceu 0,6%, sendo um ano atípico em função da crise financeira global <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008. 9
Plano Nacional <strong>de</strong> Mineração (<strong>PNM</strong>-<strong>2030</strong>) Outro indicador importante é o valor da produção mineral (VPM) que, na segunda meta<strong>de</strong> da década <strong>de</strong> 1990, <strong>de</strong>clinou até alcançar o piso <strong>de</strong> US$ 7 bilhões, em 1999 (Figura 1.4). A partir daí passou por um período <strong>de</strong> estagnação, até 2004, quando passou a crescer expressivamente, atingindo US$ 26 bilhões, em 2008. A transformação mineral <strong>de</strong> metálicos, embora em menor intensida<strong>de</strong>, apresentou a mesma trajetória. Figura 1.4 Valor da produção da mineração, metalurgia e não-metálicos (1995– 2009) Fontes: Sinopse SGM-DNPM, AMB/DNPM, Anuários Estatísticos do Setor Metalúrgico e <strong>de</strong> Não-metálicos. O bom <strong>de</strong>sempenho da mineração e da metalurgia, entre 2007 e 2008, é resultante da alta dos preços dos bens minerais. A evolução do índice <strong>de</strong> preços dos metais da London Metal Exchange (LME) é bem ilustrativa <strong>de</strong>ssa situação (Figura 1.5). Figura 1.5 Evolução do índice <strong>de</strong> cotação <strong>de</strong> metais (1984 – 2010) Fontes: http://www.lme.com/lmex_historical.asp e http://www.lme.com/lmex_pricecurve.asp Obs.:Metais da LME: alumínio, chumbo, cobre, estanho, níquel e zinco. 10