Orientação Educacional / Educação a Distância - Appai
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Ciências<br />
Cientistas<br />
do Amanhã<br />
O<br />
As ciências a serviço de um futuro melhor<br />
Cláudia Sanches<br />
A<br />
aluna Tatiane e seu grupo, do 5º ano,<br />
observam ovos de artêmias – espécie de<br />
crustáceo comum na Região dos Lagos –<br />
através de uma lupa. De um outro lado<br />
um jipe analisa os ovos em eclosão. À frente, em um<br />
pequeno tanque, outra aluna, com uma lâmina escovada,<br />
observa através de um microscópio a espécie<br />
na sua fase adulta. Na sequência as equipes descrevem,<br />
de forma criativa, as fases do desenvolvimento<br />
do animal. Essa não é uma aula de laboratório. O<br />
objetivo maior do estudo com as artêmias é o de<br />
falar sobre o mosquito da dengue – atualmente um<br />
problema dessa e de outras comunidades –, cujo<br />
desenvolvimento se dá da mesma forma.<br />
A atividade em sala de aula faz parte do subprojeto<br />
Cientistas do Amanhã, do projeto Ciências e Tecnologia<br />
com Criatividade – CTC, realizado há um ano com as<br />
turmas do Ciep Posseiro Mário Vaz, localizado em Guaratiba,<br />
zona oeste do Rio. A atividade é uma iniciativa<br />
da Secretaria Municipal de <strong>Educação</strong> (SME) em parceria<br />
com o Instituto Sangari, ONG responsável pelo fornecimento<br />
do material didático e pela metodologia de ensino.<br />
trabalho da SME com o Sangari é realizado em 150<br />
escolas nas quais o Ideb – Índice de Desenvolvimento<br />
de <strong>Educação</strong> Básica – é considerado alto.<br />
Segundo o professor do 5º ano Vagner Lúcio de<br />
Lima, a proposta dos experimentos é desenvolver nas<br />
crianças a sensibilidade para a pesquisa e observação<br />
para que apliquem esses conhecimentos à realidade<br />
social. Para promover a interdisciplinaridade, explica<br />
o professor, o projeto não apresenta as áreas do conhecimento<br />
de forma isolada. “Os pequenos cientistas<br />
acompanham e registram os fatos e fazem relação com<br />
as outras ciências. Com muita criatividade, passam para<br />
a construção das teorias e interagem com conceitos de<br />
outras disciplinas”. A aluna Júlia, na semana do folclore,<br />
aproveitou os conhecimentos adquiridos e criou uma<br />
paródia com a música “O cravo brigou com a rosa”.<br />
A manipulação de pele de animais foi um dos trabalhos<br />
que muito mobilizou a turma. Cada grupo recebeu<br />
amostras de pelos de carneiro, rã, cobra, tilápia, cavalo,<br />
entre outras espécies. A primeira fase era observar a<br />
textura e cheiros diferentes. “Adoramos passar a pele<br />
dos bichos no nosso rosto”, brincou a aluna Glória Maria,<br />
gerente de equipe. A ideia era entender um pouco<br />
sobre a função do pelo, de como protege e aquece os<br />
animais. “Como todas as tarefas estão relacionadas<br />
aos conteúdos programáticos eles também estudaram<br />
a pele dos seres humanos”, lembra o professor.<br />
De livro na mão, Iasmin Samara e seu grupo procuram<br />
responder por que as abelhas constroem suas<br />
20 Revista <strong>Appai</strong> Educar