Orientação Educacional / Educação a Distância - Appai

Estudantes seguem em cortejo para
apresentação em homenagem à
cultura afro-brasileira
real de tradição afro-brasileira surgido
em meados do século XVIII,
que simboliza, entre outras coisas,
a coroação dos reis do Congo. O
Maracatu foi uma das maneiras
que os negros trazidos da África
encontraram para manter suas
origens religiosas.
Foram meses de aulas e ensaios
para que os alunos dessem um
mergulho profundo nessa manifestação
cultural e apreendessem
todos os seus aspectos. E a escolha
do local e da data para a
apresentação também
estava cercada de simbolismo:
20 de novembro,
aniversário da
morte de Zumbi
dos Palmares.
O local: Praça
Onze, aos pés
da imagem do
líder de origem
africana,
que criou o
maior símbolo
de resistência
à escravidão
no país, o Quilombo
de Palmares.
A professora de
história Nilza Portela
explica por que
escolheu o Maracatu
para ensinar os
alunos sobre o Dia da
Consciência Negra: “O Maracatu
é um símbolo de resistência dos
negros de Angola à dominação
portuguesa e, consequentemente,
à escravidão. Representa o encontro
de culturas distintas e também
a alegria de celebrar a vida”.
Foi uma atividade interdisciplinar
que reuniu em torno de um
mesmo assunto as disciplinas de
História, Artes e Educação Física.
Cada professor abordou um aspecto
dessa manifestação, como a
música, a dança e o contexto histórico.
Para o professor Marciano
Silva “a interdisciplinaridade acaba
construindo uma abertura para
apresentar aos alunos diversas
manifestações culturais e ajuda
a desenvolver a socialização e a
disciplina”, afirma.
Enquanto aguardavam
para apresentar
o cortejo,
os alunos puderam
perceber a importância
da data para
o povo brasileiro.
Um exemplo disso
foi a presença
de diversos líderes
de Estado na cerimônia.
Entre eles
estavam o ministro
Elói Ferreira, da
Secretaria Especial
de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial, e Benedita da
Silva, atual secretária de estado
de assistência social e direitos humanos.
O ministro Elói ressaltou a
preocupação do governo em tentar
reparar parte dos danos causados
à população negra. “No dia 13 de
maio de 1888, mais de um milhão
de escravos foram libertos, mas
isso não foi suficiente. Por isso,
não paramos e recentemente foi
sancionado pelo presidente Lula o
Estatuto da Igualdade Racial, lei
esta que fará com que nos seja
permitido reparar tantos anos de
preconceito e de falta de políticas
públicas”, disse o ministro.
Depois da apresentação, a escola
recebeu a placa comemorativa
Zumbi 2010, que homenageia todas
as pessoas que trabalham em
prol da preservação e valorização
do negro no Brasil.
Escola Técnica Estadual República
Rua Clarimundo de Melo, 847
– Quintino Bocaiúva – Rio de Janeiro/RJ
CEP: 21311-280
Tel.: (21) 2299-1858
Professora: Nilza Portela
Fotos: Tony Carvalho
Representantes do Governo participaram
do evento e reafirmaram a importância das
comemorações do Dia da Consciência Negra
Revista Appai Educar 5