Orientação Educacional / Educação a Distância - Appai
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mas sim a intenção de ensinar:<br />
fazer todo o possível para que<br />
esse objetivo seja alcançado. Meier<br />
explica: “O professor tem uma<br />
postura diferente, ele interage<br />
mais, provoca mais, acompanha<br />
o aluno, e isso faz uma diferença<br />
para a aprendizagem”. E a reciprocidade<br />
É o que fazer com o aluno<br />
para conquistar sua atenção, sua<br />
vontade de aprender.<br />
Mas não basta o estudante querer<br />
aprender: ele também precisa<br />
acreditar que pode evoluir. “Se eu<br />
agir com o aluno como se a modificabilidade<br />
não fosse possível,<br />
então eu olho para o aluno e digo:<br />
“Ah! Isso aí não vai dar certo, esse<br />
não vai conseguir”, eu o abandono.<br />
Mas se invento tecnologias novas,<br />
metodologias inovadoras, faço a<br />
diferença na vida do meu aluno,<br />
desde que eu acredite que as pessoas<br />
são modificáveis”, explica o<br />
psicólogo.<br />
Aprendizagem<br />
significativa<br />
“Professor, para que serve<br />
isso” Hoje em dia, é cada vez<br />
mais comum os docentes ouvirem<br />
esta frase em sala de aula.<br />
Segundo Meier, um dos principais<br />
erros dos docentes é justamente<br />
não conseguirem fazer a ligação<br />
do conteúdo curricular com o dia a<br />
dia, com a sociedade e muito menos<br />
com outras áreas do conhecimento.<br />
Um exemplo é o professor<br />
de Matemática do primeiro ano do<br />
Ensino Médio não interligar seu<br />
conhecimento com o docente de<br />
Física do mesmo ano. “Se o professor<br />
de Matemática conversasse<br />
com o de Física, um poderia usar<br />
o exemplo do outro em sua aula e<br />
já haveria uma pequena interligação,<br />
pequena, mas haveria. Agora,<br />
imagina a falta de integração com<br />
a História, a Ciência, a tecnologia.<br />
Não há relação e o aluno tem uma<br />
percepção frágil e errada dos conhecimentos<br />
que está aprendendo,<br />
acha que não vai servir para nada”,<br />
analisa.<br />
A aprendizagem significativa<br />
seria o passo inicial para que, no<br />
futuro, o aluno tenha prazer em<br />
aprender. “Hoje já se sabe que o<br />
estudante aprende melhor aquilo<br />
Durante uma ano e meio, Tania zagury entrevistou 2 mil professores em 42 cidades, de 22 estados<br />
– eram docentes da rede pública e particular de ensino, que atendiam alunos do ensino<br />
fundamental e ensino médio. A pesquisa revelou quais eram os recursos audiovisuais mais utilizados<br />
pelos professores. Confira:<br />
ª 65% usavam cartazes, mural e jornal<br />
ª 32% usavam computador<br />
ª 21% usavam filmes<br />
ª 17% usavam televisão<br />
ª 7% usavam álbum seriado<br />
ª 6% usavam transparência/retroprojetor<br />
ª 2% usavam slides<br />
Fonte pesquisa “Porque fracassa o ensino no Brasil: O olhar do docente que atua nas salas de aulas brasileiras”.<br />
que vivencia. Então, tudo o que<br />
você (professor) puder trazer da<br />
vida na sociedade, de casos que<br />
acontecem no dia a dia, é um fator<br />
potencialmente motivador. O<br />
aluno aprende porque sente que<br />
aquilo vai ter utilidade para ele.<br />
Depois, se conseguirmos ir além,<br />
chegaremos nesse momento em<br />
que o saber não ocupa espaço,<br />
que é você não se questionar,<br />
não se importar e nem questionar:<br />
“Para que eu aprendo isso”,<br />
explica a consultora Tania, que<br />
também é conferencista na área<br />
de <strong>Educação</strong>.<br />
Feedback<br />
Os especialistas ressaltam que<br />
outro aspecto para uma boa interação<br />
entre professor e aluno é<br />
o retorno, de preferência o mais<br />
breve possível. Na opinião do<br />
professor de Matemática, a avaliação<br />
de final de processo, que<br />
não permite que o aluno tenha<br />
um feedback sobre si mesmo, não<br />
ajuda, mas a continua em que a<br />
cada momento o docente está<br />
avaliando, interagindo, mostrando<br />
para o aluno onde ele não aprendeu<br />
e onde ele precisa aprofundar,<br />
é aquela que vale a pena.<br />
Para uma prova objetiva, que<br />
tenha um gabarito fácil e que<br />
possa ser corrigida rapidamente,<br />
o ideal é que o docente apresente<br />
o resultado na aula seguinte – ou<br />
no máximo duas aulas depois. “Se<br />
o educador dá a prova e leva três<br />
semanas para trazer a nota, ele<br />
perde o que aquela prova poderia<br />
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