12.03.2015 Views

causa operária - PCO

causa operária - PCO

causa operária - PCO

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

21 DE SETEMBRO DE 2008 CAUSA OPERÁRIA POLÍTICA 10<br />

GOVERNO LULA E CASSOL MAIS ATAQUES DOS LATIFUNDIÁRIOS<br />

Camponeses são torturados e presos<br />

em União Bandeirantes, Rondônia<br />

No dia 9 de setembro 30 famílias localizadas no<br />

acampamento de Nova Conquista foram atacados<br />

violentamente por pistoleiros e 30 policiais Camponeses<br />

foram torturados diante de suas famílias por horas e foram<br />

presos<br />

No dia 9 de setembro, mais<br />

um ataque foi desferido pelos<br />

latifundiários e pelo governo<br />

do estado de Rondônia, Ivo<br />

Cassol contra os sem-terra.<br />

Cerca de 30 famílias de<br />

sem-terra do acampamento<br />

União Bandeirantes foram atacados<br />

por 30 policiais e jagunços<br />

que chegaram no acampamento<br />

atirando contra os semterra,<br />

depois que no dia 8 de<br />

setembro, segunda-feira, as<br />

famílias haviam retomado a<br />

área. Aos gritos de “vamos<br />

matar todos”, “bandidos” e<br />

“vagabundos”, a polícia obrigou<br />

os trabalhadores a sentar<br />

no chão, espancou-os e tirou<br />

fotos do rosto de cada um<br />

apontando armas para suas<br />

cabeças.<br />

Os policiais roubaram ferramentas,<br />

alimentos e outros<br />

pertences dos camponeses,<br />

como remédio e roupas.<br />

Quando não roubavam, jogavam<br />

os utensílios no chão e<br />

quebravam estes.<br />

Os policiais ameaçavam a<br />

RONDÔNIA<br />

Pela imediata libertação dos presos<br />

políticos da luta pela terra!<br />

todo o tempo de morte e um<br />

dos comandantes da operação,<br />

cabo Isaac, dizia que estava<br />

disposto a defender as terras<br />

para os fazendeiros mesmo<br />

ESTE É O GOVERNO LULA E DOS<br />

LATIFUNDIÁRIOS<br />

Camponês idoso é torturado,<br />

preso e mantido acorrentado<br />

pela polícia em hospital<br />

No dia 9 de setembro, a Polícia<br />

Militar despejou e torturou<br />

camponeses do Acampa-<br />

A polícia de Rondônia, a<br />

mando do governo do estado<br />

de Ivo Cassol atacou e prendeu<br />

sete trabalhadores semterra<br />

do acampamento Nova<br />

Conquista depois de uma série<br />

de torturas.<br />

Sete trabalhadores entre homens<br />

e mulheres foram levados<br />

para o cadeião de Urso<br />

Branco, simplesmente por defenderem<br />

uma terra para plantar<br />

e sustentar suas famílias.<br />

As terras da União foram<br />

griladas e são de interesse do<br />

maior latifundiário da região e<br />

um dos maiores de Rondônia,<br />

Sebastião Conti Neto, por<br />

meio de atividade de grilagem<br />

de Luiz Dipar.<br />

O governo de Ivo Cassol<br />

prendeu nos últimos anos dezenas<br />

de sem-terra e suas lideranças<br />

em Rondônia. Há casos<br />

de trabalhadores que foram<br />

presos sem quaisquer acusações,<br />

como Wenderson Francisco<br />

dos Santos, o “Russo”,<br />

que permaneceu por quatro<br />

anos preso, os últimos anos no<br />

presídio de Urso Branco em<br />

Porto Velho, onde sofreu todos<br />

os tipos de tortura, sem<br />

sequer ser julgado, tendo sido<br />

libertado há dois anos.<br />

Há uma ofensiva impulsionada<br />

pelos latifundiários nacionalmente<br />

para dissolver o<br />

movimento dos sem-terra, inclusive<br />

aqueles dirigidos por<br />

direções lulistas, que procuram<br />

ao máximo frear a luta dos trabalhadores.<br />

É o caso do MST<br />

no Rio Grande do Sul que vem<br />

Imagens do acampamento Nova Conquista, em União<br />

Bandeirantes, registradas em abril deste ano pela equipe do<br />

Causa Operária. Na imagem os sem-terra se encapuzam na<br />

chegada da polícia.<br />

mento Nova<br />

Conquista, em<br />

União Bandeirantes,<br />

Rondônia.<br />

Dez camponeses<br />

foram<br />

presos e torturados<br />

na sede da<br />

fazenda Mutum,<br />

um deles é<br />

Gerolino Nogueira<br />

de Souza,<br />

de 56 anos<br />

Depois de, no<br />

dia 9 de setembro,<br />

a Polícia<br />

Militar ter torturado<br />

e prendido camponeses<br />

em União Bandeirante, Rondônia,<br />

os trabalhadores continuam<br />

sendo torturados pela PM.<br />

Dez camponeses estão encarcerados<br />

no presídio de Urso<br />

Branco, o pior do estado.<br />

Gerolino Nogueira de Souza,<br />

de 56 anos de idade, depois<br />

de ter sido torturado por<br />

horas está sendo mantido<br />

preso a correntes no Hospital<br />

João Paulo II, em Porto<br />

Velho. Este ficou sete dias<br />

preso a uma cadeira sem receber<br />

tratamento médico suficiente,<br />

observado pela polícia<br />

e impedido de receber<br />

visitas. Depois disso, foi<br />

colocado em uma cama,<br />

acorrentado a esta e com<br />

chances de falecer, pois está<br />

com pneumonia, hepatite,<br />

erisipela e anemia profunda.<br />

Desde 2003 este já participava<br />

de ocupação de terra na<br />

região e já foi preso no cadeião<br />

de Urso Branco e sofreu vários<br />

atentados de jagunços<br />

pagos pelos latifundiários.<br />

O acampamento Nova Conquista,<br />

que recentemente se<br />

aliou à Liga dos Camponeses<br />

Pobres, tem sofrido ataques e<br />

Gerolino Nogueira de Souza, de 56 anos de<br />

idade, depois de ter sido torturado por horas<br />

está sendo mantido preso a correntes no<br />

Hospital João Paulo II, em Porto Velho.<br />

o companheiro identificado<br />

como uma das lideranças é um<br />

dos mais atacados.<br />

Durante a ação policial este<br />

foi espancado e humilhado,<br />

assim como os outros semterra,<br />

mulheres, crianças e<br />

homens. Foi chamado de “velho<br />

safado” e “vagabundo”<br />

pelos policiais.<br />

Este é o retrato do governo<br />

Lula, que assassina, tortura e<br />

ataca os sem-terra impunemente,<br />

impondo a sua própria<br />

lei no campo.<br />

O acampamento em União<br />

Bandeirantes foi atacado apenas<br />

dez dias antes de vencer<br />

na justiça uma ação de reintegração<br />

de posse, pela qual os<br />

latifundiários locais deveriam<br />

ser expulsos das terras, uma<br />

vez que nela é comprovada a<br />

grilagem das terras.<br />

Contra a “terra sem lei” dos<br />

latifundiários é necessário se<br />

fazer uma ampla campanha de<br />

denúncias contra os latifundiários<br />

de Rondônia e pela imediata<br />

punição aos assassinos<br />

dos sem-terra.<br />

sofrendo da justiça ameaças de<br />

dissolução do movimento e de<br />

sem-terra no Pará, que receberam<br />

imensas multas por promoverem<br />

ocupações da ferrovia<br />

da companhia Vale do Rio<br />

Doce.<br />

Há uma clara tentativa de<br />

dissolver o movimento semterra<br />

nacionalmente.<br />

Em Rondônia, onde os<br />

sem-terra romperam ligações<br />

com o MST e organizam de<br />

forma independente sua luta<br />

por meio de outras organizações,<br />

como a Liga dos Camponeses<br />

Pobres, estes são<br />

perseguidos dia-a-dia por jagunços<br />

armados e pela polícia.<br />

É imprescindível a defesa da<br />

liberdade de organização dos<br />

RONDÔNIA<br />

que fosse por meio de um<br />

massacre de camponeses.<br />

Os trabalhadores em seguida<br />

foram levados de camburão<br />

para a sede da fazenda e foram<br />

torturados na frente de suas famílias.<br />

Sete camponeses entre<br />

homens e mulheres foram presos<br />

e levados para o presídio<br />

de Urso Branco.<br />

Policiais de União Bandeirantes,<br />

Jaci-Paraná e Porto<br />

Velho participaram da operação<br />

enviada pelo governo do<br />

estado de Ivo Cassol.<br />

As famílias de União Bandeirantes<br />

já foram expulsas<br />

cinco vezes de suas terras, em<br />

uma área que é da União e que<br />

foi repassada para os latifundiários<br />

por grilagem.<br />

Mesmo assim, a justiça decidiu<br />

e favor dos latifundiários.<br />

Há cerca de dois meses, um<br />

sem-terra já havia sido atacado<br />

por policiais e baleado teve<br />

de ser levado para a UTI. Dois<br />

camponeses que participavam<br />

das ocupações há alguns anos<br />

permanecem presos no presídio<br />

de Urso Branco.<br />

É preciso denunciar amplamente<br />

os latifundiários e os<br />

governos estaduais e federal,<br />

de Cassol e de Lula que apóiam<br />

os massacres de sem-terra<br />

e que tratam como bandidos<br />

e marginais as famílias que<br />

lutam pela terra não apenas em<br />

Rondônia e vários outros estados<br />

do País.<br />

Fazemos um chamado às<br />

organizações <strong>operária</strong>s e populares,<br />

sindicatos e a população<br />

em geral a denunciar e repudiar<br />

mais estes ataques aos<br />

sem-terra de Rondônia e a impunidade<br />

dos torturadores e<br />

assassinos dos sem-terra que<br />

agem a mando dos latifundiários<br />

e dos governos.<br />

Jovem sem-terra que abortou<br />

é presa e impedida de receber<br />

tratamento e remédios<br />

Assim como os latifundiários<br />

torturam idosos e crianças<br />

estes também mandam torturar<br />

mulheres dos modos mais<br />

monstruosos.<br />

O governo Ivo Cassol comanda<br />

uma polícia militar assassina<br />

dos sem-terra e especializada<br />

em promover o linchamento<br />

dos trabalhadores.<br />

Deidiane de Jesus Silva, de<br />

20 anos, foi presa pela PM, a<br />

mando dos latifundiários e está<br />

presa também no Urso Branco,<br />

na ala feminina.<br />

Tendo sofrido um aborto, ela<br />

está sendo impedida de receber<br />

atendimento médico e remédios<br />

na prisão. A companheira<br />

sofre hemorragia interna.<br />

Tal aberração é comum nos<br />

estados da chamada Amazônia<br />

Legal, onde mulheres foram<br />

inclusive encontradas em prisões<br />

com homens, obrigadas<br />

a se prostituir, como no estado<br />

do Pará, governado pelo<br />

PT.<br />

Também na “Amazônia Legal”,<br />

no estado de Mato Grosso<br />

do Sul, comandado pelo latifundiário<br />

da soja Blairo Maggi,<br />

hoje 10 mil mulheres são<br />

ameaçadas de prisão por supostamente<br />

terem realizado<br />

aborto. A justiça junto à Igreja<br />

Católica teve acesso a uma lista<br />

de mulheres que abortaram em<br />

clínicas clandestinas, o que é<br />

resultado da falta de atendimento<br />

público para o aborto,<br />

e agora querem mandar estas<br />

para a prisão.<br />

Os estados governados pelos<br />

interesses dos latifundiários<br />

são terras onde se impõe<br />

pela força a lei do latifúndio, e<br />

no caso das mulheres esta violência<br />

é ainda mais brutal.<br />

Isto é resultado da imposição<br />

de um regime ultrapassado,<br />

pré-capitalista, de miséria,<br />

que ocorre graças à expropriação<br />

que a especulação e o monopólio<br />

da terra impuseram à<br />

população, por isso também<br />

impedida de ter acesso ao<br />

mínimo desenvolvimento estrutural.<br />

O atraso jurídico e<br />

político do estado faz com que<br />

isto recaia principalmente nas<br />

mulheres.<br />

O governo Ivo Cassol comanda uma polícia militar<br />

assassina dos sem-terra e especializada em promover o<br />

linchamento dos trabalhadores.<br />

sem-terra para defender o direito<br />

de organização da classe<br />

trabalhadora de conjunto.<br />

Exigimos a imediata libertação<br />

dos trabalhadores sem-terra<br />

e a libertação de todos os<br />

presos da luta pela terra pelo<br />

governo Ivo Cassol, madeireiro<br />

e latifundiário de Rondônia<br />

e do governo Lula em todo o<br />

País.<br />

Pela libertação imediata dos<br />

sete camponeses do acampamento<br />

Nova Conquista!<br />

Pela libertação de todos os<br />

presos da Luta pela terra em<br />

Rondônia e em todo o País!<br />

Pelo fim do latifúndio! Terra<br />

para quem nela trabalha!<br />

Pela Reforma Agrária já,<br />

com expropriação do latifúndio<br />

sem indenização!<br />

RONDÔNIA<br />

Punição aos assassinos<br />

dos sem-terra!<br />

Nota da Liga dos Camponeses<br />

Pobres de Rondônia<br />

Leia aqui nota da Liga dos Camponeses Pobres de<br />

Rondônia sobre o massacre em União Bandeirantes<br />

no último dia 9, no qual sete sem-terra foram presos<br />

e 30 famílias sofreram violência policial<br />

No dia 9 de setembro de<br />

2008 por volta das 14:30 hs as<br />

mais de 30 famílias do acampamento<br />

Nova Conquista (Fazenda<br />

Mutum) em União Bandeirantes<br />

foram violentamente<br />

atacadas por policiais e bandos<br />

de pistoleiros. Cerca de 30<br />

policiais militares de União<br />

Bandeirantes, Jaci-Paraná e<br />

Porto Velho, chegaram ao<br />

acampamento disparando tiros<br />

contra os acampados. As<br />

famílias haviam retomado a<br />

área na madrugada de segunda-feira,<br />

dia 8 de setembro.<br />

Durante a operação os policiais<br />

gritavam que estavam<br />

dispostos a matar, pois ali todos<br />

eram vagabundos.<br />

Os camponeses foram<br />

rendidos, obrigados a sentar<br />

no chão com armas apontadas<br />

para a cabeça. Um dos<br />

policiais começou a tirar fotos<br />

de todos e os que resistiam<br />

eram espancados com<br />

tapas no ouvido e empurrões.<br />

Um dos acampados perguntou<br />

aos policiais se tinham<br />

ordens para agirem daquela<br />

forma, e eles responderam<br />

que “faziam do jeito deles e<br />

que todos que estavam ali<br />

eram bandidos”, disseram<br />

que o governo do estado estava<br />

pagando para que vigiassem<br />

aquela fazenda.<br />

Temos informações de que<br />

o latifundiário Luiz da Dipar<br />

(Luiz Carlos Garcia) e o chefe<br />

de pistolagem Odailton Martins<br />

passaram aproximadamente<br />

450 alqueires de terras<br />

para o sargento da polícia<br />

militar de Jaci-Paraná para<br />

que retirasse os camponeses<br />

da área. Uma das provas que<br />

atestam isso é que o cabo PM<br />

Isaac, vulgo “Manchinha”,<br />

também de Jaci-Paraná, falou<br />

que estava disposto a fazer um<br />

massacre para defender o fazendeiro.<br />

Os policiais não satisfeitos<br />

em humilhar e espancar homens<br />

e mulheres, tomaram<br />

foices, facões, enxadas, cavadeiras,<br />

entraram nos barracos<br />

despejando as roupas no chão,<br />

chutando os pertences, lançando<br />

alimentos ao chão e quebrando<br />

utensílios de cozinha.<br />

Chamavam os camponeses de<br />

porcos. Roubaram ainda remédios,<br />

livros, roupas, receitas,<br />

bolsas, máquina fotográfica,<br />

uma moto, um moto-serra<br />

e até bíblia.<br />

Os camponeses foram bastante<br />

humilhados com palavrões,<br />

principalmente após terem<br />

sido levados algemados ao<br />

camburão, policiais ameaçavam<br />

o tempo todo dizendo que<br />

eles iriam para o inferno. Ao<br />

todo foram presos sete companheiros<br />

e três companheiras.<br />

Um dos camponeses que<br />

resistiu às humilhações foi<br />

agredido, caiu de cara no chão<br />

ficando com a boca e o nariz<br />

sangrando.<br />

O governo de Ivo Cassol e<br />

os ruralistas realizaram nos últimos<br />

anos uma série de ataques<br />

aos sem-terra de Rondônia, que<br />

contou com a colaboração da<br />

imprensa mais reacionária<br />

como a revista Istoé, que para<br />

justificar o assassinato de trabalhadores,<br />

os acusou de comandar<br />

uma guerrilha e aterrorizar<br />

a população.<br />

Estes acusavam principalmente<br />

a Liga dos Camponeses<br />

Pobres, organização dos camponeses<br />

que vem sendo acusada<br />

de organizar uma narcoguerrilha<br />

no estado em conjunto<br />

com as FARC (Forças Armadas<br />

Revolucionárias da Colômbia).<br />

A matéria, que foi lançada<br />

nacionalmente, incentivou diversos<br />

ataques aos acampamentos<br />

nos meses de abril e maio.<br />

No dia 9 de abril, cerca de<br />

300 camponeses foram atacados<br />

em Campo Novo, Jacinópolis.<br />

30 desapareceram e três<br />

foram encontrados mortos depois<br />

do ataque de dezenas de<br />

jagunços.<br />

No dia 30 de abril, os semterra<br />

sofreram mais um ataque<br />

no qual um vereador ligado aos<br />

sem-terra de Jacinópolis foi assassinado<br />

em uma emboscada.<br />

No mês de março, o companheiro<br />

Bentão, um dos fundadores<br />

da Liga dos Camponeses<br />

Pobres foi assassinado em uma<br />

emboscada em Jacinópolis. Outra<br />

liderança dos camponeses,<br />

assim como Bigodinho, que foi<br />

assassinado na mesma região.<br />

O maior massacre que ocorreu<br />

no estado, sob o governo de<br />

Valdir Raupp (PMDB) - hoje liderança<br />

do PMDB e um dos<br />

maiores aliados de Lula no Senado<br />

- em 1995 continua completamente<br />

impune. Cerca de 50<br />

trabalhadores sem-terra foram<br />

mortos no acampamento de<br />

Santa Elina, em Corumbiara,<br />

norte do estado, naquela época,<br />

depois de serem torturados durante<br />

horas.<br />

Depois de 13 anos os semterra<br />

reocuparam a área de Santa<br />

Elina e estão sendo cotidianamente<br />

ameaçados de despejo e<br />

de morte.<br />

Todos os crimes dos latifundiários<br />

continuam completamente<br />

impunes em Rondônia.<br />

Somente uma luta conjunta,<br />

uma ampla denúncia e uma campanha<br />

pela punição dos assassinos<br />

dos sem-terra, dos latifundiários<br />

e do governo de Ivo<br />

Cassol poderão pressionar a<br />

justiça burguesa pela punição de<br />

policiais, fazendeiros e jagunços.<br />

- Pela imediata punição aos<br />

assassinos dos sem-terra!<br />

Após terem realizado a ação<br />

truculenta, os policiais levaram<br />

os camponeses para a sede da<br />

fazenda Mutum onde foram<br />

torturados diante das companheiras<br />

por horas. Só depois<br />

(homens e mulheres) foram levados<br />

para Porto Velho no<br />

presídio Urso Branco.<br />

Os camponeses foram ilegal<br />

e covardemente atacados para<br />

que os policiais reintegrassem<br />

na posse do latifúndio o grileiro<br />

que reclamava a área. Uma<br />

decisão da justiça federal comprovou<br />

que a terra é pública, e<br />

que quem não poderia de forma<br />

nenhuma reclamar ou utilizar<br />

as terras era o latifundiário.<br />

A justiça federal deu imissão<br />

de posse para o Incra! Os<br />

camponeses foram atacados<br />

pelos guaxebas e pela polícia.<br />

Em nenhum momento as<br />

notícias divulgadas pela polícia<br />

e reproduzidas pelos jornais a<br />

serviço do latifúndio falam de<br />

ataques de pistoleiros e policiais<br />

ao acampamento.<br />

Sabemos que todas as mentiras<br />

divulgadas na imprensa<br />

foram arrancadas com tortura,<br />

e também sabemos que os camponeses<br />

presos estão sendo<br />

barbaramente torturados para<br />

que a polícia continue o seu<br />

“minucioso trabalho de inteligência”<br />

regado a choque elétrico<br />

e afogamentos.<br />

Será que os banqueiros ricos<br />

e corruptos, presos e depois<br />

soltos, que a grande imprensa<br />

reclamou “serem maltratados”<br />

pela polícia, foram atacados a<br />

tiro em suas casas a noite?<br />

No mais são as velhas e requentadas<br />

calúnias contra a<br />

Liga dos Camponeses Pobres<br />

de Rondônia, agora colocadas<br />

pela repressão na boca de uma<br />

inocente “mãe”. A verdade é<br />

que os policiais fizeram uma<br />

reintegração de posse ilegal e a<br />

noite, contra camponeses e<br />

camponesas sem defesa.<br />

A Liga dos Camponeses Pobres<br />

de Rondônia e a Comissão<br />

Nacional Coordenadora das Ligas<br />

de Camponeses Pobres<br />

conclamam a todos os verdadeiros<br />

democratas e apoiadores<br />

da luta camponesa a prontamente<br />

se manifestarem contra<br />

o absurdo da ação policial<br />

contra os camponeses de<br />

União Bandeirantes que lutam<br />

pela posse da fazenda Mutum<br />

há mais de 5 anos!<br />

Exigimos a verdade!<br />

Exigimos a libertação de todos<br />

os companheiros presos!<br />

Exigimos que se cumpra a<br />

decisão da justiça federal!<br />

Fora Luiz Carlos Garcia! A<br />

terra pública é para os camponeses!<br />

Abaixo a criminalização da<br />

luta camponesa!<br />

Comissão Nacional das Ligas<br />

dos Camponeses Pobres<br />

Liga dos Camponeses Pobres<br />

de Rondônia - LCP

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!