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causa operária - PCO

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21 DE SETEMBRO DE 2008 CAUSA OPERÁRIA INTERNACIONAL 21<br />

CRISE NA BOLÍVIA<br />

O REGIME EM XEQUE<br />

Evo Morales prepara acordo com a direita golpista<br />

Enquanto camponeses armados cercam Santa Cruz para<br />

exigir a renúncia do governador golpista Rubén Costas,<br />

governo celebra reunião com a direita a portas fechadas<br />

e sem interrupção, até que seja firmado um acordo<br />

definitivo<br />

Milhares de camponeses do<br />

Norte cruzenhista se concentraram<br />

na quarta-feira (17) na cidade<br />

de El Sojal, a cerca de cinco<br />

quilômetros da população de San<br />

Carlos, com o objetivo de continuar<br />

com a marcha até a cidade de<br />

Santa Cruz de la Sierra. Cerca de<br />

mil camponeses que partiram de<br />

Oruro se juntaram ao grupo,<br />

muitos portando armas de fogo.<br />

Há uma semana movimentos<br />

ligados ao MAS (Movimento ao<br />

Socialismo, partido de Evo Morales)<br />

bloqueiam a estrada principal<br />

que liga as cidades de Cochabamba<br />

à capital cruzenha. Centenas de<br />

veículos de carga estão parados na<br />

estrada.<br />

A estrada entre Santa Cruz e a<br />

fronteira com o Brasil também está<br />

fechada pelos manifestantes. O<br />

movimento reivindica a desocupação<br />

de todos os<br />

prédios públicos<br />

ocupados por<br />

autonomistas e a<br />

renúncia imediata<br />

do governador<br />

de Santa Cruz,<br />

Rubén Costas, o<br />

principal pivô do<br />

putsch civil iniciado<br />

há três semanas<br />

contra o governo<br />

de Evo<br />

Morales.<br />

“Aqui não vai<br />

haver diálogo”,<br />

diziam alguns<br />

camponeses,<br />

apesar de Morales<br />

se reunir com<br />

a oposição.<br />

Dentro de<br />

Santa Cruz,<br />

numa das regiões<br />

mais pobres do<br />

departamento, o bairro de Plano<br />

Três Mil, o Comitê Cívico Popular<br />

deu um ultimato de 48 horas<br />

para que Rubén Costas renunciasse.<br />

“Apoiaremos a marcha dos<br />

camponeses que chegarem em<br />

Santa Cruz”, disse Jaime Choque,<br />

dirigente no Plano 3000, membro<br />

do MAS.<br />

Devido ao bloqueio das estradas,<br />

a população de Santa Cruz<br />

está sem gás de cozinha e os alimentos<br />

são escassos. Em assembléia,<br />

os camponeses decidiram<br />

por unanimidade intensificar os<br />

bloqueios e atacar Santa Cruz com<br />

armas caso seja necessário. O<br />

departamento é reduto do grupo<br />

fascista União Juvenil Cruzenha<br />

(UJC), que tem o patrocínio de<br />

Rubén Costas e do presidente do<br />

Comitê Cívico local, o mega empresário<br />

de origem croata, Branko<br />

Marinkovic.<br />

Os bloqueios aos acessos para<br />

Santa Cruz de la Sierra acontecem<br />

ao mesmo tempo em que o presidente<br />

Evo Morales se reúne com<br />

os quatro governadores de oposição<br />

em Cochabamba.<br />

Segundo dirigentes do MAS,<br />

cerca de 10 mil pessoas cercam a<br />

cidade, representados por federações<br />

camponesas de San Carlos,<br />

San Juan, Buenavista e outros.<br />

Os “marchistas”, como se auto<br />

definem, chegaram na quinta-feira<br />

(18) em Buenavista. “Permaneceremos<br />

lá por um dia e logo avançaremos<br />

até um novo ponto de<br />

bloqueio. Nosso objetivo principal<br />

é chegar à Santa Cruz”, disse o<br />

deputado suplente pelo MAS,<br />

Orlando Llanos (La Razon,18/9/<br />

2008).<br />

Outro dirigente em Yapacaní,<br />

Julián Torrico, disse que a marcha<br />

tem um caráter pacífico: “Não<br />

vamos buscar o enfrentamento<br />

com militares nem policiais. Esta<br />

é uma marcha pacífica. Estamos<br />

pedindo que os cívicos devolvam<br />

as instituições que tomaram com<br />

atos de vandalismo. Do contrário,<br />

seguiremos marchando e bloqueando<br />

até chegar à cidade [a capital<br />

Santa Cruz de La Sierra]” (Idem).<br />

No entanto, os paramilitares ultradireitistas<br />

estão se concentrando<br />

na capital para enfrentar os camponeses,<br />

que portam porretes e<br />

fuzis.<br />

Crise da direita... e<br />

da esquerda<br />

A União Juvenil Cruzenha<br />

(UJC), organização fascista e racista<br />

que responde ao Comitê<br />

Cívico de Santa Cruz e à prefeitura,<br />

destituiu seu presidente,<br />

David Sejas, após uma crise interna<br />

que resultou no surgimento<br />

de dois grupos: um que apóia<br />

Sejas e outro contra a sua destituição.<br />

Um dos dirigentes dos unionistas<br />

afirmou que o Diretório presidido<br />

por Sejas cometeu vários<br />

erros, entre eles a frustrada tentativa<br />

de desbloquear a antiga estrada<br />

que liga Santa Cruz a Cochabamba,<br />

onde um fascista morreu<br />

depois de receber uma paulada na<br />

cabeça.<br />

A União Juvenil Cruzenha<br />

(UJC) foi fundada em meados de<br />

outubro de 1957, consolidandose<br />

como a tropa de choque da<br />

direita em Santa Cruz.<br />

Ao mesmo tempo em que o<br />

governo se reúne com esta direita<br />

golpista e fascista, Evo Morales<br />

firmou também um acordo<br />

com a Central Operária Boliviana<br />

(COB), a maior organização de<br />

trabalhadores do País. Morales e<br />

o presidente da Conalcam (Conselho<br />

Nacional pela Democracia),<br />

principal organização social aliada<br />

ao governo, selaram um acordo<br />

com a central “pela defesa da<br />

democracia e a unidade da Bolívia”.<br />

Morales, o presidente da Conalcam,<br />

Fidel Surco, e o dirigente<br />

da COB, Pedro Montes, formaram<br />

o pacto para lutar “contra os<br />

grupos oligárquicos, latifundiários<br />

e pessoas que são pró-ianques”.<br />

“Meu grande desejo é que o<br />

Comitê Executivo da COB seja a<br />

cabeça para enfrentar estes grupos”,<br />

disse Morales (Ibidem).<br />

Além de Morales, os governadores<br />

de Santa Cruz, Beni, Tarija<br />

e Chuquisaca também estarão<br />

presentes nas reuniões em Cochabamba.<br />

Participarão também<br />

delegados de organismos internacionais,<br />

como a União de Nações<br />

Sul-Americanas (Unasur), Organização<br />

das Nações Unidas<br />

(ONU), União Européia (UE) e a<br />

Organização dos<br />

Estados Americanos<br />

(OEA).<br />

O imperialismo<br />

aplaude o acordo de<br />

trégua entre o governo<br />

e os fascistas.<br />

A Igreja Católica,<br />

a ONU, a CIA e<br />

o MAS (Movimento<br />

ao Socialismo,<br />

partido de Evo Morales),<br />

desejam costurar<br />

um grande<br />

acordo nacional<br />

para preservar acima<br />

de tudo o regime<br />

burguês e a propriedade<br />

privada.<br />

Em uma declaração<br />

pouco antes<br />

do início dos diálogos,<br />

Evo Morales<br />

fez algumas críticas<br />

contra a oposição,<br />

mas centrou sua<br />

crítica contra a<br />

Igreja Católica, que<br />

supostamente estaria<br />

mediando o debate.<br />

“Lamento que o<br />

cardeal defenda as<br />

pessoas que defendem<br />

os interesses<br />

do Império e<br />

não o povo”. Morales refere-se<br />

ao cardeal Julio Terrazas, presidente<br />

da Conferência Episcopal<br />

da Bolívia, aliado da direita<br />

em Santa Cruz.<br />

Os acontecimentos deixam<br />

claro que a política direita, de<br />

dividir o país fracassou completamente<br />

pela internvenção<br />

das massas que ultrapassou a<br />

política de contenção de Evo<br />

Morales. A direita não luta<br />

contra Evo Morales, mas contra<br />

as tendências revolucionárias<br />

das massas, ao contrário do<br />

que diz boa parte da esquerda.<br />

A política de acordo com a<br />

direita da parte de Morales é<br />

uma capitulação política e uma<br />

Veja documento de pré-acordo<br />

estabelecido entre o governo e a oposição<br />

A Bolívia presta um serviço vital para o Brasil. O gasoduto Bolívia-<br />

Brasil, também conhecido como Gasbol, tem início em Rio Grande,<br />

cidade próxima à Santa Cruz de la Sierra, e termina na cidade<br />

gaúcha de Canoas, atravessando também os estados de Mato Grosso<br />

do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Cerca de 80% do gás<br />

consumido no Brasil vem das reservas bolivianas.<br />

Após sucessivas sessões iniciadas<br />

na sexta 12 de setembro,<br />

destinadas a estabelecer um diálogo,<br />

acordaram-se as seguintes<br />

propostas para alcançar um<br />

“Grande Acordo Nacional”:<br />

1. Propostas para o diálogo<br />

nacional<br />

A) O processo de diálogo<br />

abordará a seguinte agenda:<br />

• IDH – Direitos;<br />

O governo nacional reconhece<br />

conforme as leis vigentes o<br />

direito dos departamentos de<br />

cobrar o Imposto Direto aos Hidrocarbonetos<br />

(IDH); Podendo<br />

garantir o pagamento da renda<br />

Dignidade e sua sustentabilidade<br />

com as distintas fontes de financiamento<br />

estabelecidas por<br />

lei.<br />

O governo nacional reitera<br />

sua decisão de respeitar e manter<br />

a atual distribuição de direitos<br />

aos departamentos e os mecanismos<br />

para sua transferência,<br />

estabelecidos pelas normas<br />

vigentes.<br />

• Autonomias departamentais<br />

– Estatutos:<br />

O governo nacional expressa<br />

seu respeito ao direito de autonomia<br />

departamental de Pando,<br />

Beni, Tarija e Santa Cruz.<br />

• Nova Constituição Política<br />

do Estado (CPE);<br />

• Pacto Institucional;<br />

- Designações congressuais<br />

aos cargos vagos, conforme a<br />

CPE vigente e a lei.<br />

- Padrão eleitoral. Programa<br />

de carteiras e registro civil.<br />

- Processos eleitorais.<br />

B) Os temas da agenda de<br />

diálogos serão realizados<br />

em três mesas de debate<br />

e em uma mesa central<br />

que terá como função<br />

aprovar os acordos.<br />

C) O processo de diálogo<br />

contará com o<br />

acompanhamento por<br />

mediadores e testemunhas.<br />

Foi acordado que<br />

convide a Unasur, Igreja<br />

Católica, União Européia,<br />

OEA e as Nações Unidas.<br />

D) No início do processo<br />

se aprovará uma<br />

metodologia e cronograma,<br />

que incluirá a definição<br />

dos agentes que serão<br />

envolvidos com a mesma<br />

e as vozes do processo.<br />

2. Restabelecimento<br />

da paz social no âmbito do<br />

Estado de direito.<br />

A) Retirada imediata das pessoas<br />

estranhas que ocuparam as<br />

oficinas públicas e instalações<br />

petroleiras no conflito, a fim de<br />

restabelecer os serviços públicos.<br />

Iniciam-se as conversas sobre<br />

a nova administração territorial<br />

das instituições, considerando<br />

a implementação<br />

constitucional da autonomia<br />

departamental.<br />

Também se acordou o levantamento<br />

de todos os bloqueios<br />

de caminhos no território nacional<br />

B) As partes deverão iniciar<br />

o processo de pacificação<br />

do país, restabelecendo plenamente<br />

a convivência pacífica<br />

entre os bolivianos criando<br />

os esforços necessários<br />

para frear imediatamente a<br />

violência em todo o território<br />

nacional.<br />

C) O governo nacional suspenderá<br />

a consideração do referendo<br />

constitucional no<br />

congresso nacional, no prazo<br />

de um mês, podendo ampliar o<br />

mesmo acordo aos avanços do<br />

diálogo nacional, devendo<br />

suspender a campanha governamental<br />

em torno do projeto<br />

da nova CPE.<br />

D) Esclarecer os infelizes<br />

acontecimentos ocorridos no<br />

departamento de Pando, através<br />

de organismos nacionais e internacionais<br />

imparciais e uma comissão<br />

congressual que irá passar<br />

de imediato os acontecimentos.<br />

E) Não impulsionar ações judiciais<br />

que tenham conotação<br />

política contra dirigentes cívicos,<br />

sociais e autoridades dos<br />

departamentos mobilizados que<br />

hajam atuado pelas reivindicações<br />

departamentais e sociais<br />

que precederam a este acordo;<br />

como também paralisa a campanha<br />

de desprestígio contra as<br />

autoridades, agentes cívicos e<br />

sociais.<br />

F) O prefeito do departamento<br />

de Tarija e seus acompanhantes,<br />

em representação das autoridades<br />

e instituições dos cinco<br />

departamentos mobilizados, pedem<br />

o levantamento do estado<br />

de sítio no departamento de<br />

Pando.<br />

3. Início do processo de diálogo<br />

O diálogo nacional se iniciará<br />

de maneira oficial na quartafeira<br />

18 de setembro de 2008 na<br />

cidade de Cochabamba, com a<br />

presença dos mediadores e testemunhas<br />

e será concluído na<br />

cidade de Tarija.<br />

La Paz, 16 de setembro<br />

de 2008<br />

tentativa de conter o movimento<br />

de massas que avança sobre<br />

a direita.<br />

O papel duplo do<br />

governo Lula<br />

Tanto a direita como a esquerda<br />

ligada à Evo Morales temem<br />

um novo levante popular. Esta<br />

A União Juvenil Cruzenha (UJC), é uma<br />

organização fascista e racista que responde ao<br />

Comitê Cívico de Santa Cruz e à prefeitura.<br />

mesma direita foi derrubada do<br />

governo nacional por uma revolução<br />

e não tem qualquer esperança<br />

de recuperar o poder, daí a sua<br />

política secessionista, encoberta<br />

por críticas constitucionais e reivindicação<br />

de maior autonomia diante<br />

do governo central.<br />

Diante da vacilação e da capitulação<br />

vergonhosa do governo,<br />

já começam a aparecer focos de<br />

resistência camponesa, sendo o<br />

cerco à Santa Cruz a maior expressão<br />

disso. Esta é uma clara<br />

demonstração de que os trabalhadores<br />

estão se organizando por<br />

fora da via legalista e institucional<br />

proposta por Morales e contra a<br />

política de acordo com os golpistas.<br />

Os próprios dirigentes do<br />

MAS em suas bases estão sendo<br />

pressionados a adotarem uma política<br />

muito mais conseqüente e<br />

objetiva, que realmente defina a situação.<br />

Esta é, na realidade, a<br />

única política porque a debilidade<br />

da direita e o crescimento da<br />

mobilização colocam objetivamente<br />

em xeque qualquer acordo<br />

comum com a direita que, se<br />

conseguir se recuperar, voltar a<br />

jogar a carta da sesseção<br />

nacional.<br />

Além do mais, é necessário<br />

destacar a atuação<br />

do governo Lula<br />

na crise boliviana. Do<br />

ponto de vista econômico,<br />

a Bolívia presta<br />

um serviço vital para o<br />

Brasil. O gasoduto Bolívia-Brasil,<br />

também<br />

conhecido como Gasbol,<br />

tem início em Rio<br />

Grande, cidade próxima<br />

à Santa Cruz de la<br />

Sierra, e termina na<br />

cidade gaúcha de Canoas,<br />

atravessando<br />

também os estados de<br />

Mato Grosso do Sul,<br />

São Paulo, Paraná e<br />

Santa Catarina. Cerca<br />

de 80% do gás consumido<br />

no Brasil vem das<br />

reservas bolivianas.<br />

Politicamente, o<br />

Brasil é sem dúvida o<br />

país chave para contornar<br />

esta crise. Sua<br />

influência política, econômica<br />

e militar está à<br />

direita com o governo<br />

Lula. O presidente brasileiro<br />

conversou com<br />

Morales por telefone e<br />

o aconselhou a manter<br />

a política de conciliação.<br />

O governo Lula representa o<br />

país mais importante da América<br />

Latina, portanto sua mediação<br />

da crise é extremamente importante,<br />

porém a política adotada<br />

faz jus aos interesses de<br />

Washington.<br />

O governo Lula quer evitar o<br />

confronto das massas contra a<br />

direita. Está orientando Morales<br />

a resolver a crise pela via institucional<br />

e burguesa, mantendo o<br />

regime intacto. Portanto, ao contrário<br />

do que a imprensa burguesa<br />

procura apresentar, o governo<br />

Lula está muito mais vinculado<br />

à política do imperialismo do que<br />

com Evo Morales.<br />

Tanto a direita como a esquerda ligada à Evo Morales<br />

temem um novo levante popular.<br />

Dados gerais sobre a Bolívia<br />

CAPITAL:<br />

La Paz (administrativa)<br />

Sucre (constitucional, judicial)<br />

ÁREA: 1.098.581 km2<br />

POPULAÇÃO: 9.627.269<br />

(Censo 2006)<br />

GRUPOS ÉTNICOS: Quechua<br />

30%, mestiço (mistura<br />

de branco e ameríndio) 30%,<br />

Aymará 25%, branco 15%<br />

PIB (Produto Interno Bruto):<br />

US$ 27.957 bilhões<br />

Per Capita: US$ 8,76<br />

RECURSOS NATURAIS:<br />

estanho, gás natural, petróleo,<br />

zinco, tungstênio, antimônio,<br />

prata, ferro, ouro, madeira,<br />

energía hidroeléctrica<br />

FORÇA DE TRABALHO:<br />

4,377 milhões<br />

FORÇA DE TRABALHO<br />

POR OCUPAÇÃO:<br />

agricultura - 40%<br />

indústria - 17%<br />

serviços: 43%<br />

TAXA DE DESEMPREGO:<br />

7,5% nas áreas urbanas<br />

TAXA DE CRESCIMENTO<br />

INDUSTRIAL: 1,1%<br />

PRODUÇÃO DE PETRÓ-<br />

LEO: 41.570 barris diários<br />

CONSUMO DE PETRÓLEO:<br />

31.500 barris diários<br />

EXPORTAÇÃO DE PETRÓ-<br />

LEO: 18.500 barris diários<br />

IMPORTAÇÃO DE PETRÓ-<br />

LEO: 8.600 barris diários<br />

RESERVAS DE PETRÓLEO:<br />

440,5 milhões de barris<br />

PRODUÇÃO DE GÁS NATU-<br />

RAL: 12,74 bilhões de metros<br />

cubicos<br />

CONSUMO DE GÁS NATU-<br />

RAL: 1.486 bilhão de metros<br />

cubicos<br />

EXPORTAÇÃO DE GÁS NA-<br />

TURAL: 10,58 bilhões de metros<br />

cubicos<br />

RESERVAS DE GÁS NATU-<br />

RAL: 651.8 bilhões de metros<br />

cubicos

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