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causa operária - PCO

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21 DE SETEMBRO DE 2008 CAUSA OPERÁRIA INTERNACIONAL 20<br />

CRISE POLÍTICA<br />

Quais são os planos da direita boliviana?<br />

Uma nova crise política domina<br />

a Bolívia. Após o povo boliviano<br />

ter derrubado a oligarquia<br />

pró-imperialista representada<br />

por Gonzalo Sánches de<br />

Lozada em 2003 e Carlos Mesa<br />

em 2005, esta mesma direita<br />

tenta voltar ao poder à força,<br />

aprovando estatutos próprios<br />

independentes da Constituição<br />

do Estado e colocando em<br />

marcha um plano sedicioso<br />

com base na violência e no terror<br />

provocado por bandos fascistas.<br />

A direita está se movimentando<br />

em torno de uma política<br />

internacional impulsionada pelo<br />

imperialismo que tem como objetivo<br />

encurralar o governo de<br />

Evo Morales e forçá-lo a ceder<br />

a todos os interesses da oligarquia,<br />

que visa consolidar seu<br />

poder político e econômico nas<br />

regiões mais ricas do País em<br />

petróleo e gás.<br />

No entanto, o golpe de Estado<br />

civil que está em marcha<br />

neste momento não vem de<br />

dentro da Bolívia, mas de fora,<br />

de um plano ditado pelo imperialismo<br />

norte-americano que<br />

quer pressionar Morales a dar<br />

cada vez mais espaço para os<br />

grandes capitalistas industriais<br />

e latifundiários.<br />

Trata-se, portanto, de uma<br />

tática tradicional aplicada pelo<br />

imperialismo. A velha tática do<br />

separatismo, tal como acontece<br />

na Palestina ou então mais recentemente<br />

na ex-Iugoslávia e<br />

em Kosovo, nos Bálcãs.<br />

Esta tática consiste em consolidar<br />

uma ruptura com o governo,<br />

criando nas regiões mais<br />

ricas do País - Santa Cruz, Pando,<br />

Beni e Tarija - estatutos autônomos<br />

próprios, leis próprias<br />

e forças de repressão próprias.<br />

Plano tático<br />

O que deve ser entendido é<br />

que os eventos ocorridos na<br />

Bolívia nas últimas semanas são<br />

apenas parte de um plano maior.<br />

Em primeiro lugar a direita<br />

não quer excluir Morales da<br />

política nacional, pois ele é o<br />

GOLPE DE ESTADO CIVIL<br />

A direita quer colocar a Bolívia novamente nos trilhos<br />

do imperialismo. Estes planos só podem ser alcançados<br />

com a capitulação do governo e a ajuda das Forças<br />

Armadas, o que de fato está acontecendo. Porém há uma<br />

barreira intransponível: vencer o movimento<br />

revolucionário das massas<br />

principal freio de contenção à<br />

tendência revolucionária das<br />

massas. Morales subiu ao poder<br />

em 2005, após os trabalhadores<br />

derrubarem dois governos próimperialistas.<br />

Sua primeira medida<br />

foi decretar a nacionalização<br />

dos hidrocarbonetos e das<br />

refinarias, postos e distribuidores<br />

de petróleo, gás e derivados,<br />

além de tornar o governo sócio<br />

majoritário dessas indústrias.<br />

Dois anos depois, a Assembléia<br />

Constituinte aprovaria a nova<br />

Constituição Política do Estado<br />

(CPE), que aprova entre outras<br />

medidas a submissão dos mandatos<br />

do presidente e dos governadores<br />

estaduais a referendos<br />

revogatórios.<br />

Todas essas medidas estão<br />

no marco do regime burguês e<br />

das suas instituições, respeitando<br />

acima de tudo o direito à propriedade<br />

privada. O MAS e Evo<br />

Morales foram eleitos para socorrer<br />

o regime burguês e manter<br />

o movimento revolucionário<br />

dos trabalhadores sob as suas<br />

rédeas.<br />

Como seria possível uma direita<br />

que foi derrubada duas vezes<br />

só nos últimos cinco anos<br />

reverter o quadro da situação?<br />

Esta mesma direita estaria fortalecida<br />

a ponto de dividir o País<br />

ao meio?<br />

Uma direita<br />

legalista?<br />

Um dos piores erros na compreensão<br />

da situação boliviana<br />

seria acreditar que a direita é forte<br />

e que prova disso é a tentativa<br />

de golpe de estado civil. Outro<br />

erro seria pensar que o plano sedicioso<br />

se dá nos marcos das<br />

instituições e das leis.<br />

A imprensa burguesa em geral<br />

atribui as ocupações de prédios<br />

públicos, bloqueios de estradas<br />

e a atuação de milícias paramilitares<br />

de extrema-direita<br />

contra os trabalhadores à tentativa<br />

de uma elite impedir a realização<br />

do referendo constitucional<br />

marcado para o dia 7 de dezembro<br />

que, se aprovado, dará<br />

o direito a Evo Morales concorrer<br />

às eleições presidenciais de<br />

2010.<br />

Outro fator de disputa seria<br />

sobre o Imposto Direto aos Hidrocarbonetos<br />

(IDH), que Morales<br />

tirou dos departamentos<br />

controlados pela oposição para<br />

aplicar em um programa social<br />

para idosos sem pensão.<br />

A disputa não é constitucional<br />

e tão pouco se baseia em uma<br />

disputa sobre os impostos,<br />

como na Argentina, quando o<br />

governo foi paralisado pelos bloqueios<br />

impulsionados pelos ruralistas.<br />

Não se trata de uma<br />

direita legalista que quer subir<br />

novamente ao poder em 2010.<br />

Evo Morales foi eleito com<br />

53,74% dos votos em dezembro<br />

de 2005, sendo o primeiro presidente<br />

da Bolívia de origem indígena<br />

e o primeiro mandatário<br />

boliviano a ser eleito para o<br />

cargo em primeiro turno em<br />

mais de três décadas.<br />

No mês passado sua popularidade<br />

se confirmou de forma<br />

ainda mais retumbante. Ganhou<br />

mais de 67% dos votos no referendo<br />

revogatório realizado<br />

no mês passado. Sete de cada<br />

dez bolivianos votaram em Morales,<br />

um índice muito maior do<br />

que o alcançado por Lula no<br />

Brasil.<br />

Isto só prova que a direita<br />

não tem nenhuma força na Bolívia.<br />

Não só é impossível a direita<br />

vencer as eleições de 2010<br />

como é totalmente inútil o referendo<br />

constitucional. É preciso<br />

deixar claro que esta tentativa de<br />

dividir o País é a última chance<br />

da direita de consolidar seu<br />

poder político e econômico. Se<br />

este plano fracassar, não é o governo<br />

de colaboração de classes<br />

que irá dar cabo dela, mas a ação<br />

revolucionária das massas.<br />

Apoio das Forças<br />

Armadas<br />

O presidente da Venezuela,<br />

Hugo Chávez, aliado político de<br />

Evo Morales, já havia dito que se<br />

a direita tomasse o poder à força<br />

ou assassinasse Evo Morales,<br />

enviaria tropas venezuelanas para<br />

defender o governo boliviano. A<br />

declaração causou aborrecimento<br />

entre as Forças Armadas da<br />

Bolívia, que imediatamente soltaram<br />

um comunicado reiterando<br />

que não querem que nenhuma<br />

tropa internacional pise no<br />

solo boliviano.<br />

Desta vez, Chávez acusou o<br />

comandante das Forças Armadas<br />

bolivianas, general Luis Trigo,<br />

de desobedecer as ordens do<br />

governo para facilitar o golpe<br />

civil. Chávez comparou o general<br />

aos militares venezuelanos<br />

que também facilitaram a tentativa<br />

frustrada do golpe contra ele<br />

em 2002.<br />

Citando fontes não reveladas,<br />

Chávez disse que Trigo “ao invés<br />

de cumprir o decreto presidencial<br />

de estado de sítio, ordenou<br />

que as tropas se aquartelassem<br />

e abandonassem o aeroporto”<br />

da convulsionada região de<br />

Pando, onde ao menos 30 camponeses<br />

foram massacrados no<br />

sábado (13).<br />

Chávez lembrou também o<br />

general chileno Augusto Pinochet,<br />

“que fingiu até o último<br />

momento estar ao lado do presidente<br />

Salvador Allende”, até<br />

derrubá-lo em um golpe militar<br />

em 1973.<br />

Outra demonstração de completa<br />

fraqueza da direita. Os bandos<br />

fascistas que estão promovendo<br />

a ocupação de prédios<br />

governamentais e o bloqueio de<br />

estradas tem o apoio das próprias<br />

Forças Armadas bolivianas,<br />

as mesmas forças que acumulam<br />

um vasto histórico de chacinas<br />

e massacres contra o<br />

povo boliviano.<br />

O máximo que esta corja direitista<br />

pode fazer é contratar pequenos<br />

grupos da classe média<br />

urbana dos centros comerciais<br />

para aterrorizar a população<br />

pobre e desarmada. Os militares<br />

não teriam nenhum trabalho<br />

para esmagar<br />

estes<br />

bandos fascistas, mas estes<br />

paramilitares estão sendo armados<br />

pelo próprio exército.<br />

Movimento de<br />

massas<br />

independente e<br />

revolucionário<br />

A direita teme um novo levante<br />

popular, mas sabe que Evo<br />

Morales está disposto a negociar.<br />

Esta mesma direita foi derrubada<br />

por uma revolução e não<br />

pode voltar sem o apoio de Morales.<br />

Aliam a política burguesa<br />

do MAS aos seus interesses.<br />

O governo de Evo Morales é<br />

muito fraco porque é provisório,<br />

apesar de ter sido eleito de<br />

forma direta. Após a derrubada<br />

da direita em 2005, Morales<br />

subiu ao poder para frear uma<br />

revolução e marcha que ainda<br />

não acabou. A tentativa de golpe<br />

é um movimento contra-revolucionário,<br />

enquanto que os<br />

trabalhadores bolivianos são a<br />

classe revolucionária. Morales<br />

está no centro desta disputa e<br />

por isso está num impasse. Procura<br />

tomar medidas de retaliação<br />

que não atinge minimamente<br />

a direita, como a expulsão do<br />

embaixador norte-americano.<br />

O governo deveria impulsionar<br />

os trabalhadores da cidade e do<br />

campo para derrotar a direita<br />

para sempre, tomando as suas<br />

propriedades e expropriando o<br />

latifúndio.<br />

Entretanto, diante da vacilação<br />

e da capitulação vergonhosa<br />

do governo, já começam a<br />

aparecer as primeiras movimentações<br />

independentes. O departamento<br />

de Santa Cruz, controlado<br />

pelo governador Rubén<br />

Costas e o presidente do Comitê<br />

Cívico local, Branko Marinkovic,<br />

dois dos principais articuladores<br />

do golpe, está cercado<br />

por camponeses e indígenas.<br />

Esta é uma clara demonstração<br />

de que os trabalhadores<br />

estão se organizando independentemente<br />

de Evo Morales e do<br />

MAS, uma aspiração verdadeiramente<br />

revolucionária contra a<br />

oligarquia e a frente popular.<br />

MASSACRE NORTE DA BOLÍVIA<br />

Preso governador de Pando, o<br />

“carniceiro de Cobija”<br />

O principal responsável pelo<br />

massacre de camponeses no<br />

departamento de Pando, Norte<br />

da Bolívia, fronteira com o estado<br />

brasileiro do Acre, o prefeito<br />

(governador) ultra-direitista<br />

Leopoldo Fernández, 56, foi<br />

detido na terça-feira (16) pelo<br />

Exército na cidade de Cobija, a<br />

capital de Pando.<br />

Durante sua gestão, Fernández<br />

organizou bandos fascistas<br />

contra trabalhadores camponeses,<br />

sindicalistas e indígenas<br />

para impor o poder da oligarquia<br />

latifundiária e exploradora na região.<br />

É um dos quatro departamentos<br />

- ao lado de Santa Cruz,<br />

Beni e Tarija - que decretou autonomia<br />

em relação ao governo<br />

central. No dia 11 de setembro,<br />

organizou a matança de pelo<br />

menos 17 camponeses apoiadores<br />

do governo de Evo Morales.<br />

Ao ser preso, ele foi conduzido<br />

a um veículo particular até o<br />

aeroporto para pegar um vôo<br />

com destino à La Paz, onde está<br />

detido e sendo julgado por genocídio.<br />

Além dos mortos, dezenas<br />

ficaram feridos e mais de<br />

100 continuam desaparecidos.<br />

“Sua detenção obedece a uma<br />

disposição legal e constitucional,<br />

no marco do estado de sítio”,<br />

disse Evo Morales (AFP,<br />

16/9/2008). Pando está sob<br />

estado de sítio desde os confrontos<br />

entre simpatizantes de<br />

Morales e autonomistas, que resultou<br />

nas mortes de camponeses.<br />

Segundo relatos de sobreviventes,<br />

a maioria das mortes foi<br />

<strong>causa</strong>da por disparos contra<br />

camponeses que tentavam fugir<br />

a nado. A polícia local, que responde<br />

ao governo nacional, estava<br />

no local e apenas assistiu ao<br />

maior massacre na Bolívia desde<br />

o fim da última ditadura militar<br />

no País.<br />

“Às duas da manhã nós não<br />

tínhamos armas, enquanto que<br />

o outro grupo tinha bombas, dinamites<br />

e lançaram contra nós,<br />

que estávamos voltando de Puerto<br />

Rico. Seguiram-nos dois<br />

quilômetros e aí utilizaram armas<br />

de fogo. Depois nos encontraram<br />

em Porvenir, não podíamos<br />

continuar, pois tinham<br />

metralhadoras e meus companheiros<br />

escaparam pelo monte,<br />

pulavam no rio e aí lhes davam<br />

tiro. Devem haver 100 feridos e<br />

mortos. Havia gente grávida,<br />

haviam meninos e meninas que<br />

foram massacradas. Quando<br />

cruzavam o rio para escapar,<br />

lhes lançavam tiros e as companheiras<br />

caíam mortas, duas<br />

senhoras e outras duas feridas<br />

que estavam a ponto de abortar”.<br />

Este é o relato de um dirigente<br />

indígena sobrevivente do massacre<br />

(Econoticias, 16/9/2008).<br />

Três caminhões com cerca<br />

de 340 camponeses vindos de<br />

Puerto Rico estavam próximos<br />

a Porvenir quando foram abordados<br />

pelos fascistas. O destino<br />

era a cidade de Filadelfia, a 15<br />

quilômetros da capital, onde<br />

ocorreria um encontro de organizações<br />

apoiadoras de Morales.<br />

Durante o percurso, o comboio<br />

foi impedido de prosseguir<br />

por uma trincheira cavada por<br />

funcionários do departamento<br />

de Pando. Horas depois, os fascistas,<br />

fortemente armados,<br />

avançaram contra os camponeses,<br />

que fugiram pelo rio Tahuamano,<br />

que tem 20 metros de<br />

largura. Durante a travessia,<br />

todos os camponeses que estavam<br />

na água foram mortos, aos<br />

olhos da polícia que nada fez.<br />

Estima-se que os mais de 100 desaparecidos<br />

estejam no fundo<br />

do rio.<br />

Mesmo sob estado de sítio,<br />

vários prédios governamentais<br />

continuam ocupados pelos autonomistas,<br />

como os serviços de<br />

imigração e as aduanas.<br />

Leopoldo Fernánez é o representante<br />

de um grupo de latifundiários<br />

e grandes empresários<br />

pró-imperialistas no departamento<br />

de Pando. Pelo menos<br />

oito famílias controlam cerca de<br />

um milhão de hectares de terras<br />

férteis, o equivalente a duas mil<br />

vezes a extensão da capital Cobija.<br />

O próprio governador é um<br />

destes milionários.<br />

Fernández é tão influente na<br />

vida política boliviana que o próprio<br />

Morales lhe propôs, há dois<br />

anos atrás, que saísse como<br />

candidato pelo MAS (Movimento<br />

ao Socialismo, partido de<br />

Cronologia da crise<br />

9 de dezembro de 2007 -<br />

Assembléia Constituinte da Bolívia<br />

aprova projeto de reforma<br />

constitucional. Partidos da direita<br />

boicotam a Assembléia, que<br />

aprova dentre outras medidas a<br />

submissão dos mandatos do<br />

presidente e dos governadores<br />

estaduais - chamados na Bolívia<br />

de prefeitos - a referendos revogatórios.<br />

15 de dezembro de 2007 -<br />

Santa Cruz de la Sierra, o departamento<br />

mais rico do país, declara<br />

autonomia do estado em<br />

relação ao governo central -<br />

Câmara de Deputados boliviana<br />

aprova o Projeto de Lei do Referendo<br />

Revogatório de Mandato<br />

Popular do presidente da<br />

República, vice-presidente e<br />

prefeitos departamentais (governadores).<br />

Morales), mas o fascista rechaçou<br />

o pedido e, obviamente,<br />

juntou-se aos agroindustriais.<br />

Fernández e seus aliados são<br />

abertamente racistas e mantém<br />

na região um regime muito similar<br />

ao feudalismo. O atual governador<br />

de Pando foi funcionário<br />

público durante as ditaduras de<br />

Luis Garcia Meza (1980-1981),<br />

Celso Torrelio e Guido Vildoso<br />

(1981-1982); depois foi responsável<br />

em Pando pelo Instituto<br />

Nacional de Colonização (atual<br />

INRA); parlamentar, prefeito e<br />

ministro do governo fascista do<br />

ex-ditador Hugo Banzer-Jorge<br />

Quiroga (1997-2002).<br />

Fernández treinou em Cobija<br />

grupos paramilitares de extrema-direita<br />

e participou no ano<br />

passado do incêndio contra a<br />

casa do senador pandino Cuellar,<br />

apoiador de Evo Morales.<br />

Só agora, diante de um massacre<br />

monstruoso, Evo Morales<br />

decreta sua prisão, mas anos<br />

7 de janeiro de 2008 - O<br />

presidente da Bolívia se reúne<br />

com os prefeitos (governadores)<br />

opositores que rechaçam a<br />

reforma constitucional, na tentativa<br />

de superar a crise política<br />

que divide o país.<br />

29 de fevereiro - Morales<br />

convoca referendo para validar<br />

nova Constituição para 4 de<br />

maio.<br />

4 de maio - Referendo em<br />

Santa Cruz reconhece autonomia<br />

do Estado.<br />

1º de junho - Os departamentos<br />

(estados) de Beni e Pando<br />

realizaram referendo sobre o<br />

estatuto de autonomia em relação<br />

ao governo boliviano. O<br />

apoio foi de 86% e 85%, respectivamente.<br />

A consulta popular<br />

foi declarada ilegal pelo presidente<br />

Morales.<br />

22 de junho - Os bolivianos<br />

do departamento de Tarija vão às<br />

urnas e decidem pela autonomia<br />

em relação ao governo central.<br />

atrás o procurava<br />

para integrar<br />

seu governo.<br />

Evo Morales<br />

continuará negociando<br />

com<br />

outros criminosos,<br />

como o governador<br />

de<br />

Santa Cruz, Rubén<br />

Costas, um<br />

dos mentores do<br />

golpe de Estado<br />

civil.<br />

O governo de<br />

colaboração de<br />

classes de Evo<br />

Morales tenta<br />

negociar com os<br />

mesmos criminosos<br />

que participaram<br />

ativamente<br />

de muitos<br />

outros massacres contra trabalhadores<br />

durante as ditaduras<br />

militares. Todos estes estão agora<br />

escondidos por detrás de par-<br />

10 agosto de 2008 - Povo<br />

boliviano vota para decidir se<br />

querem ou não que o presidente,<br />

Evo Morales, seu vice-presidente,<br />

Álvaro García Linera, e oito<br />

dos nove governadores do país<br />

continuassem em seus cargos. -<br />

Corte Nacional Eleitoral confirma<br />

a esmagadora vitória de Morales<br />

com 67,41 % e também dos governadores<br />

de quatro departamentos<br />

que formam a chamada<br />

“meia lua”<br />

19 de agosto - Greve geral de<br />

24 horas convocada pela oposição<br />

é marcada por confrontos<br />

violentos entre policiais e manifestantes.<br />

9 de setembro - Grupos de<br />

oposição saqueiam prédios públicos<br />

em Santa Cruz.<br />

10 de setembro - Uma válvula<br />

de segurança do Gasoduto<br />

Bolívia-Brasil é destruída, o que<br />

provoca um corte de 10% do<br />

fornecimento de gás natural para<br />

o Brasil. No mesmo dia, Morales<br />

expulsa o embaixador americano<br />

na Bolívia, Philip Goldberg, o<br />

acusando de apoiar a oposição<br />

conservadora.<br />

11 de setembro - Cerca de<br />

Fernández treinou em Cobija grupos<br />

paramilitares de extrema-direita.<br />

tidos supostamente democráticos<br />

que estão, clandestinamente,<br />

orientados diretamente por<br />

Washington.<br />

17 pessoas são massacradas<br />

em conflitos no departamento<br />

de Pando - EUA respondem<br />

a Evo com a expulsão do embaixador<br />

boliviano, Gustavo<br />

Guzman - Hugo Chávez, em<br />

resposta, expulsa o embaixador<br />

americano na Venezuela.<br />

12 de setembro - EUA expulsam<br />

o embaixador da Venezuela<br />

no país - Bolivianos<br />

fecham fronteira de Mato<br />

Grosso com a Bolívia - Evo<br />

pede negociação com oposição,<br />

que aceita proposta<br />

16 de setembro - O governador<br />

do departamento de<br />

Pando. Leopoldo Fernández,<br />

é preso pelo exército por ser<br />

o responsável pelo massacre<br />

de Cobija, em Pando<br />

18 de setembro - O presidente<br />

Evo Morales inicia a<br />

reunião de pré-acordo com<br />

os governadores autonomistas<br />

de Santa Cruz, Beni, Tarija<br />

e Chuquisaca para efetuar<br />

um acordo nacional e dar<br />

fim à crise iniciada há três semanas

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