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Boas Festas!

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Dezembro 2014 Opinião<br />

Lusitano de Zurique– 27<br />

os aspectos negativos da política portuguesa<br />

, da falta de liberdade. E se os cofres<br />

do Estado estavam ainda cheios foi à custa<br />

dos sacrifícios impostos por uma Estado<br />

fascista e não da livre vontade dos seus cidadãos.<br />

O que é certo é, que ao fim de alguns minutos,<br />

em razão desta contestação e de<br />

alguns presentes se terem associado ao<br />

protesto”, o reitor da Universidade acabou<br />

por pôr um termo imediato a esta palestra!<br />

Tanto é que em tanto que jornalista não me<br />

privei de anunciar de alertar os estudantes<br />

universitários e recorrer aos jornais locais<br />

em particular para denunciar este reitor e<br />

o seu convidado como sendo os lacaios<br />

duma economia de colonialismo, de morte,<br />

de fome e de privação do povo português.<br />

Mais tarde a policia francesa, começou a<br />

se interessar perto demais às minhas intervenções,<br />

escritos em tanto que radialista e<br />

jornalista de imprensa portuguesa.<br />

Esta intervenção era devida nessa altura<br />

a todos os capitães de Abril que ousaram<br />

como eu ousei denunciar e “destruir” nessa<br />

tarde os aspectos insidiosos do fascismo<br />

contra a liberdade do comum dos cidadãos.<br />

Em resumindo ! A confiança do cidadão,<br />

não se define em termos de crise somente<br />

nos seus aspectos financeiros, mas na sua<br />

dimensão humana e social.<br />

Em tempos passados sem ou pouca informação<br />

o trabalhador ousava sem medo<br />

provocar o debate e se necessário lutar<br />

contra o obscurantismo, e pela obtenção<br />

de novos direitos do cidadão, que os governos<br />

pretendiam então destruir.<br />

Hoje ele está diante do seu computador …<br />

faz a sua revolução … mas ninguém o ouve<br />

porque a sociedade tornou-se virtual em lugar<br />

de ser humana.<br />

Na sua dimensão política, económica e social,<br />

Abril era necessário, como era necessária<br />

a evolução da sociedade portuguesa.<br />

Mas os homens que a dirigem são gente do<br />

passado que trabalham no virtual, e meteram<br />

para o lixo o humano e o dever de um<br />

Estado de ser protetor e eficiente nas suas<br />

políticas sociais. Ele próprio construiu os<br />

alicerces e a crise, que todos suportamos<br />

independentemente das nossas crenças<br />

sociais e políticas!<br />

Novembro de 2014<br />

VIVA A VIDA!<br />

Contem comigo<br />

Pedro Barroso<br />

Muito a serio - não pensei chegar<br />

aqui. Depois de conhecer o<br />

coma prolongado, o desespero,<br />

o mutismo, as varias experiências<br />

de quase morte, enfim,<br />

tudo o que vivi, celebro hoje<br />

uma data que me fugiu demais<br />

e considero o marco mais notável<br />

de efeméride de todas as<br />

minhas celebrações e aniversários<br />

possíveis.<br />

Estou vivo e pensante. Agradeço<br />

a todos os amigos pela enorme<br />

força que me têm dado todo<br />

este difícil percurso. Melhorando<br />

como estou sentindo, dia a<br />

dia, talvez tenham que aturar<br />

mais música minha dentro de<br />

um ano ou isso...<br />

Vivam a vida com a glória de<br />

sentir que, mesmo num dia de<br />

chuva, há sempre que celebrar<br />

este processo extraordinário<br />

de prosseguirmos e ir pensando,<br />

sentindo, acreditando. Dando<br />

abraços. Ouvindo música.<br />

Abraçando amigos. Sentindo<br />

na nossa mão a outra mão de<br />

quem amamos. Viva a vida! Chiça!<br />

VIVA A VIDA!<br />

Contem comigo. A raiva de viver<br />

rasgou a má sorte. Hei-de voltar.<br />

Tenho a certeza.

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