1 Universidade Feevale Mestrado em Inclusão Social e ...
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trabalho e o ambiente externo, que formam os quatro el<strong>em</strong>entos básicos de um<br />
sist<strong>em</strong>a sociotécnico (HENDRICK; KLEINER, 2001).<br />
A Análise Macroergonômica do Trabalho - AMT, proposta por Fogliatto e<br />
Guimarães (2008), t<strong>em</strong> o propósito de contribuir para a melhoria da qualidade de<br />
vida e de trabalho, partindo da organização, passando pelo processo até chegar ao<br />
posto de trabalho, prevendo uma abordag<strong>em</strong> sociotécnica <strong>em</strong> que há a participação<br />
dos trabalhadores na discussão e construção do conhecimento. A AMT permite<br />
analisar as questões ambientais, biomecânicas, cognitivas, organizacionais e de<br />
gestão implicadas no trabalho como um todo e com pesos iguais, associadas ao<br />
fator de risco. Desta forma, é possível utilizá-la para avaliar a condição de cada fator<br />
sob a análise e a importância de cada um deles no risco à saúde, segurança e<br />
qualidade de vida do trabalhador.<br />
A metodologia macroergonômica reconhece que os fatores organizacionais,<br />
políticos, sociais e psicológicos do trabalho dev<strong>em</strong> merecer a mesma atenção no<br />
momento da inovação, seja tecnológica ou administrativa. Programas<br />
macroergonômicos respond<strong>em</strong> a uma necessidade de conjugar os vários esforços<br />
das <strong>em</strong>presas com a qualidade de vida no trabalho (HENDRICK; KLEINER, 2001).<br />
1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO<br />
Tendo <strong>em</strong> vista que um dos principais objetos de estudo da AMT é a<br />
organização do trabalho, há que se contextualizar a relação hom<strong>em</strong>-organização do<br />
trabalho. O trabalho já foi considerado, de acordo com a filosofia judaico-cristã, como<br />
um castigo ou mal necessário, sendo que as pessoas eram submetidas a um<br />
determinado trabalho por questões de sobrevivência. Os postos de trabalho eram<br />
improvisados e não havia atenção <strong>em</strong> relação à forma de organização do trabalho, à<br />
saúde e à satisfação do trabalhador (IIDA, 2003; GUIMARÃES, 2004). Apesar de<br />
algumas <strong>em</strong>presas estar<strong>em</strong> modificando o seu ponto de vista e buscando<br />
alternativas para minimizar o grau de insatisfação de seus trabalhadores, muitas<br />
ainda consideram que apenas a produção é importante e o trabalhador deve aceitar<br />
as condições impostas, pois, para estas <strong>em</strong>presas, trabalho não é lazer<br />
(GUIMARÃES, 2004).