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Desporto&Esport ed 6

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A análise dos:<br />

IMPACTOS AMBIENTAIS:<br />

DA COPA DO BRASIL<br />

Clara S. Costa, Professora<br />

universitária de sociologia<br />

Contato@desportoeesport.com<br />

Muitas discussões a cerca dos megaeventos<br />

esportivos têm sido feitas desde 2007,<br />

altura que o Brasil venceu a candidatura<br />

à realização da Copa 2014, envolvem os<br />

benefícios relacionados ao incentivo<br />

ao esporte nacional, ao incremento no<br />

turismo e na economia e às obras de<br />

infraestrutura (sistema de transporte<br />

urbano, aeroportos, arenas esportivas,<br />

comércio, etc). As manifestações<br />

populares em junho de 2013 durante<br />

a Copa das Conf<strong>ed</strong>erações, popularmente<br />

denominadas de “O Gigante<br />

acordou!” ampliaram a discussão<br />

relativa aos gastos dos megaeventos<br />

esportivos e os prejuizos para as<br />

populações brasileiras com enormes<br />

carências sociais. No entanto, para<br />

o debate, poucas são as vezes que o<br />

legado ambiental deixado por esses<br />

eventos esportivos é central, se dando<br />

sempre maior relevância aos impactos<br />

económicos. O que é totalmente<br />

errado, uma vez que a deterioração<br />

da qualidade do ar ou a alteração da<br />

qualidade e das propri<strong>ed</strong>ades físicas<br />

do solo ou o efeito de estufa, podem<br />

ter danos bem mais duradouros que<br />

prejuízos económicos e afetam a todos<br />

por igual.<br />

Segundo as mais recentes estimativas, do<br />

Ministério do Meio Ambiente, calculou-se<br />

que “11 milhões de toneladas de gás carbônico<br />

sejam liberadas por causa das obras<br />

no país. A quantidade é igual ao consumo<br />

de energia de 181 mil domicílios, suficiente<br />

para iluminar um município do tamanho<br />

de Santos (SP) durante um ano. A Copa<br />

das Conf<strong>ed</strong>erações (2013) e a do Mundo<br />

(2014) lançarão 804.396 mil toneladas de<br />

gases de efeito estufa apenas em Minas<br />

Gerais. Cerca de 75% dessas emissões são<br />

provenientes dos deslocamentos de avião,<br />

hosp<strong>ed</strong>agem e alimentação dos turistas.<br />

Essas 804 mil toneladas de GEE correspondem<br />

a um quarto do total emitido<br />

anualmente pela capital, Belo Horizonte.<br />

“Infraestrutura” é a segunda maior categoria<br />

de emissões (16%), seguida por<br />

“Estádios” (5%) e “Operações” (3%).<br />

“Infraestrutura” reúne emissões de GEE<br />

provenientes dos centros de treinamento,<br />

rodovias, BRT (transporte rápido de ônibus),<br />

aeroporto. A categoria “Operações”<br />

corresponde às atividades de toda mão de<br />

obra empregada durante o evento (FIFA ,<br />

voluntários e atletas) e às estruturas temporárias<br />

(Fan Fest, instalações da FIFA<br />

dentro dos estádios, etc.), além da imprensa<br />

internacional, transporte terrestre, cerimônias,<br />

entre outras.<br />

Para o especialista Henriques-Junior a<br />

forma de mitigar os impactos negativos<br />

é pela tecnologia: “a diminuição do uso<br />

de fontes fósseis na geração e uso de<br />

energia, a adoção de fontes energéticas<br />

renováveis, a implementação de novos<br />

modelos nas atividades da agropecuária,<br />

o controle da disposição de resíduos, a<br />

eliminação de desmatamentos e a captura<br />

e armazenamento de carbono”. Em Belo<br />

Horizonte, a proposta de mitigação dos<br />

impactos da reforma do Estádio Mineirão<br />

se baseou, conforme os organizadores,<br />

em reaproveitamento de cerca de 90% dos<br />

resíduos sólidos, doação das antigas cadeiras<br />

para estádios de menor porte do interior<br />

do Estado, reutilização da grama e terra,<br />

doação da madeira das árvores suprimidas<br />

para artesãos, implantação de usina solar<br />

na cobertura do estádio e reservatório para<br />

captação de água da chuva<br />

GEE na atmosfera são o dióxido de carbono<br />

(CO2), metano (CH4), óxido nitroso<br />

(N2O), carbono-fluorados (HFC`s e<br />

PFC`s) e hexafluoreto de enxofre (SF6).<br />

Estes gases estão relacionados com o<br />

aumento do efeito estufa no Planeta. O<br />

aumento desses gases na atmosfera tem<br />

levado a um impacto no equilíbrio da<br />

quantidade de radiação solar do planeta,<br />

tendendo ao aquecimento da superfície<br />

da Terra.<br />

Análise ao legado ambiental da Copa 2014<br />

Desporto&<strong>Esport</strong> • www.desportoeesport.com • 51

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